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quinta-feira, julho 01, 2021

Desinformado, Bolsonaro pode ficar no Planalto, mas perde o poder de governar

À deriva, Bolsonaro comprova que é o maior adversário de si mesmo

Pedro do Coutto

Os fatos comprovaram a investida do Ministério da Saúde para montar e operar uma corrupção gigantesca, como ficou comprovado na encomenda da vacina produzida na Índia. O presidente da República não sabia o que estava se passando e com isso enfraqueceu-se politicamente, confirmando o princípio não só político, mas da vida humana de que não adianta lutar contra os fatos. Eles ressurgem com efeitos ainda mais arrasadores.

O projeto de corrupção que culminou com o afastamento  do encarregado da compra da Covaxin era maior e mais concreto do que se poderia pensar. O representante da Saúde queria que a intermediação por uma empresa participante da articulação pagasse uma propina de US$ 1 por dose de vacina.

ESCÂNDALO –  A intermediação em casos assim já é esquisita em si. As demais produtoras com preços muito inferiores ao de US$ 15 a unidade não incluíram nenhuma intermediação em suas ofertas. A reportagem de Constança Rezende, Folha de São Paulo de ontem, manchete da edição, destaca com nitidez o aspecto dramático do escândalo que estava sendo preparado.

Não fosse a imprensa e a CPI do Senado, o estranho caso teria se realizado com um prejuízo total para o Brasil, proporcionando indiretamente talvez  mais 100 mil mortes, justamente em consequência de um fornecimento  que pelo preço tornar-se-ia mais restrito e pela demora ainda mais fatal. No O Globo, Paula Ferreira, Jussara Soares, Melissa Duarte e Paulo Cappelli acentuam a decisão tardia, mas inevitável, do governo Bolsonaro de suspender o contrato com a fabricante e comercializadora da Covaxin.

Logo, o presidente da República e o ministro Marcelo Queiroga reconheceram tacitamente a existência de um contrato que previa até um adiantamento no valor de US$ 45 milhões. Uma outra reportagem da Folha, da Natália Cancian, focaliza o recuo que destaca a fraqueza de um governo que, na campanha eleitoral de 2018, apresentou como compromisso de honra exatamente o combate  à corrupção que se instalou sob o patrocínio da bancada do Centrão, fisiológica ao extremo, e o endosso por parte do líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros.

RASTROS – A derrota do governo foi total, seja no aspecto da improbidade, no aspecto político e no efeito eleitoral para 2022. O panorama hoje na Esplanada de Brasília é o de um desabamento que deixa rastros quase impossíveis de se apagar e cujos efeitos intoxicam toda a administração federal.

Aliás, já fortemente intoxicada pelo ex-ministro da Educação Abraham Weintraub que na reunião de maio de 2020 bradou pela prisão, sem motivo, dos ministros do Supremo Tribunal Federal, classificando-os de “vagabundos”. A mesma reunião, cujo vídeo se encontra nas redes, liberação determinada pelo ministro Celso de Mello do STF, representa um momento de tristeza porque fica na história como registro de uma falta de administração.

O ex-ministro Ricardo Salles, demitido do Meio Ambiente, usou a expressão “passar a boiada” quanto à liberação de investimentos na Amazônia independentemente de licença ambiental. Na mesma reunião, o ministro Paulo Guedes defendeu a venda do Banco do Brasil, esquecendo que o principal estabelecimento de crédito brasileiro tem grande parte de seu capital colocado através de ações no mercado da Bovespa.

IMPEACHMENT – Thiago Resende e Daniele Brand, Folha de São Paulo, sustentam que Jair Bolsonaro ainda tem base no Congresso para obstruir a tramitação das dezenas de pedidos de impeachment que se encontram no arquivo de ferro do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira.

Conforme disse no início deste artigo, Bolsonaro pode permanecer em Brasília até as eleições de 2022, mas o seu poder de governar está flutuando junto às nuvens da desinformação e do desinteresse em saber e ter conhecimento. A informação é, em última análise, tanto a fonte quanto o poder de administrar o país. Na ausência de qualquer projeto de governo, a impressão que se tem é a de uma nau sem rumo enfrentando mares revoltos e tornando o chefe do Executivo no maior adversário de si mesmo.

Acrescente-se ao quadro desolador mais um fato de grande amplitude: o aumento das tarifas de energia elétrica. Sobem os custos da indústria, do comércio e dos serviços através da eterna cadeia de repasses. Só nós, os consumidores, não temos para quem repassar, pois estamos no final da linha. O ministro Paulo Guedes deve saber disso.


Que os vereadores perante o assassinato dessa árvore, usem o mesmo peso e a mesma medida usada contra o ex-prefeito Spencer.










 Infelizmente nesse atual (des)governo sem noção, Jeremoabo está tornando-se uma ilha isolado da civilização, dos bons costumes, da razoabilidade e do bom senso, onde tudo é feito de acordo com a vontade do proprietário da ilha, o todo poderoso;  e dane-se o resto.

Resolveram a revelia da lei, assassinar uma árvore centenária mesmo com  benefícios trazidos pela árvore, apenas , para colocar no seu lugar não sei de um pote ou mesmo um " membro" pela foto não dá para discernir. 

Para assassinar essa árvore, seria necessário um laudo de um especialista e não de um leigo ou charlatão, informando; que para isso, antes um técnico tinha que visitar o local, analisar a necessidade e o risco que a árvore poderia causar.

A avaliação é bastante minuciosa, sendo que o profissional avalia diversos aspectos e preenche um relatório com informações detalhadas sobre a árvore como um todo – tronco, galhos, folhas etc. – que serve para definir se será necessária alguma intervenção como uma poda ou até mesmo a supressão.

A realidade é que os vereadores jogando para a plateia conversam muito, porém de concreto a produção em benefício da população é mínima, é de pior para acabou.

Lembro-me, que quando o Dr. Spencer estava prefeito, para beneficiar a Praça do Forró, resolveu derrubar se não me falha a memória velhas algarobas, onde os vereadores daquela ocasião através do seu assessor jurídico ingressaram com uma representação perante o Ministério Público;  foi aberto o inquérito, onde o Dr. Spencer depois de muito trabalho teve que se virar " nos trinta" para se livrar de uma condenação.

Hoje estamos diante de um assassinato muito mais grave,  os vereadores dão calados como resposta, o povo mais uma vez que dane-se.

Hoje não se elege vereadores como antigamente!

A realidade é que cada povo tem o prefeito e vereador que merece

 


          Com todo respeito, respondam-me: essa foto é de :

                             " Um Pote ou um PÊNIS???"


Nota da redação deste Blog -  Sugiro ao vereador A. Chaves, Bino e demais vereadores que denunciaram o ex-prefeito Spencer, que a bem dos jeremoabenses  usem a copia da denuncia contra Spencer com as devidas adaptações,  ingressem também com uma representação perante o Ministério Público a respeito desse crime.


Mais um Bloco da entrevista de Marcelo do Sindicato ao Programa de Junior de Santinha - Sem Meias Palavras.

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Essa Promessa de emprego faltando 04(quatro) dias para as eleições  está cercado na mente do povo pelos sete lados, como se diz no jogo-do-bicho.
O que não " cala o povo" não é a vinda de empresas para a cidade, isso é ponto pacifico que todos querem e apoiam,; todavia o que continua causando polêmica é se  a Legislação Eleitoral foi desrespeitada, se foram infringidos os seus artigos, se realmente houve influencia para modificar o resultado das eleições em favor do atual gestor?
Para essa indagação só a justiça está capacitada para responder.
No meu entender essa promessa de emprego já começou de maneira não republicana ao determinar que os Currículos fossem entregues ao vice-prefeito.
 Traduzindo para que todos entendam: "A raposa cuidando do galinheiro".
Já que o entrevistado Marcelo manifestou-se a respeito desse assunto, vamos  procurar entender analisando os dizeres do profissional especializado em Direito Eleitoral na Peça Inicial da AIJE:

Do Abuso de Poder Político – Promessa de Emprego por Meio de Fábrica de Laticínio Que Irá se Instalar no Município – Determinação de Entrega de Currículos ao Vice-Prefeito". 

"Durante toda a campanha eleitoral, os Investigados falaram da instalação futura de uma fábrica de laticínios chamada de Natville, cuja matriz se encontra no estado de Sergipe, aduzindo que seriam gerados mais de 4 mil empregos.
 Este fato por si só não incorreria em nenhum ilícito, inclusive a instalação da fábrica de laticínios é muito bem vinda, pois ajudará no desenvolvimento do município e nem há qualquer ilegalidade na exploração deste fato pelos Investigados em sua propaganda eleitoral.
 Não está se questionando esta exploração política na propaganda eleitoral da instalação da referida fábrica, mas sim atos graves que decorreram da vinda da referida fábrica que acabaram por gerar num abuso de poder político e numa captação ilícita de sufrágio.
 Durante a eleição teve toda  aquela propaganda em torno da possível vinda da empresa de laticínio Natville e não satisfeito em apenas fazer a propaganda, os Investigados trouxeram a proprietária da empresa, Janea Mota, à cidade de Jeremoabo para assinar a escritura do terreno de onde será instalada a fábrica, dar entrevistas, visitar local onde a fábrica será instalada.
 A proprietária da Natville ao chegar na cidade passou a todo momento enaltecer à pessoa do prefeito para alavancar a sua imagem. Primeiro ocorre já na sua chegada no município, eis que chegou de helicóptero e pousou no posto de gasolina do Primeiro Investigado, como podemos ver no início do vídeo “Live da Vitória – Deri 11”. Depois em entrevistas concedidas na rádio enaltecendo à figura do Primeiro Investigado e de sua equipe.
 Na “Live da Vitória – Deri 11” promovida e transmitida pelos Investigados na qual contou com a presença destes, bem como do deputado federal Mario Negromonte Junior, o Vice Governador João Leão, também se encontrava presente o Diretor da empresa Natville Flávio Mota, aparecendo aos 41m12s do vídeo com o adesivo da campanha colado na camisa" ...

 (Processo : 0600512-30.2020.6.05.0051)









Partidos devem trocar deputados de comissão para derrotar voto impresso

 


Partidos devem trocar deputados de comissão para derrotar voto impresso
Foto: Antonio Augusto/ Ascom TSE

Os partidos contrários à adoção do voto impresso devem trocar os deputados da comissão especial que analisa o projeto. O objetivo é obter maioria para derrubar a proposta em andamento na Câmara dos Deputados.

 

Segundo a coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, essa medida é necessária para que a proposta não chegue ao plenário, pois muitas legendas calculam que ela pode ser aprovada se discutida por todo o corpo de deputados federais.

 

Presidentes de 11 partidos - PSDB, MDB, PP, DEM, PL, PSL, Cidadania, Republicanos, PSD, Solidariedade e Avante - se reuniram na última semana. Na ocasião, eles decidiram se unir para derrubar o pleito defendido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) (saiba mais aqui).

Bahia Notícias

'Aulas presenciais só com imunização total', diz diretor da APLB após Rui estimar retorno

'Aulas presenciais só com imunização total', diz diretor da APLB após Rui estimar retorno
Foto: Divulgação / GOV-BA

A retomada das atividades escolares presenciais, que dará início a fase de ensino “híbrido” na rede estadual, voltou à discussão nesta quarta-feira (30) após o governador Rui Costa (PT) comentar a possibilidade eventual de um retorno em 15 dias, caso os índices da Covid-19 continuem reduzindo. Provocado pelo Bahia Notícias, o diretor-geral da APLB Sindicato, Rui Oliveira, revelou que a intenção do governador deverá encontrar alguma dificuldade para ser concretizada. 

 

De acordo com Oliveira, uma pesquisa interna realizada pela própria APLB consultou 13 mil profissionais em todo o território baiano. Destes, 97% decidiram que só retornarão as aulas presenciais após concluírem o calendário vacinal com a aplicação da segunda dose. A imunização dos profissionais da educação foi iniciada no mês de abril. O sindicato não sabe precisar a margem de trabalhadores que já receberam a primeira dose no estado. Os municípios adotaram estratégicas individuais para cumprir a determinação de vacinação.

 

“Num cenário pós festejos juninos e com a preocupação de nova variante é inadmissível não se preocupar com a vida do povo baiano. Temos mais que lutar por mais vacina e condições de biossegurança, por isso, vamos lutar em defesa da vida e por mais vacina. Aulas presenciais só com imunização total e protocolo de biossegurança”, enfatiza Oliveira.

 

Em maio deste ano, os trabalhadores da rede estadual de ensino chegaram a aprovar a adoção do estado de greve pela continuidade das aulas remotas  e pelo retorno das atividade presenciais somente após a imunização completa, com aplicação das 1ª e 2ª doses da vacina. (reveja). 

 

“Estamos muito ansiosos pelo retorno às aulas porque é fundamental para a vida e futuro dos jovens o retorno das aulas. Inclusive, quero renovar meu pedido aos prefeitos para já irem aquecendo as turbinas das escolas municipais para a gente voltar com tudo”, afirmou o governador nesta quarta durante uma transmissão nas redes sociais. 

 

Procurada pelo BN, a Secretaria de Educação do Estado da Bahia não respondeu aos questionamento sobre a viabilidade de diálogo com a categoria.

Bahia Noticias

Cada vez mais mentiroso, o general Pazuello diz que apurou mas não encontrou irregularidades…

Publicado em 1 de julho de 2021 por Tribuna da Internet

O ex-ministro Eduardo Pazuello: recados do Exército para se apresentar à paisana na CPI

Pazuello é apenas um farsante, que desonra as Forças Armadas

Mariana Muniz
O Globo

Em manifestação encaminhada à Procuradoria-Geral da República (PGR) no âmbito da notícia-crime apresentada por três senadores ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre irregularidades na compra da vacina Covaxin, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello disse que tanto o presidente Jair Bolsonaro quanto ele adotaram providências para apurar possíveis irregularidades. A versão de Pazuello é a mesma que vem sendo dada pelo Palácio do Planalto, onde agora ele está trabalhando.

Segundo o ex-ministro da Saúde, após o encontro de Bolsonaro com o deputado Luis Miranda, em 20 de março, “o Presidente da República entrou em contrato com este então Ministro da Saúde, em 22.3.2021 (segunda-feira), a fim de solicitar a realização de uma apuração preliminar acerca dos fatos relatados quanto ao contrato de compra da vacina Covaxin”.

PEDE ARQUIVAMENTO – “No regular exercício do Poder de Autotutela da Administração Pública (súmula 473 do STF) – ato contínuo após a ordem do Presidente da República – determinei que o então Secretário-Executivo, Élcio Franco, realizasse uma averiguação prévia sobre alegados indícios de irregularidades e ilicitudes”, relata Pazuello, que pede à PGR que arquive a notícia-crime apresentada pelos senadores. A manifestação é assinada pelo próprio general, e não apresenta qualquer documento a respeito da alegada apuração interna.

Ainda na mesma linha do que vem sendo dito pelo Planalto, o ex-ministro da Saúde, que atualmente é Secretário de Assuntos Estratégicos, diz que “após a devida conferência, foi verificado que não existiam irregularidades contratuais, conforme já previamente manifestado, inclusive, pela Consultoria Jurídica da Pasta da Saúde”.

MAIS UMA TENTATIVA – A narrativa de Pazuello à Procuradoria-Geral da República é mais uma tentativa do governo de mostrar que Bolsonaro não deixou sem resposta as denúncias de que houve pressão no Ministério da Saúde para liberar a importação da vacina Covaxin.

O ex-ministro mandou o ofício à PGR como resposta a um pedido feito por senadores para abertura de inquérito contra Bolsonaro pelo crime de prevaricação, sob acusação de não ter tomado providências a respeito das denúncias do deputado.

O documento chegou apenas depois que a própria PGR pediu ao Supremo Tribunal Federal, na noite de ontem, que o caso só fosse analisado após a conclusão dos trabalhos da CPI. Entretanto, Pazuello nem havia sido intimado para apresentar esclarecimentos e mandou o ofício por conta própria. O vice-procurador-geral da República Humberto Jacques de Medeiros vai analisar o documento.

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NOTA DA REVISÃO DO BLOG
 – Esse pessoal do Planalto é muito amador. Será que eles realmente acham que alguém possa engolir essas justificativas de que o procedimento administrativo foi arquivado porque não existiam irregularidades contratuais, quando o que se discute é ética, moral, honestidade, interesse público e amor à pátria? Pazuello e mentiroso. Ele não apurou nada. Foi demitido do Ministério dois dias depois da denúncia dos irmãos Miranda. Esses desculpas de que não houve irregularidades são uma ofensa à opinião pública, como se os brasileiros fossem tão despreparados quanto os atuais inquilinos do eixo Planalto/Alvorada. (C.N.)


Denúncias dos irmãos Miranda são tão verdadeiras que já causaram demissões em série na Saúde

Publicado em 1 de julho de 2021 por Tribuna da Internet

Carlos Newton / charge de Miguel Paiva (Site 247)

O empresário Carlos Wizard botou o galho dentro, como se dizia antigamente, e se recusou a depor na CPI da Covid, escorado em mais uma ridícula decisão do Supremo que nem era necessária, pois as testemunhas são obrigadas a comparecer, não a depor. Lembrem o caso de Lula, que ficou ironizando a Justiça, enquanto os líderes petistas diziam que o povo sairia às ruas para impedir o depoimento do ex-presidente. O Ministério Público então pediu a condução coercitiva e Lula acabou  depondo, sem haver nenhuma revolta popular.

Pois bem, enquanto Wizard ficava calado, socorrendo-se num bizarro texto sobre seu fervor religioso, o deputado Ricardo Barros, ainda líder do governo, tirava uma onda de valentão, colocando-se à disposição da CPI para depor.

EM REUNIÃO VIRTUAL – O ato de coragem do parlamentar foi relatado pela repórter Mariana Carneiro, de O Globo, que abordou a reunião de líderes do governo, realizada virtualmente segunda-feira para tratar das pautas do governo, mas acabou servindo para o líder na Câmara se explicar aos colegas e à ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda.

“Eu sei me defender. Não vou sair da liderança.” – com essas duas frases, o deputado Ricardo Barros (PP-PR) resumiu sua disposição para enfrentar as denúncias de envolvimento com o contrato irregular da Covaxin, em investigação na CPI da Covid – narrou a repórter.

Como se sabe, Ricardo Barros foi ministro da Saúde no governo Michel Temer e até hoje exerce influência política no ministério. E ele deixou bem claro que não pretende recuar, nem submergir, como cogitavam alguns aliados. “Eu entendo do assunto”, afirmou o líder do governo, segundo informaram à jornalista alguns dos presentes à reunião virtual.

BARROS NEGOU –  Depois da publicação da matéria de Mariana Carneiro, que trabalha com a colunista Malu Gaspar, o deputado Ricardo Barros entrou em contato com o Globo para dizer que as frases atribuídas a ele não são verdadeiras. Mas a repórter Mariana Carneiro manteve as informações publicadas.

Em tradução simultânea, Barros perdeu uma boa oportunidade de ficar calado. Pensou que sua bravura fosse ficar trancafiada na reunião virtual e não imaginou que as denúncias dos irmãos Miranda pudessem evoluir na espantosa velocidade que está sendo imprimida.

Quanto às denúncias, são tão verdadeiras que já causaram muitas demissões. O ministro Eduardo Pazuello, por exemplo, caiu dois dias depois do encontro de Bolsonaro com os irmãos Miranda, no Palácio da Alvorada. Na mesma semana, foi detonado o secretário-executivo, coronel Elcio Franco.

Agora, após os depoimentos dos irmãos na última sexta-feira, já caíram o diretor de Logística, Roberto Ferreira Dias, e logo em seguida o assessor, tenente-coronel Marcelo Blanco da Costa. Ou seja, a fila está andando e o governo derrete em pleno inverno.

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P.S.
 – O respeitável público terá oportunidade de conferir a coragem do líder Ricardo Barros, que está cercado na CPI pelos sete lados, como se diz no jogo-do-bicho. A liderança que exercia na quadrilha do Centrão já não existe. Os parlamentares centristas não têm compromisso com fracassados. Eles só obedecem a quem comanda a caixa registradora sem ser apanhado em flagrante delito. Assim, o depoimento de Barros na CPI será um espetáculo verdadeiramente inesquecível. A não ser que ele decida seguir o exemplo de Carlos Wizard e se manter em silêncio(C.N.)

General é nomeado para substituir o indicado do Centrão que se envolveu no rolo da Covaxin


Charge do Duke (domtotal.com)

 

Luci Ribeiro
Estadão

 O Ministério da Saúde designou o general da reserva Ridauto Lúcio Fernandes como responsável pela área que era chefiada por Roberto Ferreira Dias, diretor do Departamento de Logística em Saúde exonerado nesta madrugada após ser acusado de pedir propina para fechar um contrato para compra de vacina anticovid.

Ridauto, que atua no mesmo departamento desde janeiro deste ano, vai assumir a função do assessor do departamento, tenente-coronel Marcelo Blanco da Costa, dispensado nesta quarta-feira, por também ser acusado de participar das negociações por propina. Blanco da Costa foi um dos militares nomeados na Saúde pelo então ministro Eduardo Pazuello ainda em maio do ano passado.

INTERINAMENTE – A troca foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) nesta tarde. A portaria com a mudança é assinada pelo secretário executivo do ministério, Rodrigo Otavio Moreira da Cruz.

Pelo menos por enquanto, Ridauto responderá pela área que era chefiada por Roberto Ferreira Dias. A demissão de Dias já havia sido anunciada na noite de terça pela pasta e ocorreu depois que o empresário Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se apresenta como representante da Davatti Medical Supply, afirmar à Folha de S.Paulo que Dias pediu propina para o governo federal fechar contrato de compra de vacinas contra a covid-19.

Dominguetti também disse à Folha que o tenente-coronel Marcelo Blanco estava no encontro em que Dias cobrou propina. Hoje, a CPI da Covid no Senado aprovou requerimento de convocação de Blanco para depor ao colegiado.

US$ 1 POR DOSE – A propina seria de US$ 1 para cada dose da vacina da AstraZeneca/Oxford adquirida pelo Ministério da Saúde. O laboratório nega, no entanto, que a Davatti Medical Supply seja sua representante. A empresa americana também foi desautorizada pela AstraZeneca no Canadá.

Antes mesmo da denúncia de Dominguetti , o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão, Luis Ricardo Fernandes Miranda, chefe de Importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, já haviam citado Roberto Ferreira Dias como participante de um suposto esquema de corrupção envolvendo a aquisição de vacinas.

A indicação de Dias ao cargo na Saúde é atribuída ao ex-deputado Alberto Lupion (DEM-PR), com respaldo do atual líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (Progressitas-PR), que teria sido apontado pelo presidente Jair Bolsonaro, segundo relato do deputado Luis Miranda, como o responsável pelo “rolo” da Covaxin.

NOMEAÇÃO FRUSTRADA -O agora ex-diretor do Ministério da Saúde também quase ocupou uma diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no ano passado.

Bolsonaro desistiu da indicação após o Estadão/Broadcast mostrar que o diretor havia assinado contrato de R$ 133,2 milhões no Ministério da Saúde com indícios de irregularidade, para compra de 10 milhões de kits de materiais utilizados em testes de covid-19.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – O escândalo é bipolar e está atingindo não somente o governo, como também as Forças Armadas. Como diria o Barão de Itararé, era só o que faltava. (C.N.)
 


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