Escolha de pautar o PL das fake news visou demonstrar fraqueza da base de Lula. Depois de uma reeleição acachapante para a presidência da Câmara, a maré parecia ter virado contra Lira. Sem os bilhões do orçamento secreto para distribuir e frente a um governo com uma habilidade política maior do que a vista durante … Ler maisLira armou uma arapuca, e o governo caiu
Crescem possibilidades de Brasil e Argentina apelarem para créditos-ponte emergenciais aos bancos públicos de investimentos da China. O aprofundamento da crise bancária nos Estados Unidos, que o governo Biden tenta esconder, com cumplicidade da mídia conservadora, está, literalmente, quebrando a Argentina, ao mesmo tempo em que ameaça, igualmente, o Brasil, cujos presidentes Lula e Fernandez … Ler maisWall Street em crise financeira quebra Argentina e ameaça Brasil
Bolsonaro foi alvo de busca e apreensão nesta quarta-feira. A Polícia Federal confirmou, segundo a GloboNews, que Jair Bolsonaro (PL) adulterou seu cartão de vacinação contra Covid-19. A PF deflagrou nesta quarta-feira (3) a Operação Venire, que investiga a atuação de uma associação criminosa que inseriu dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do … Ler maisPF confirma: cartão de vacina de Bolsonaro foi fraudado
Evento tem inscrições abertas e reúne especialistas para debater fortalecimento da mídia alternativa e regulação democrática das plataformas digitais. A Comissão Estadual de Blogueiros e Ativistas Digitais, com o apoio do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, realiza no próximo sábado (6) o 4º Encontro Estadual de Blogueir@s e Ativistas Digitais de São Paulo. … Ler maisSão Paulo terá encontro de blogueiros e ativistas digitais no sábado
“Os anglo-saxões estão revivendo ativamente a ideologia neonazista para cumprir suas tarefas geopolíticas modernas”, disse Nikolay Patrushev. Os experimentos de West para reviver a ideologia neonazista devem ser interrompidos, porque levam a uma catástrofe global, disse o secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolay Patrushev, em entrevista ao jornal Izvestia, publicada nesta quarta-feira (3). … Ler maisTentativas do Ocidente de reviver a ideologia neonazista levam a uma catástrofe global, diz autoridade russa
Lira está dizendo que se articula para derrubar o governo, mas preservando o presidente, por não fazer o jogo que ele quer fazer. Prá quem sabe ler, um pingo é letra. O novo discurso do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira(PP-AL), de que não pretende “sacanear” o presidente Lula, mas combater seus articuladores políticos, que … Ler maisGolpe parlamentar de Lira contra Lula à vista
“Precisamos ajudar os empresários brasileiros que exportam para Argentina e financiar as exportações, como a China faz para os produtos chineses”, disse Lula. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta terça-feira (2), que o governo brasileiro vai articular junto ao Brics, bloco econômico integrado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, … Ler maisLula vai tentar articular ajuda dos BRICS à Argentina
A Ucrânia lançou dois ataques de drones durante a noite com o objetivo de atingir a residência do presidente russo, Vladimir Putin, no Kremlin, informou seu escritório. A aeronave foi derrubada usando medidas projetadas para combater a guerra eletrônica e não causou vítimas ou danos, de acordo com um comunicado. Moscou considera o incidente um … Ler maisGoverno ucraniano tenta assassinar Vladimir Putin
“Com a prisão preventiva de Mauro Cid, as investigações sobre desmandos do governo de Bolsonaro assumem um novo patamar. A suposta falsificação de dados vacinais para o então presidente não vacinado viajar aos Estados Unidos é notícia gravíssima que insere o ex-chefe do governo na seara de crimes contra a Administração”: a análise é do ex-ministro da Justiça … Ler mais“Bolsonaro pode estar perto de perder a liberdade”, diz Eugênio Aragão
Ex-presidente é um caso clássico de patrimonialismo: enriqueceu e fez o que quis nos cargos que ocupou, não o que podia ou a lei autorizava. Um servidor público que trabalhava no Palácio do Alvorada quando Jair Bolsonaro morava no local contou ao jornal Metrópoles que uma noite, querendo uma garrafa de vinho, arrombou a adega … Ler maisSe Mauro Cid foi preso, por que Bolsonaro, que se beneficiou do crime, continua em liberdade?
Daniel Silveira vai cumprir pena e pagar multa milionária
José Marques Folha
A presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Rosa Weber, votou nesta quarta-feira (3) pela inconstitucionalidade do decreto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que concedeu indulto ao ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ). A ministra também considera que o decreto não interfere na inelegibilidade de Silveira.
Ela é a relatora do julgamento de quatro ações apresentadas por Rede, PDT, Cidadania e PSOL contrárias ao decreto presidencial que concedeu o benefício, de forma individual, ao ex-deputado.
JULGAMENTO INICIADO – O julgamento será retomado nesta quinta-feira (4), quando os demais ministros poderão votar. O segundo ministro a apresentar o voto será André Mendonça, que foi indicado ao Supremo por Bolsonaro.
O ex-presidente, segundo Rosa, “editou decreto individual absolutamente desconectado do interesse público”. E fuzilou: “A verdade é que o fim almejado com a edição do decreto de indulto foi beneficiar aliado político de primeira hora legitimamente condenado criminalmente por esse Supremo Tribunal Federal”, disse a ministra.
“O chefe do Poder Executivo federal, ao assim proceder, não obstante detivesse aparentemente competência para tanto, subverteu a regra e violou princípios constitucionais produzindo ato com efeitos inadmissíveis para a ordem jurídica.”
SESSÃO DO PLENÁRIO – O voto de Rosa Weber foi lido durante a sessão do plenário do Supremo desta quarta-feira. “A concessão de perdão para aliado político pelo simples e singelo vínculo de afinidade político e ideológica não se mostra compatível com os princípios norteadores da administração pública tais como a impessoalidade e a moralidade administrativa”, afirmou.
“Tal proceder, na realidade, revela uma faceta autoritária e descumpridora da Constituição federal, pois faz prevalecer os interesses políticos pessoais dos envolvidos em contraposição ao interesse público norteador do interesse estatal.”
Bolsonaro concedeu o benefício após o então deputado ser condenado em abril do ano passado a 8 anos e 9 meses de prisão, além do pagamento de multa e perda dos direitos políticos.
DESVIO DE FINALIDADE – Os partidos argumentaram que o decreto foi editado com desvio de finalidade, que não considera o interesse público e foi usado apenas para beneficiar um aliado político do então presidente. O PSOL argumentou ainda que o ex-presidente incentivou Silveira a praticar crimes para depois perdoá-lo.
O julgamento começou na última quinta-feira (27), quando os ministros do STF ouviram as sustentações das partes, de terceiros interessados e também do procurador-geral da República, Augusto Aras.
Ao se manifestar, Aras opinou pela legalidade do indulto. O PGR afirmou que a motivação para a edição de indultos pelo presidente da República é política e não administrativa, por esse motivo não se pode falar em desvio de finalidade. Comparou, ainda, o indulto com processos nos quais os ex-presidentes dos Estados Unidos Donald Trump e Bill Clinton concederam perdão a pessoas ligadas a eles.
EXEMPLO DE TRUMP – “Por lá, houve casos em que o perdão foi concedido a pessoas próximas ao presidente, a exemplo do que aconteceu com Donald Trump, que perdoou o seu coordenador de campanha, e com o Bill Clinton, que, no último dia do mandato presidencial, perdoou o seu irmão, que havia sido condenado por envolvimento com drogas”, afirmou o procurador Aras.
Ele ressaltou ainda que o indulto está previsto na Constituição. “O ato impugnado não violou os limites materiais expressamente influenciados e lançados pelo Constituinte. Não perdoou crime de tortura, tráfico de entorpecentes, terrorismo e os definidos como hediondos”, argumentou.
À época em que concedeu o indulto, Bolsonaro disse em declaração transmitida nas redes sociais que a liberdade de expressão é “pilar essencial da sociedade” e que a sociedade encontra-se em “legítima comoção” por causa da condenação.
DISSE BOLSONARO – “A graça de que trata esse decreto é incondicionada e será concedida independente do trânsito em julgado [da ação]”, disse Bolsonaro.
Em outra ocasião, o presidente disse ainda que a clemência é “medida cabível e necessária para que a nação possa caminhar rumo aos objetivos traçados na Constituição”.
Mas a ministra-relatora não acompanhou esse raciocínio e julgou o que considera o mérito da graça.
### NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Em tradução simultânea, o presidente brasileiro, assim como o americano, tem direito de indultar réus condenados. A diferença é que na matriz U.S.A. a graça presidencial é reconhecida, enquanto aqui na filial Brazil não tem valor de uma nota de três reais. Aliás, em matéria de interpretação de lei, nenhum tribunal do mundo supera o Supremo brasileiro, que exerce o poder em toda sua plenitude possível e imaginável.(C.N.)
O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio dos exploradores do povo.
Um bando de aculturados que faz parte do conluio do prefeito, para encobrir a sujeira do poderoso chefão dão uma de papagaio repetindo as mentiras que escutam e ridicuralizam-se repassando pensando ser verdade, é o caso de delirar acreditando que Tista de Deda esteja inlegível.
Esquizofrenia também provoca medo, delírio e alucinação. .
Porém a provavel candidatura de Tista de Deda nas próximas eleições está causando ao atual prefeito e seus fanáticos A SÍNDROME DE ESTOCOLMO EM JEREMOABO.
Uma grande parcela do eleitorado jeremoabense encontra-se vitimada por uma espécie de Síndrome de Estocolmo, nome comumente dado a um estado psicológico particular em que pessoas, submetidas há um tempo prolongado de intimidação, passa a ter simpatia e até mesmo sentimento de amor ou amizade perante os seus algozes. Felizmente acontece que assim como os cometas , os políticos têm prazo pra expor suas trajetórias . E , nisso que os simpatizantes do atrarso e da corrupçãp , estão perfeitamente enquadradas mas continuam fazendo o possível para que o eleitor permaneça enclausurado no nefasto ciclo vicioso da -Síndrome de Estocolmo de Jeremoabo.
Será que ninguém consegue perceber que essa velha liderança do prefeito Deri do Paloma é santo do pau ôco?
Novo caso de suspeita de falsificação de comprovantes de vacinação se soma à série de inquéritos que envolvem ex-presidente. Investigação também mira coronel que já foi personagem de outros escândalos.
A Polícia Federal (PF) realizou nesta quarta-feira (03/05) buscas na residência de Jair Bolsonaro em Brasília e prendeu seis pessoas, entre elas assessores do ex-presidente.
O telefone celular de Bolsonaro foi apreendido pela PF. Ao todo, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão, que miram militares e políticos do Rio de Janeiro.
A operação, batizada de Venire, investiga a inserção de dados fraudulentos de vacinação contra a covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde, que teriam sido usados para garantir a entrada nos EUA de Bolsonaro e membros do círculo familiar e pessoal do ex-presidente, burlando a exigência de imunização.
Segundo a PF, o nome da operação é uma referência ao princípio Venire contra factum proprium, que em latim significa "ninguém pode comportar-se contra seus próprios atos"
A nova operação se soma a uma série de investigações em curso que envolvem o ex-presidente. Ao todo, Bolsonaro é alvo de oito inquéritos, que abordam suspeitas de participação no caso das milícias digitais, os ataques golpistas de 8 de janeiro, a tentativa de entrar ilegalmente no país com joias sauditas avaliadas em milhões de reais, ações para desestimular medidas de prevenção na pandemia, suspeita de interferência na PF, ataques ao sistema eleitoral, apologia ao estupro e vazamento de um inquérito sigiloso.
A operação desta quarta-feira foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), dentro do inquérito das milícias digitais.
Entenda a nova investigação contra Bolsonaro:
Fraude em comprovantes de vacinação
O esquema investigado pela PF aponta que dados falsos de vacinação teriam sido inseridos em dois sistemas do Ministério da Saúde – o Programa Nacional de Imunizações e a Rede Nacional de Dados em Saúde – entre novembro e dezembro de 2022, com o objetivo de gerar comprovantes fraudulentos de vacinação.
Teriam sido forjados comprovantes de vacinação dos seguintes personagens:
Ex-presidente Jair Bolsonaro
Laura Bolsonaro, filha de 12 anos de Jair e Michele Bolsonaro
Tenente-coronel Mauro Cid Barbosa
A mulher e a filha do coronel Cid
Segundo a TV Globo, os sistemas adulterados do Ministério da Saúde chegaram a indicar que duas doses de vacinas da Pfizer contra Covid teriam sido aplicadas em Jair Bolsonaro. Após a operação, o ex-presidente negou que ele e a filha tenham se imunizado.
Os suspeitos de participarem do esquema são investigados, segundo a PF, pelos crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores.
De acordo com a PF, Bolsonaro tinha ciência da inserção fraudulenta de dados nos sistemas do Ministério da Saúde.
"Jair Bolsonaro, Mauro Cid e, possivelmente, Marcelo Câmara [os dois últimos assessores do ex-presidente] tinham plena ciência da inserção fraudulenta dos dados de vacinação, se quedando inertes em relação a tais fatos até o presente momento", diz a PF.
O objetivo da fraude
Segundo a investigação, o esquema fraudulento tinha como objetivo garantir que Jair Bolsonaro e membros do círculo, incluindo sua filha, Laura, e vários assessores e os familiares destes pudessem entrar nos EUA. Bolsonaro se notabilizou durante a pandemia por declarar publicamente que não tomaria a vacina e por espalhar desinformação sobre os imunizantes.
Pelas regras que entraram em vigor nos EUA desde 2021, a entrada a partir do exterior de viajantes não-cidadãos e não-residentes no país só é permitida com a apresentação de comprovante de vacinação. Recentemente, o governo americano informou que deve acabar com a exigência a partir de 11 de maio de 2023.
"Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de Covid", diz a Polícia Federal.
Ainda segundo a PF, o grupo ainda teria como objetivo "seria manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a covid-19”, no que parece uma referência às ações do ex-presidente durante a pandemia, caracterizadas por sabotagem a medidas de prevenção, oposição à vacinação e campanhas de desinformação sobre a doença.
Bolsonaro abandonou o governo em 30 de dezembro e seguiu para o estado americano da Flórida junto com Michele e uma série de assessores, evitando a posse do seu sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva. Ele retornou ao Brasil em março.
A conexão Goiás e Duque de Caxias (RJ)
Segundo o jornal O Globo, o esquema de fraude nos dados de vacinação começou em Goiás, quando um médico da prefeitura de Cabeceiras preencheu a mão uma série de cartões de vacinação, que incluíam os nomes de Jair Bolsonaro, Laura Bolsonaro, o coronel Cid e familiares deste.
Membros do esquema tentaram então inserir os dados no sistema de dados do SUS da prefeitura de Duque de Caxias, na região metropolitana do Rio de Janeiro, com o objetivo de obter comprovantes oficiais, necessários para entrar nos EUA.
No entanto, segundo o jornal, o sistema de dados rejeitou a inserção, porque as vacinas indicadas constavam como um lote que havia sido distribuído em Goiás. Os membros do grupo, incluindo o coronel Cid, trocaram uma série de mensagens para tentar contornar o bloqueio. Eles acabaram conseguindo o número de outro lote de vacinas, distribuído no Rio de Janeiro, para inserir os dados sem problemas.
Segundo a reportagem do jornal, a PF descobriu que após imprimir os comprovantes, o grupo tentou apagar seus rastros. De acordo com o jornal, em 27 de dezembro de 2022 – poucos dias antes da viagem de Bolsonaro aos EUA – o grupo apagou os dados do sistema. Quem procurasse os dados não conseguiria encontrar os registros. Os dados só foram recuperados após uma perícia da PF.
Além dos membros de um núcleo duro formado por ex-assessores, a PF também investiga políticos do Rio de Janeiro que teriam intermediado o esquema, como o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ), irmão do ex-prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis, e o ex-vereador carioca Marcello Siciliano (PP-RJ).
Os presos
Tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid
A Polícia Federal colheu provas do esquema por meio da quebra de sigilo das comunicações do tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, ou "coronel Cida", que atuou como ajudante de ordens do ex-presidente. Preso nesta quarta, Cid é um personagem que já apareceu em outros escândalos da era Bolsonaro. Ele é filho do general Mauro Cesar Lourena Cid, um antigo colega de Bolsonaro na Academia das Agulhas Negras. Durante o governo Bolsonaro, o coronel Cid se tornou um notório "faz tudo" do então presidente.
O nome do tenente-coronel já apareceu no inquérito do STF que investiga a organização e o financiamento de atos antidemocráticos e também é apontado como participante em ações de desinformação executadas por Bolsonaro para contestar a segurança das urnas eletrônicas e vacinas.
No último caso, a PF apontou que ele teve participação direta na notória live de Bolsonaro que associou falsamente vacinas ao risco de contrair HIV. Mais recentemente, Cid foi um dos personagens centrais do escândalo envolvendo a entrada ilegal de joias sauditas avaliadas em milhões de reais.
João Carlos de Sousa Brecha
O secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha, suspeito de inserir de maneira fraudulenta os dados de vacinação para beneficiar as famílias de Bolsonaro e do coronel Cid. Brecha faz parte do grupo político do ex-prefeito da cidade, Washington Reis, um aliado de Bolsonaro.
Max Guilherme
Sargento da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Max Guilherme atua como segurança de Bolsonaro. Na última segunda-feira, ele esteve ao lado do ex-presidente durante uma visita à Agrishow, feira de tecnologia agrícola que ocorre anualmente em Ribeirão Preto (SP). Ele também fez parte da comitiva que viajou com Bolsonaro aos EUA no final de 2022, antes da posse de Lula. Hoje ele ocupa um dos cargos de assessor a que Bolsonaro tem direito como ex-presidente.
Sergio Rocha Cordeiro
Capitão da reserva, Sérgio Rocha Cordeiro também atua como segurança de Bolsonaro e esteve na comitiva que foi aos EUA. Ele também é dono do imóvel no Diustrito Federal onde o ex-presidente passou a fazer suas lives de campanha em 2022 após ser impedido pela Justiça de usar o Alvorada para tal finalidade. Assim como Guilherme, Cordeiro ocupa um dos cargos de assessor a que Bolsonaro tem direito como ex-presidente.
Luis Marcos dos Reis
Antigo supervisor a Ajudância de Ordens da Presidência da República, o segundo-sargento Luis Marcos dos Reis trabalhou diretamente com Bolsonaro e o coronel Cid desde o início de 2019 até agosto de 2022. Depois disso, foi transferido para um cargo no Ministério do Turismo. Nos anos 2010, ele também atupou como motorista de Eduardo Villas-Boas, ex-comandante do Exército.
Ailton Moraes Barros
Ex-major do Exército, Ailton Gonçalves Moraes Barros foi candidato pelo PL a deputado estadual no Rio de Janeiro em 2022. Ele se apresentou como "01 do Bolsonaro" no Rio de Janeiro durante a campanha. Ele conseguiu a suplência durante a eleição.
Possíveis implicações nos EUA
Segundo o site da embaixada americana no Brasil, quem chega aos EUA precisa estar ciente que informar dados falsos para entrar no país pode ser indicado por fraude.
"As consequências são sérias. Se você cometer fraude, você não receberá o benefício imigratório que você busca. Você também pode enfrentar multas ou prisão ", diz o site.
Segundo a legislação americana, a punição para quem fornece dados falsos pode chegar a até 10 anos de prisão.
Não está claro se Bolsonaro mostrou algum comprovante falso para entrar nos EUA. Como viajou aos EUA quando ainda cumpria mandato, o ex-presidente ainda contava com privilégios diplomáticos, que dispensavam apresentação de comprovantes.
Reações
Após a operação, Bolsonaro negou qualquer fraude e disse que não tomou a vacina contra a covid-19, assim como sua filha, Laura Bolsonaro. "Não tomei a vacina. Nunca me foi pedido cartão de vacina [para entrar nos EUA]. Não existe adulteração da minha parte. Não tomei a vacina, ponto final. Nunca neguei isso. Havia gente que me pressionava para tomar, natural. Mas não tomava, porque li a bula da Pfizer", disse o ex-presidente.
Em sua conta no Instagram, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também se manifestou e negou que seu celular tenha sido apreendido, como foi divulgado mais cedo pela imprensa. "Hoje a PF fez uma busca e apreensão na nossa casa, não sabemos o motivo e nem o nosso advogado não teve acesso aos autos. Apenas o celular do meu marido foi apreendido. Ficamos sabendo, pela imprensa, que o motivo seria 'falsificação de cartão de vacina' do meu marido e de nossa filha Laura. Na minha casa, apenas EU fui vacinada", escreveu Michelle.
O presidente do PL, partido de Bolsonaro, Valdemar Costa Neto defendeu o ex-presidente em um tuite. "Bolsonaro é uma pessoa correta, íntegra, que melhorou o país e procurava sempre seguir a lei". Valdemar ainda disse que confia que todas as dúvidas da Justiça serão esclarecidas e "que ficará provado que Bolsonaro não cometeu ilegalidades".
O presidente Lula evitou comentar publicamente o caso envolvendo seu adversário político, mas publicou uma mensagem no Twitter que foi interpreta por seus apoiadores como uma pequena celebração. "Bom dia e boa quarta-feira!", escreveu o presidente, quando a operação já havia sido divulgada pela imprensa
Já o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, foi direto. "Falsificar dados oficiais do Governo para falsificar documentos pessoais e corromper menor de idade para entrar em território estrangeiro descumprindo as leis locais. Filme de criminoso internacional? Não, o ex-presidente da República! Bolsonaro precisa pagar pelos seus crimes!", escreveu o ministro no Twitter.
Ex-presidente teria usado documento falso para viajar aos EUA
Publicado em 03/05/2023 - 18:22 Por Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil - Brasília
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou, na tarde desta quarta-feira (3), o sigilo das investigações do inquérito que levou à apreensão do aparelho celular do ex-presidente Jair Bolsonaro e à prisão do coronel Mauro Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens na Presidência da República.
De acordo com o relato da Polícia Federal (PF) na Operação Venire, Cid articulou a emissão de cartões falsos de vacinação para covid-19. Primeiro para sua esposa, Gabriela Santiago Cid, e suas duas filhas, e depois para Bolsonaro e sua filha menor de idade. Em depoimento nesta quarta-feira, ele ficou calado diante dos policiais.
As investigações tiveram como base as quebras de sigilo telemático e telefônico de Cid no âmbito de um outro inquérito, que trata de uma live na qual Bolsonaro associou, sem provas, a vacina contra covid-19 à contaminação por Aids.
A PF teve assim acesso aos dados armazenados por Cid em serviços de nuvem do Google e da Apple, o que deu impulso às investigações. Foram anexados no processo imagens de conversas de Cid com diversos envolvidos.
Ao todo, seis pessoas foram presas. Além de Cid, também foram detidos: o policial militar Max Guilherme; Sérgio Cordeiro, segurança de Bolsonaro; o sargento Luiz Marcos dos Reis; o ex-major do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros; e o secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha.
Outras 16 pessoas foram alvo de busca e apreensão, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, que teve o celular apreendido. O celular de sua esposa, Michelle Bolsonaro, não foi levado pelos policiais
A Polícia Federal apontou indícios de que os envolvidos teriam cometido crimes como o de associação criminosa, falsidade ideológica e corrupção de menores. A Procuradoria-Geral da República (PGR) foi contra a busca e apreensão na casa de Bolsonaro em Brasília, mas o ministro Alexandre de Moraes decidiu autorizá-la a pedido da PF.
“Não há qualquer indicação nos autos que conceda credibilidade à versão de que o ajudante de ordens do ex-Presidente da República JAIR MESSIAS BOLSONARO pudesse ter comandado relevante operação criminosa, destinada diretamente ao então mandatário e sua filha L.F.B., sem, no mínimo, conhecimento e aquiescência daquele, circunstância que somente poderá ser apurada mediante a realização da medida de busca e apreensão requerida pela autoridade policial”, escreveu Moraes.
A falsificação
Para realizar as fraudes, o ex-ajudante de ordens contou com o auxílio do sargento Luiz Marcos dos Reis, cujo sobrinho, o médico Farley Vinícius Alcântara, emitiu documento fraudado para Gabriela Cid a partir do município de Cabeceiras, em Goiás. Ele preencheu cartões de vacinação da Secretaria de Saúde de Goiás e assinou utilizando seu carimbo e número de registro no Conselho Federal de Medicina (CFM).
Ainda de acordo com as investigações, imagens dos cartões foram enviadas no formato PDF para o 2º Sargento Eduardo Crespo Alves, para que ele tentasse inserir os dados no sistema do Ministério da Saúde a partir do Rio de Janeiro. O objetivo seria permitir a emissão do certificado de vacinação contra covid-19 pelo aplicativo ConecteSUS.
A tentativa só não deu certo porque os sistemas da Saúde acusaram que o lote da vacina supostamente aplicada não havia sido distribuído para o Rio de Janeiro, mas para Goiás. Cid, contudo, não desistiu. Ele acionou o advogado e militar da reserva Ailton Gonçalves Barros, que conseguiu a emissão de um cartão de vacinação no município fluminense de Duque de Caxias.
Depois disso, os envolvidos conseguiram inserir os dados nos sistemas da Saúde. Isso permitiu que Cid e seus familiares emitissem diversas vezes o certificado de vacinação contra a covid-19, sempre na proximidade de viagens para os Estados Unidos, como mostraram as investigações da PF.
Jair Bolsonaro
Bolsonaro passou a ser investigado no caso após alerta da Controladoria-Geral da União (CGU), em janeiro de 2023, para a Polícia Federal. Esse alerta deu conta de que, apesar de constar no sistema do Ministério da Saúde que o então presidente teria se vacinado nos dias 13 de agosto e 14 de outubro de 2022, também em Duque de Caxias, não havia indícios de que isso tenha de fato ocorrido.
A partir daí, a PF constatou que os dados sobre as vacinas foram inseridos por Brecha, secretário de Governo do município fluminense, nos sistemas da Saúde, em 21 de dezembro de 2022. O procedimento teria sido o mesmo em relação à filha de Bolsonaro. Dias depois, os dados foram apagados pela operadora Claudia Helena Acosta Rodrigues da Silva, com a justificativa de se tratar de “erro”.
Nesse ínterim, foram emitidos certificados de vacinação contra covid-19 para Bolsonaro e sua filha, que embarcaram para os EUA no final de dezembro. Ela viajou no dia 27 e o ex-presidente no dia 30. Tais certificados teriam sido emitidos e impressos pelo auxiliar de Bolsonaro, Marcelo Costa Câmara, de dentro do Palácio do Planalto. A polícia obteve a localização dos aparelhos no momento de utilização do ConecteSUS.
O relatório da PF detalha que “os elementos informativos colhidos demonstraram coerência lógica e temporal desde a inserção dos dados falsos no sistema SI-PNI até a geração dos certificados de vacinação contra a Covid-19, indicando que Jair Bolsonaro, Mauro Cesar Cid e, possivelmente, Marcelo Costa Câmara tinham plena ciência da inserção fraudulenta dos dados de vacinação, se quedando inertes em relação a tais fatos até o presente momento”.
O documento de 114 páginas é assinado pelo delegado da PF Fábio Alvarez Shor, responsável pelo caso.
Outro lado
Em nome da defesa de Bolsonaro, o ex-ministro da Secretaria de Comunicação Fábio Wajngarten disse a jornalistas que o ex-presidente somente irá depor à Polícia Federal quando seus advogados tiverem acesso aos autos do processo, o que ainda não teria ocorrido.
“O presidente Bolsonaro estará à disposição das autoridades competentes, como sempre esteve, tão logo a defesa tenha acesso aos autos”, disse Wajngarten. Segundo ele, o ex-presidente está reunido com seus advogados. Ele ainda disse que o advogado Marcelo Bessa já peticionou ao Supremo, em nome de Bolsonaro, pedindo acesso ao processo.
A Agência Brasil continua tentando contato com a defesa dos demais citados.
É importante a aprovação do projeto de lei das Fake News para organizar a bagunça. Não é possível que as redes sociais sejam incontroláveis e não tenham responsabilidade por nada que divulgam. Afinal, são meios de comunicação, vivem de propaganda.
E fizeram um sistema de negócio que tira propaganda da imprensa profissional e usa de graça o noticiário produzido por ela. É um duplo prejuízo para a imprensa, que é a base da democracia brasileira. Só que é roubo de um trabalho que custa caro.
RISCO DE CENSURA – O custo da estrutura que a imprensa profissional tem para apuração e checagem de notícias é alto. Acabar com a autoridade autônoma foi uma boa decisão, porque havia o perigo de, sendo ligada ao governo, acabar virando uma censura oficial, acobertada pelo projeto. É preciso aprová-lo rapidamente para dar mais responsabilidade às redes sociais.
O Telegram é a prova disso, se acha acima da lei. Deixou de responder diversos pedidos da justiça e acabou suspenso. É uma legislação com base em outras que já estão em uso em países democratas que prezam a liberdade de expressão, como a Austrália. Se no Brasil é proibido fazer elogios ao nazismo, porque na rede social poderia fazer? Não tem lógica.
É preciso recolocar em debate o projeto, para aperfeiçoá-lo ao máximo e diminuir a bagunça nas redes sociais.