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segunda-feira, outubro 03, 2022

Bolsonaro ootimista sobre o segundo turno: “Nunca perdi uma eleição e não será agora…”

Publicado em 3 de outubro de 2022 por Tribuna da Internet

O presidente Jair Bolsonaro durante entrevista neste domingo

Jair Bolsonaro deu entrevista de madrugada no Alvorada

Vinicius Prates
Estado de Minas

O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, foi às redes sociais comentar o resultado do primeiro turno. Em seu Twitter, Bolsonaro demonstrou confiança para o segundo turno, que disputa contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no dia 30 de outubro. O presidente disse que nunca perdeu uma eleição na sua trajetória política e acredita que não será agora que irá perder.

“Sabemos do tamanho da nossa responsabilidade e dos desafios que vamos enfrentar. Mas sabemos onde queremos chegar e como chegaremos lá. Pela graça de Deus, nunca perdi uma eleição e sei que não será agora, quando a liberdade do Brasil inteiro depende de nós, que iremos perder”, escreveu o presidente Jair Bolsonaro no Twitter.

MAIOR PRIORIDADE – Bolsonaro também comentou seu desempenho nas eleições e destacou o avanço das bancadas na Câmara e no Senado que, segundo o presidente, era a “maior prioridade” no momento.

O avanço se dá em meio a um projeto bolsonarista de construir uma base aliada mais forte no Senado, que barrou alguns dos principais projetos do Executivo nos últimos quatro anos.

“Elegemos governadores no primeiro turno em 8 estados e elegeremos nossos aliados em outros 8 estados neste segundo turno. Esta é a maior vitória dos patriotas na história do Brasil: 60% do território brasileiro será governado por quem defende nossos valores e luta por um país mais livre”, escreveu Jair Bolsonaro.

PESQUISAS FRAUDADAS – O presidente também voltou a atacar os institutos de pesquisas. “Muita gente se deixou levar pelas mentiras propagadas pelos institutos de pesquisas, que saíram do primeiro turno completamente desmoralizados. Erraram todas as previsões e já são os maiores derrotados desta eleição. Vencemos essa mentira e agora vamos vencer a eleição!”, pontuou.

“Esta disputa não decidirá apenas quem assumirá um cargo nos próximos quatro anos. Esta disputa decidirá nossa identidade, nossos valores e a forma como seremos vistos pelo mundo e pelo próprio Deus. Lutemos pela liberdade, pela honestidade, por nossos filhos e pelo Brasil”, pontuou o presidente.

New York Times destaca erro das pesquisas e reconhece que “Bolsonaro estava certo”

Publicado em 3 de outubro de 2022 por Tribuna da Internet

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The New York Times deu destaque à eleição brasileira

Deu na Gazeta do Povo

Os principais jornais do planeta deram bastante destaque para as eleições brasileiras realizadas neste domingo, dia 02. Foram manchete dos jornais argentinos Clarin e La Nacion e dos franceses Le Monde e Le Figaro. O americano New York Times e os argentinos La Nacion e Clarin apontaram os erros das pesquisas eleitorais em relação à votação, que levou Lula e Bolsonaro ao segundo turno.

O jornal americano chegou a afirmar que “ficou claro que ele estava certo”, se referindo às críticas que o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, fez aos institutos.

CONTRADIÇÃO – O jornal The New York Times disse que as pesquisas e os analistas indicavam que Bolsonaro estava acabado, mas surpreendeu no primeiro turno. Por isso, apesar do resultado numérico, foi ele quem teve uma noite melhor.

Para o jornal, em se tratando da insistência de Bolsonaro que as pesquisas estavam erradas ao mostrar Lula na dianteira, “ficou claro que ele estava certo”. Os analistas subestimaram “a força de candidatos conservadores em todo o país”. Enquanto isso, Lula está tentando realizar um “espantoso renascimento político que há poucos anos parecia impensável”.

Para o jornal The Washington Post, o segundo turno com Lula e Bolsonaro representa a oposição entre “populistas de polos opostos do espectro político”, dois gigantes políticos que compartilham uma profunda inimizade pessoal e prometem o apocalipse caso o outro ganhe. Lula se fia em uma campanha de nostalgia da classe trabalhadora, enquanto Bolsonaro “atacou as instituições cívicas do país” e fez uma campanha de “terra arrasada”.

LÍDER DA ESQUERDA – Wall Street Journal –O Wall Street Journal descreveu Lula como um “porta-bandeira da esquerda latino-americana que é muito popular entre os pobres apesar de ter sido preso após condenação por corrupção em 2018”, e também destacou que Bolsonaro se saiu bem melhor do que o previsto nas principais pesquisas.

A cobertura do USA Today caracterizou o governo Bolsonaro como marcado por “discurso incendiário”, pelo teste das instituições democráticas e pelo manejo da pandemia de Covid-19, alvo de muitas críticas, além do desmatamento na Amazônia.

Para o jornal, ele teve sucesso em construir uma base conservadora dedicada. Já Lula tem como desafio se afastar da memória de estar à frente de um governo “envolvido em vastos escândalos de corrupção em que políticos e empresários estiveram emaranhados”.

VIOLÊNCIA E MEDO – A CNN americana alegou que as eleições brasileiras foram marcadas por “violência e medo” mas há bons motivos para duvidar dessa caracterização.

Na Argentina, o Clarín, principal jornal do país vizinho, elegeu os institutos de pesquisa como os “principais derrotados” das eleições, por “seus erros”.

“Um desdobramento notável das eleições brasileiras é o notório fracasso dos principais institutos de pesquisas brasileiros que, de maneira homogênea, previam uma vitória certa e consistente do ex-presidente Lula da Silva” escreve o jornalista Marcelo Cantelmi, que acrescentou:

ERROS DAS PESQUISAS – “Horas antes da eleição, duas dessas empresas, o prestigiado Datafolha e seu concorrente IPEC, avaliaram que o líder petista praticamente venceria no primeiro turno, reunindo 50/51% das intenções de voto.” Ele ainda criticou: “O problema é que nenhuma dessas empresas esclareceu essas deficiências.”

La Nacion, concorrente do Clarin, também destacou a diferença entre a votação final e o que foi previsto pelos institutos de pesquisas: “Jair Bolsonaro chegou a 43,7%, bem acima do que as pesquisas antecipavam, e que chegará com aspirações renovadas para o segundo turno, em 30 de outubro.” Em outra reportagem sobre as falhas dos institutos de pesquisa, o jornal destacou: “(…) uma diferença de mais de quatro pontos, muito longe dos 14 projetados pelas últimas pesquisas”

EX-ENGRAXATE – O jornal The Guardian, do Reino Unido, que tem viés esquerdista, relembrou o passado de “engraxate” de Luiz Inácio Lula da Silva em reportagem com o título: “Luiz Inácio Lula da Silva: o ex-engraxate na esperança de reconquistar a presidência do Brasil”, sem deixar de destacar que o “o primeiro presidente da classe trabalhadora do país busca retornar ao poder após escândalos de corrupção e prisão”.

Na França, o Le Monde deu bastante destaque para as eleições brasileiras: a disputa entre Bolsonaro e Lula é a manchete da edição online do jornal com tendências à esquerda, que falou em “desinformação e ataques ao sistema eleitoral”.

O jornal também publicou um perfil sobre a primeira-dama Michelle Bolsonaro com o título: “da favela ao palácio presidencial”.

LE FIGARO – Também o francês Le Figaro colocou as eleições brasileiras como principal assunto de seu site, destacando apenas a virada de Lula durante a apuração. O jornal trouxe uma reportagem sobre a votação em Paris, onde Lula teve maioria.

Na Alemanha, o Deustche Welle, com edição em português do serviço de notícias alemão, também chamou atenção para a disparidade entre o resultado da votação e o previsto pelos institutos de pesquisa. “Pesquisas vinham apontando primeira posição do petista e possibilidade de vitória já na primeira rodada.”

Em artigo, destacou a vitória de Sergio Moro ao senado, que lhe garantiu “sobrevida política”.

A vitória de Pirro sobre ACM Neto em Jeremoabo,

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Estou iniciando esse meu comentário  postando o aúdio de Marcelo do Sindicato para demonstrar que essa vitória decantada pelo prefeito e seus seguidores não passou de uma VITÓRIA DE PIRRO, de uma demonstração do seu DESGASTE E DECANDÊNCIA POLÍTICA;      que Tista de Deda e seu grupo político continua em alta, forte e firme.
Sua vitória de Pirro começa a marcar o início do fim de um (des)governo que emporcalhou a política e vem Manchando de lama o nome de Jeremoabo pela pratica de corrupção e improbidades.
É a vitória que  diariamente usa de maneira improba o dinheiro do povo para autopromover-se juntamente com seu vice-prefeito, secretários e vereadores da situação, é a vitória do nepotismo, da propaganda mentirosa, é a vitória dos laranjas, das notas frias e superfaturamentos, que por esse motivo deixa as crianças sem merenda escolar, o povo sem saúde, sem medicamentos e os postos sem médicos.
Você venceu, Pirro, mas, como diria o Darcy Ribeiro, detestaria estar ao seu lado. Sua vitória é a espuma de chuveiro da história.

Vamos aos fatos:

Deputado Otto Filho + Ricardo Maia apoiados pelo grupo de Tista de Deda:  7.600 votos
Deputado Josias apoiado por Marcelo do Sindicato: 822 .
Portando, os Deputados federais apoiados pelo grupo de Tista e Marcelo do Sindicato, superaram a votação dos deputados apoiados por Deri do Paloma

Deputado apoiado pelo grupo de Deri:
Mario Negro Junior: 7000 votos.

Jerônimo apoiado pelo grupo Deri obteve em teve 10.933 votos.

Observação:

Desses  10.933 teve 822 votos doados por Marcelo de Sndicato que não faz parte do grupo Deri do Paloma; além de muitos outros eleitores que não são simpatizantes de Deri, porém votam em candidatos do PT.

ACM Neto apoiado de última hora por Tista de Deda e seu grupo: 8.837 votos.

O fiel da da Balança está nessa votação a seguir:

Senador Otto Alencar : 11.310

Senador Kaká apoiado por Deri: 6.724

Nota da Redação deste Blog - O cabeça que angariou votos para Ricardo Maia ´foi Fábio da SACOF, que faz parte do grupo de Tista de Deda.
Quem demonstrou que tem votos foi Marcelo da Sindicato, que só, sem dinheiro apenas contando com amigos ainda conseguiu 822 votos para Josias do PT.

Quem saiu dessas eleições pequeno foi o prefeito Deri do Paloma seu grupo e seus simpatizantes, que mesmo usando a máquina pública, admitindo comissionados e contrtados para trabalhar na prefeitura sem concurso público, descumprindo a constituição, conseguindo obras em véspera da eleição, usando a internet para publicar Fake News, conseguiu uma vitória de Pirro.


Até que enfim o TCM-BA lembrou dos processos acumulados de Jeremoabo.

 

PAUTA PARA A 65ª SESSÃO ORDINÁRIA EM FORMATO HÍBRIDO (PRESENCIAL E POR MEIO ELETRÔNICO) – HORÁRIO: DAS 10:00 ÀS 13:00HS

Relator - Cons. NELSON PELLEGRINO

Processo nº 04892e21 - Denúncia referente à Prefeitura Municipal de JEREMOABO. Denunciados: Sr. Derisvaldo José dos Santos (Prefeito), Sra. Alessandra Teixeira Ferreira (Secretária Municipal de Educação) e Sr. Jairo Ribeiro Varjão (Vereador). Denunciante: Sr. José Raimundo de Jesus Reis. Procurador: Sr. Allan Oliveira Lima - OAB nº 30726.

Nota da redação deste Blog - Acredito que esse Processo trata-se de uma denúncia do Vereador Zé Miúdo contra o Veraedodor Jairo do Sertão e a Secretária de educação, por suposta acumulução ilícita.

As razões do voto são mais profundas do que imaginam cientistas políticos em sua vã filosofia

Publicado em 3 de outubro de 2022 por Tribuna da Internet

Ontem, a grande vitoriosa foi a democracia brasileira

Pedro do Coutto

Aos 88 anos de idade e há praticamente 70 anos acompanhando as eleições, votei na manhã de ontem, em meio à grande expectativa. As pesquisas, tanto a do Datafolha quanto a do Ipec, apresentavam, como os jornais deste domingo destacaram, uma vantagem muito grande para Lula, com uma diferença de 14% sobre Bolsonaro, o que poderia se traduzir em aproximadamente 15 milhões de votos. Mas esta enorme diferença não se concretizou a haverá segundo turno.

CÁLCULOS – Cientistas políticos, entre outros analistas,  desenvolvem cálculos baseados em transferências de votos e de confronto entre os resultados de 2018 e os de agora, 2022, sem considerar que as eleições e as disputas são diferentes e que as contradições que existem, em muitos casos, são passageiras. Veja-se, por exemplo, o que aconteceu com o Centrão.

Na hora do voto na urna, o Centrão não veio fechado com Bolsonaro. E se Bolsonaro não tivesse ido ao segundo turno, ainda neste domingo o bloco do governo teria iniciado sua mudança para o novo Palácio do Planalto aguardando o sucessor do atual presidente da República. É da política, é natural.

Quanto às razões dos votos, são múltiplas. E como na poesia de Vinicius de Moraes, em Orfeu do Carnaval, “são mais profundas do que parecem”. Claro que a atuação política dos governantes influencia consideravelmente. Mas não é apenas isso. Há uma dose acentuada de identificação e de empatia entre as eleitoras e eleitores e os candidatos e candidatas.
 
CONTROLE DA MÁQUINA – Esse aspecto misterioso e enigmático é decisivo para muitas vitórias. E podem explicar,  muitas situações. Bolsonaro, por exemplo, beneficiou-se pelo fato de possuir o controle administrativo do país e, como tal, dispor da máquina que há muitos anos, antes da Revolução de 1930, era fundamental para a eleição desse ou daquele presidente da República.

O fenômeno modernizador encontrou a sua maior fonte de expressão nas urnas eletrônicas e no sistema eleitoral de votação e computação. Mas há exemplos anteriores de que a máquina produtora de vitórias não resistiu à passagem do passado para os tempos modernos.

Em 1950, o presidente Eurico Dutra detinha o poder. Escolheu como candidato Cristiano Machado do PSD, cujas bancadas eram amplamente majoritárias no Congresso. Mas o vencedor foi Getúlio Vargas, do PTB, com 49% da votação. Ficou na história o termo “cristianização” para explicar como o fato aconteceu e os autores do tema não lembraram que paralelamente a Vargas, Juscelino Kubitschek elegeu-se governador de Minas Gerais, e Amaral Peixoto governador do antigo Estado do Rio de Janeiro.

REFORMA – Mas não é só isso. Vargas representava, além do mito, o reformista que implantou a consolidação das leis do Trabalho em 1943. Vargas tinha compromisso com a reforma, pois se não o tivesse não daria ao seu filho o nome de Lutero, sobretudo porque Vargas não era religioso. Nas eleições de 1960, a coligação PSD/PTB apoiando o general Lott era enorme em matéria de bases regionais. Entretanto, Jânio Quadros venceu disparado com 47% da votação.

A instituição do segundo turno, e da maioria absoluta no primeiro, foi estabelecida pela Constituição de 1988 e seu primeiro teste na prática foi na vitória de Fernando Collor sobre Lula que este ano completou a sua nona atuação diretamente em eleições presidenciais. Perdeu quatro e venceu quatro.

Se vencer o segundo turno, Lula levará o saldo consigo para a história universal, já que não há outro exemplo no mundo de tantas atuações presidenciais.

Entre os candidatos e os eleitores e eleitoras, existe uma faixa que os aproxima e outra faixa que os distancia. Às vezes existem razões óbvias para o afastamento, tais são os erros e atitudes de governantes que desconcertam o pensamento e a atmosfera que envolve a atividade nacional. Não é fácil fixar referências. Elas são tanto sociais quanto  psicológicas no caso da aproximação e no caso do distanciamento.

CÓDIGOS – É o mesmo modelo oculto da empatia ou antipatia de pessoas umas com as outras. Isso de modo geral. No plano do sexo, o fenômeno se verifica na atração do homem pela mulher e da mulher pelo homem. Não tem razões transparentes. São códigos que se refletem em algo muito forte  ou de rejeição acentuada. Há também os casos de temor que muitos políticos despertam e de acolhimento que outros proporcionam.

Tudo isso gera um ambiente soprado pela emoção. Essa emoção está na atmosfera das chegadas, da reta final, na energia que faz a diferença entre uns candidatos e outros. Muitas outras eleições virão através do tempo e sempre haverá a mesma sensação entre os que buscam o voto e aqueles que com os votos proporcionam vitórias. Na eleição de ontem, a grande vitoriosa foi a democracia brasileira. 


Atuação de Bolsonaro transforma a eleição do segundo turno em plebiscito sobre democracia

Publicado em 3 de outubro de 2022 por Tribuna da Internet

Bolsonaro vota e diz: 'O que vale é o Datapovo' - Politica - Estado de Minas

Bolsonaro quer aumentar o número de ministros no Supremo

Bernardo Mello Franco
O Globo

O Tribunal Superior Eleitoral negou um pedido do PL para restringir a oferta de transporte público neste domingo. Na decisão de ontem, o ministro Benedito Gonçalves classificou a ideia como “absurda”. O partido de Jair Bolsonaro queria usar o Judiciário para dificultar o caminho dos pobres até a urna.

O capitão é o quarto presidente brasileiro a disputar a reeleição. Nenhum outro usou a máquina pública de forma tão ostensiva. Nenhum outro cometeu tantos abusos para tentar se perpetuar no poder.

CONTRADIÇÕES – Eleito com discurso liberal na economia, Bolsonaro mudou a Constituição e implodiu o teto de gastos para injetar dinheiro na veia do eleitor. Em plena campanha, manipulou os preços dos combustíveis, distribuiu benesses a taxistas e turbinou o programa que substituiu o Bolsa Família — ao qual ele costumava se referir, num passado recente, como “esmola” e “farelo”.

Nada disso funcionou, e o capitão continua a enfrentar uma muralha de rejeição entre os mais pobres. Num ato de desespero, ele agora tentou cortar os ônibus para impedi-los de votar em seu oponente.

Bolsonaro pôs todo o aparato do Estado a serviço da reeleição. Transformou os palácios em estúdios de gravação, fez da TV pública um veículo de propaganda, recrutou os militares para animarem seus comícios no Sete de Setembro. A delinquência eleitoral transcendeu as fronteiras do país. Até o velório da rainha Elizabeth II, em Londres, virou palanque para o candidato da extrema direita.

ESCUDO PRESIDENCIAL – Seus crimes foram assistidos passivamente pela Procuradoria-Geral da República, rebaixada à condição de escudo da família presidencial. Além de sequestrar a PGR, o bolsonarismo se apropriou da Polícia Federal, da Receita Federal e da Abin. O Ministério da Cultura foi extinto. Órgãos como Ibama e Funai, encarregados de proteger o meio ambiente e as minorias, sofreram um processo de desmonte.

O projeto de demolição não se esgota em quatro anos. O capitão já deixou claro que seu próximo objetivo, se reeleito, é domesticar o Supremo Tribunal Federal. Os governistas planejam ampliar o número de cadeiras na Corte, imitando uma manobra da ditadura militar. A consequência seria a criação de uma maioria instantânea a favor do Planalto.

A ameaça de captura do Supremo levou quatro ex-presidentes do tribunal a declararem voto útil contra Bolsonaro. O ato é inédito desde a redemocratização, o que reforça a gravidade do momento brasileiro.

SEGUNDO TURNO – Em desvantagem nas pesquisas, o candidato a autocrata ameaça se insurgir contra uma possível derrota. Na reta final da campanha, ele investiu no golpismo e elevou os ataques ao TSE, que foi obrigado a restringir o porte de armas em seções eleitorais. E agora o segundo turno garante ao capitão mais quatro semanas para apostar na conflagração do país.

A escalada autoritária transformou a eleição de 2022 num plebiscito sobre a Constituição de 1988, que faz aniversário na próxima quarta-feira.

A Carta atravessou os últimos quatro anos aos trancos e barrancos. O que se define a partir de agora, nas urnas, é a sua sobrevivência.


Após furar a onda petista das pesquisas, Bolsonaro ganha fôlego para o segundo turno

Publicado em 3 de outubro de 2022 por Tribuna da Internet

Bolsonaro é cercado por jornalistas na chegada ao seu local de votação, na Zona Norte do Rio

Bolsonaro, cercado por jornalistas na sua seção eleitoral

Daniel Gulino e Jussara Soares
O Globo

O presidente Jair Bolsonaro (PL) contrariou expectativas criadas pelas pesquisas, conteve a onda petista na reta final da campanha e chegou ao segundo turno em condições de medir forças com Lula da Silva (PT) para tentar eliminar a diferença de pouco mais de quatro pontos percentuais que o separou do ex-presidente na primeira etapa da eleição presidencial, marcada pela polarização.

Além disso, o primeiro titular do Planalto a buscar a reeleição sem figurar como favorito mostrou força ao eleger governadores em diferentes regiões e emplacar aliados estratégicos na Câmara e, sobretudo, no Senado.

Apesar de ter ficado em segundo lugar, Bolsonaro teve ontem um gosto de vitória, já que, na véspera, Datafolha e Ipec estimavam uma distância de 14 pontos entre ele e Lula. O resultado surpreendeu até o núcleo da campanha do presidente, cujas previsões mais otimistas apontavam que ele ficaria a seis pontos do petista.

DISSE BOLSONARO — “Eu entendo que tem muito voto que foi pela condição do povo brasileiro, que sentiu o aumento dos produtos. Em especial, da cesta básica. Entendo que há uma vontade de mudar por parte da população, mas tem certas mudanças que podem vir para pior” — disse ele ontem, em frente ao Palácio da Alvorada. — “Temos dados bastantes positivos. Em quatro semanas vai dar para explicar bem para a população o que aconteceu”.

Até o dia 30, em condições de igualdade na propaganda de rádio e TV, Bolsonaro precisará se equilibrar entre duas correntes de aliados que divergem sobre o melhor caminho para virar o jogo. A modulação entre a faceta beligerante do primeiro turno e a necessidade de demonstrar temperança tende a ser um dos maiores desafios da campanha bolsonarista daqui para frente.

A chamada ala ideológica, capitaneada pelo vereador licenciado Carlos Bolsonaro (Republicanos) e o ex-assessor da Presidência Felipe Martins, encoraja o presidente a partir para o ataque a Lula, sob o argumento de que funcionou no primeiro turno. Já o grupo político, formado por nomes do Centrão como o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, tentam convencê-lo a investir numa versão mais amena de si próprio para conquistar o eleitorado de centro.

ARGUMENTOS – Bolsonaro indicou que pretende travar o debate da economia, cujas dificuldades atribui à pandemia e à guerra na Ucrânia. Também demonstrou que vai insistir em relacionar Lula a líderes de esquerda que governam países latino-americanos. Citou ontem Nicarágua, Venezuela, Argentina, Colômbia e Chile.

— Vamos agora mostrar melhor para a população brasileira, em especial a classe mais afetada, que é consequência da política do “fica em casa, a economia a gente vê depois”, de uma guerra lá fora, de uma crise ideológica também — disse Bolsonaro.

O presidente afirmou ainda que um dos focos da sua campanha no segundo turno será tentar recuperar votos em Minas e São Paulo, onde teve desempenho abaixo de 2018. “É essa votação perdida que vamos buscar recuperar nesses três estados que são os maiores colégios eleitorais do Brasil” — disse Bolsonaro.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Devido à atuação manipuladora das pesquisas, jamais contestadas pela mídia, o resultado surpreendeu a todos. Agora, no mano a mano, será uma nova eleição. Façam suas apostas. (C.N.)

 

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