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sexta-feira, julho 05, 2019

Rodrigo Maia defende publicação de mensagens atribuídas a Moro: ‘Não é crime’

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Rodrigo Maia deu entrevista ao “Pânico” e falou coisas certas
Guilherme Caetano
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu nesta sexta-feira a publicação dos supostos diálogos entre integrantes da Lava-Jato pelo Intercept Brasil. Em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, ele afirmou que não pode haver ” dois pesos e duas medidas ” sobre a divulgação de informações de interesse público.
— Quando é para beneficiar um lado, é bacana, mas quando é para beneficiar o outro lado, aí não pode? Um vazamento de um documento sigiloso que foi entregue por um agente público a um jornalista é pior do que um hacker vazar uma informação? — indagou.
MUITOS EXEMPLOS– Maia mencionou o Wikileaks, organização do australiano Julian Assange que publica postagens de fontes anônimas e que em 2010 publicou grandes quantidades de documentos confidenciais do governo dos Estados Unidos, para criticar quem ataca a publicação das mensagens. Segundo Maia, o que “não foi criticado no passado” agora é visto com desaprovação.
— Todo mundo divulgou o Wikileaks e, naquela época, ninguém viu problema. É claro que é crime (o que o hacker da Lava-Jato fez), mas o jornalista que divulgou a informação não está errado. Está mais do que claro, com respaldo da Constituição Federal, que não é crime.
LULA E DILMA – Rodrigo Maia também mencionou a conversa telefônica feita entre a então presidente Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, divulgada em 2016. O grampo nos diálogos não tinha autorização legal, já que foi feito após Sergio Moro, à época juiz responsável pela Lava-Jato no Paraná, pedir a interrupção dos grampos.
— Eu sou contra vazamento ilegal, só que o jogo foi jogado assim a vida inteira, inclusive durante o impeachment da Dilma. Aquela decisão do vazamento (feito por Moro) foi decisivo para recuperar o impeachment, que estava morrendo naquela época. Que vá atrás do criminoso, que entrou no celular de terceiros para pegar informações – sugeriu.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Maia está correto e o jornalista Glenn Greenwald tem direito de proteger a fonte. No entanto, como já se comprovou que houve manipulação e o próprio jornalista brasileiro que edita as matérias foi gravado dizendo que houve mudanças de datas e de texto, aí a porca começa a torcer o rabo, como se dizia antigamente. Mas Greenwald tem obrigação de entregar o material para ser periciado. Seu direito de publicar é garantido, mas se esgota em si mesmo. Quanto aos vazamentos de provas, não há como evitá-los. As provas passam por muitas mãos na Polícia e na Justiça, são facilmente copiáveis em pen drivers ou fotografáveis por celulares. É perda de tempo tentar achar os responsáveis. A única maneira de encontrá-los é se os jornalistas que receberam os vazamentos dedurarem quem entregou. (C.N.)

Bolsonaro leva Moro à final da Copa América: “O povo vai dizer se estamos certos”

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O presidente Jair Bolsonaro e o Ministro Sergio Moro foram assistir a partida entre o Flamengo e o CSA, no estádio Mané Garrincha, Brasília - DF. O vazamento de diálogos entre o então juiz federal Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol está provocando mudanças no alto escalão do governo Foto: Jorge William / Agência O Globo
Bolsonaro quer repetir a cena da vitória do Flamengo em Brasilia
Jussara Soares 
O Globo
O presidente da República, Jair Bolsonaro , afirmou que pretende descer com o ministro Sergio Moro ao gramado do Maracanã durante a final da Copa América para fazer um teste de popularidade. No domingo, o Brasil disputa o título com o Peru.
Questionado sobre as novas mensagens atribuídas a Moro e procuradores da Lava-Jato, dessa vez publicadas pela revista “Veja” junto ao site “The Intercept Brasil”, o presidente afirmou que fará esse teste, se a equipe de segurança permitir.
NO GRAMADO — “Pretendo domingo não só assistir à final do Brasil com o Peru, bem como, se for possível e a segurança me permitir, iremos (Bolsonaro e Moro) ao gramado. O povo vai dizer se nós estamos certos ou não” — disse o presidente.
Questionado sobre ter havido possíveis vaias quando foi ao gramado no intervalo do jogo entre Brasil e Argentina, no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, Bolsonaro justificou que os protestos foram para a seleção argentina que entrava em campo no momento. Segundo ele, o público não sabia que era ele.
–  Houve vaia quando a seleção da argentina entrou. E aí jogaram a câmera para cima de mim, queriam o quê? Acham que de imediato, eu, com paletó e gravata, no Mineirão enorme, uma vaia estrondosa de repente para mim? Não tem cabimento isso. Quem por outro lado sabia que era eu? Não sabia. A vaia foi para a seleção da Argentina. E se um dia eu levar uma vaia eu vou logicamente pensar onde estou errando – disse.
ADÉLIO BISPO – Ainda falando sobre Moro, Bolsonaro pediu que a imprensa cobrasse os resultados da investigação de Adélio dos Santos Bispo, o agressor que lhe deu uma facada durante ato de campanha no dia 6 de setembro do ano passado, em Juiz de Fora (MG).
– Falam tanto na questão do Moro, telefone, etc. Cadê o caso Adélio? Vocês não vão dar uma forcinha no caso Adélio? A OAB pediu para não quebrar o sigilo de telefone de alguns – disse.
No dia 14 de junho, o juiz federal Bruno Savino, da 3ª vara da Justiça Federal em Juiz de Fora (MG), absolveu Adélio. A absolvição foi de modo impróprio, porque o agressor sofre de transtorno delirante persistente, segundo pareceres médicos da defesa de Adélio e de peritos escolhidos pela acusação, que o torna inimputável. Ou seja: não pode ser punido criminalmente. O juiz converteu a prisão preventiva em internação por tempo indeterminado.
BEIJOS HÉTEROS – Em 13 de junho, dias depois da primeira reportagem da série do “Intercept”, Bolsonaro levou Moro ao jogo entre Flamengo e CSA , no estádio Mané Garrincha, em Brasília. Os dois foram aplaudidos pela parte da torcida mais próxima à tribuna e vestiram camisas do time carioca. Bolsonaro é torcedor do Palmeiras e Moro, do Athletico-PR. O presidente disse que o legado do ex-juiz contra a corrupção “não tinha preço” e classificou os eventos públicos com o ministro como “beijos héteros” de apoio a ele.
Os novos diálogos divulgados nesta sexta-feira incluem novos personagens nas supostas mensagens trocadas entre o então juiz da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba Sergio Moro e o coordenador da força-tarefa da Lava-Jato, Deltan Dallagnol. De acordo com a reportagem, o agora ministro teria alertado a acusação sobre a inclusão de uma prova em processo contra o operador de propina Zwi Skornicki; orientado o MPF sobre datas de operações — uma delas ligada a ação contra o pecuarista José Carlos Bumlai —; e feito pressão contra a negociação de delação premiada do deputado cassado Eduardo Cunha.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Vejam como a coisa funciona. A mídia está dando destaque à Veja, como se a denúncia fosse verdadeira, e evita citar a defesa de Moro, que desmoraliza totalmente as acusações, com datas, atos e fatos que desmentem o teor da escandalosa reportagem. E ainda chamam isso de Jornalismo. (C.N.)

Vereador é detido por embriaguez após acidente em Aracaju



Ex-secretário Gedeão Amorim é condenado por licitação ilegal de transporte escolar Após denúncia do Ministério Público Federal (MPF), a Justiça Federal condenou o ex-secretário de educação do Amazonas Gedeão Timóteo Amorim pelo crime de dispensa ilegal de licitação...


PORTALDOHOLANDA.COM.BR
Após denúncia do Ministério Público Federal (MPF), a Justiça Federal condenou o ex-secretário de educação do Amazonas Gedeão Timóteo Amorim pelo crime de dispensa ilegal de licitação...

A MENTIRA MISTURADA COM A POLITICAGEM!

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Foto divulgação - Rondonotícias.com.br

Por: Marcelo do Sindicato


É POSSÍVEL FAZER POLÍTICA SEM MENTIRA????
Eduardo Cunha disse que não tinha dinheiro no exterior. Agora já mudou: têm mais o dinheiro e fruto da venda de carne enlatada.

Eu lembrei do ditador baiano, o ANTÔNIO CARLOS MAGALHÃES "TOINHO MALVADEZA" como era popularmente conhecido por algumas pessoas, quando surgiu um (dentre infinitos) escândalo de uma lista sobre como tinham votado os senadores na cassação do "SENADOR LUIZ ESTEVÃO E SEU COLEGA JOSÉ ROBERTO ARRUDA", - O ACM queria esta lista para pintar o terror, filhote da ditadura como o cabeça branca era, em cima de quem votou diferente do que ele queria.

Pois bem: quando perguntado se ele viu a lista, ele disse que não. Depois disse que viu, mais não pediu.

É triste como toda política brasileira é pautada na mentira e na sordidez do caráter, todos os dias é um escândalo, e todos os dias são ditas inverdades, e todos os dias desde antes, o povo é tratado como gado que segue rumo ao matador - somos empurrados para o abismo.

Bem disse o filósofo George Lukacs:

" O SER HUMANO NUNCA CONSEGUIU SE CONSCIENTIZAR ( NEM MESMO POR MEIO DA UMA CONSCIÊNCIA ADJUDICADA) DAS VERDADEIRAS FORÇAS MATRIZES QUE SE ESCONDEM POR TRÁS DOS MOTIVOS DAS AÇÕES ( POLÍTICAS) HUMANAS NA HISTÓRIA. " ( HISTORIA E CONSCIÊNCIA DE CLASSE. MARTINS FONTES, p. 155)

Na verdade nada muda na vida desse povo, é mentira ali, é mentira aqui. E o pior é que os mentirosos acreditam com veemência, que os cidadãos eleitores sofrem de amnésia, que os mesmos não irão reagir no devido tempo, quando na verdade isso não passe de mera ilusão.

QUEM MENTE É DO DIABO -" Vós pertenceis ao vosso pai. O DIABO.
Ele foi assassino desde o princípio, e jamais apoiou na verdade, por que não existe verdade alguma nele. Quando ele profere uma mentira, fala do que é próprio, pois é um mentiroso e verdadeiro pai da maldita MENTIRA". ( Jo 8:44)

É PRECISO CORAGEM PARA MUDAR ESTE CENÁRIO LOCAL, MAS CONFESSO QUE ESTOU PERDENDO O PRINCIPAL : A ESPERANÇA.

Nota da redação deste Blog - Lendo esse artigo do Marcelo, lembrei-me de uma matéria que li há dias atrás intitulada: " 

POLÍTICA OU POLITICAGEM, QUAL O NOSSO CENÁRIO? Autor: Sergio Peron


O grande mestre RUI BARBOSA assim diferenciou:
“Política e politicalha não se confundem, não se parecem, não se relacionam uma com a outra. Antes se negam, se excluem, se repulsam mutuamente. A política é a arte de gerir o Estado, segundo princípios definidos, regras morais, leis escritas ou tradições respeitáveis. A politicalha é a indústria de explorá-lo a beneficio de interesses pessoais.” (Discurso em 17.09.1917).

                                                                (...)
" Infelizmente, a política vem sendo confundida com os politiqueiros de plantão, “figurinhas marcadas”, uma vez que muitas pessoas acham que a política não é coisa séria.
 Para definirmos de uma vez, a Política é completamente diferente da Politicagem, senão vejamos:
 Politicagem é um jogo de interesses, onde os politiqueiros articulam jogadas fraudulentas, conchavos políticos, distribuição de cargos para pessoas não capacitadas, tendo como princípios os interesses próprios, passando por cima dos interesses do povo, ou seja, de seus eleitores, algo o qual é inadmissível e ao mesmo tempo abominável, e quem sempre perde com tais articulações sujas e baratas é o povo.(Nosso grifo)
 No momento atual percebemos as ideologias irem por água a baixo, onde antigamente se respeitava uma ideologia, hoje não se respeita mais, existe apenas uma disputa para os melhores cargos “o mais remunerado, ou que traga votos nas campanhas futuras”, partidos que era oposição agora tornando-se aliados, e não em prol ao bem da coletividade, e sim, por cargos políticos.

 Está na hora de moralizar a nossa política local e nacional, fazendo que certos articuladores baratos saiam de uma vez por todas do poder, e dêem lugar para pessoas qualificadas, que tenham uma profissão, e que não usem do cargo eletivo como cabides de empregos, pois isso é um desrespeito para todos nós.

O grande filósofo Platão e a Ciência Política afirma que:
 “O estado deve ser governado não pelos mais ricos, os mais ambiciosos ou os mais astutos, mas pelos mais sábios”.

 Sou a favor de uma discussão democrática, entre a população e seus representantes, e partindo desse pressuposto as decisões do legislativo, bem como do executivo.

 Cabe a nós analisarmos os pontos aqui abordados, e refletir com muita atenção, para que possamos chegar a uma resposta justa acerca do título deste artigo.
 Daí a César o que é de César e a Deus o que é de Deus – Mateus, 22,21.
 Luís Fernando Almeida – Presidente DCE Católica de Santa Catarina – Câmpus Jaraguá do Sul / Bacharelando em Direito."

Qualquer semelhança com A POLITICAGEM DE JEREMOABO NÃO É MERA COINCIDÊNCIA.
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“Aha, uhu, será que Supremo ainda é nosso?”




“Aha uhu o Fachin é nosso!”, festejou o procurador Deltan Dallagnol no grupo do Telegram com outros procuradores da força tarefa da Lava Jato, ao sair de 45 minutos de conversa com o ministro do STF no dia 13 de julho de 2015, segundo revela a Veja desta semana, em reportagem conjunta com The Intercept.  Não se pode fazer, de antemão, reparos à conduta de Edson Fachin – que veio a se tornar relator da Lava jato bem depois, com a morte de Teori Zavaszki, em janeiro de 2017 – por ter recebido um procurador. Mas o episódio gera constrangimento no STF e volta a esquentar o caso Vaza Jato.
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Ministro da Justiça, Sérgio Moro na Solenidade de Assinatura da MP para Confisco de Bens de Traficantes. Brasília, 17/06/2019 – Foto Orlando Brito
Se os últimos dias haviam sido favoráveis à narrativa do ministro Sergio Moro e dos procuradores, a ponto de alguns acreditarem que o episódio estivesse “superado”, o conjunto da obra trazido pela revista reabre o assunto. E reforça a autenticidade das mensagens ao cotejá-las com ações e operações comprovadas ao longo da linha do tempo da Lava Jato. O próprio encontro de Dallgnol com Fachin, inclusive, pode ser facilmente checado. Vai ficando a cada dia mais difícil negar que sejam verdadeiras.
No STF, que viajou para o recesso preferindo deixar o problema para depois, aumentará, segundo interlocutores de ministros, a pressão pela concessão do habeas corpus dem favor do ex-presidente Lula na segunda turma. Fachin, hoje relator, votou contra na primeira rodada e reafirmou sua posição ao negar pedido de liberdade provisória para o ex-presidente Lula defendido por Gilmar Mendes. Há quem acredite, porém, que o relator da Lava Jato terá ficado bastante incomodado com a sem-cerimônia da referência “Fachin é nosso” – e poderá querer mostrar que, afinal, é um juiz que não é de ninguém.
Ministro do STF, Edson Fachin – Foto Orlando Brito
A oportunidade seria o retorno do caso de Lula à segunda turma, onde já haveria claro entendimento de que o então juiz Moro foi parcial ao julgar o ex-presidente por porte de Gilmar Mendes e de Ricardo Lewandowski. O decano Celso de Mello, que negou o HC heterodoxo proposto por Gilmar para Lula, é dúvida, mas fez questão de dizer que aquela decisão não determinaria seu juízo posterior do assunto. Cármen Lúcia é considerada um voto perdido pela defesa de Lula, mas Fachin, agora exposto nas mensagens dos procuradores, poderia mudar de opinião à luz das novas revelações.
Isso pode acontecer à medida em que as revelações de Veja, e outras que ainda vão aparecer, forem se desdobrando ao longo do mês. Um ponto importante para Lula é que boa parte dos casos mencionados nessa nova leva pouco têm a ver diretamente com o processo do ex-presidente. Referem-se a outros casos de interferência do juiz nos trabalhos da acusação, mostrando até que recebia antecipadamente pareceres e denúncias antes de serem protocoladas oficialmente, num claro conluio com a acusação. Sem falar nas sugestões de inclusão de documentos e trechos de depoimentos no material que ainda iria receber do MP.
Ao lado disso, consolida-se o entendimento, já apoiado inclusive pela próprio Lula, de que o questionamento do ex-presidente a Moro não representará nem o fim nem a revogação de toda a Lava Jato, amparada por fortes provas em boa parte das acusações. Nem a narrativa petista ousou defender isso, numa forma de esvaziar o principal argumento de Sergio Moro para escapar aos questionamentos. Em seu depoimento no Senado, por exemplo, o ministro da Justiça chegou a alertar os senadores do risco de revogação de todas as condenações, devolução do dinheiro recuperado, etc. Vai ficando claro, porém, que isso não acontecerá, já que cada recurso terá que ser analisado individualmente, à luz de provas.

ESCÂNDALO! Moro coordenava Lava Jato; Deltan era o Robin; "Fachin é nosso"... -


Reinaldo Azevedo

Fachin e Deltan: depois de encontro, procurador se convence da não-isenção de relator do petrolão no STF: "Uhuuu! Fachin é nosso!" Leia-se: de Moro, dele e da turma toda
Vem a público a primeira reportagem da parceria Veja/The Intercept Brasil que traz diálogos inéditos da entre o então juiz Sérgio Moro e Deltan Dallagnol e entre os procuradores. Leiam. A íntegra está aqui. Não há mais dúvida: Moro é o real coordenador da Força Tarefa. Deltan Dallagnol, que deveria exercer tal função, é só a fachada da operação. Fala e se comporta como subordinado do juiz.
O que há de grave nisso? Ora, o juiz que instruía a acusação era também aquele que, depois, julgava. É impressionante! Na conversa com Dallagnol, Moro:
– pede que a acusação altere a denúncia para torná-la mais forte. É ILEGAL!;
– cobra Dallagnol sobre manifestação contra prisão preventiva e estabelece prazo. É ILEGAL!;
– instrui procurador a criar dificuldades para uma determinada delação. É ILEGAL!;
– orienta delegada da PF a não anexar um documento a processo. É ILEGAL!;
– cobra de Dallagnol parecer do MPF sobre pedido de habeas corpus da Odebrecht; o procurador diz que não está pronto, mas que pode enviar rascunho para o juiz redigir a sua decisão — contrária, é claro! É ILEGAL!;
– toma uma decisão, tudo indica, antes mesmo de o MPF deflagrar uma operação. É ILEGAL!;
– determina a data de operações do MPF. É ILEGAL!
Notem que, na síntese que faço, elimino personagens. É importante que os leitores tomem ciência dos procedimentos como coisas em si, para evitar que amores e rancores acabem contaminando a avaliação sobre o comportamento do juiz.
Não deixem de ler a reportagem. Ali está o roteiro de tudo o que não deve fazer um magistrado.
Soa a cada dia mais ridícula a conversa esfarrapada de Moro e demais envolvidos de que não reconhecem a autenticidade dos diálogos.
A reportagem é devastadora para a reputação de Moro.
A reportagem é devastadora para a reputação de Dallagnol.
A reportagem é devastadora para a reputação da Lava Jato.
A reportagem é devastadora para a reputação do relator do caso no Supremo, que se tornou mero homologador de uma tramoia que se dava nas sombras.
A reportagem é devastadora para a reputação da Justiça brasileira.
E se está apenas no começo.
Quem quer ser julgado por um juiz com a isenção de Moro?
Quem quer sair às ruas para defender que todos os juízes se comportem à moda Moro?
Quantos outros juízes ainda estão dispostos a subscrever abaixo-assinados, confessando, então, que podem agir como Moro?
Não! Eu não estou surpreso com o que leio porque, a rigor, nem precisava desses vazamentos para apontar as ilegalidades da Lava Jato. Mas, claro, estou surpreso com a desfaçatez.
E, queridos, temos de pensar, claro!: grande parte da imprensa serviu de porta-voz e de inocente útil da agressão sistemática ao devido processo legal e ao estado de direito.
Em que outros abismos pretendemos entrar sob o pretexto de combater a corrupção?
Quantos outros crimes estamos dispostos a endossar em seu nome?
Reproduzo um trecho bastante saboroso da reportagem:
As conversas entre membros do Ministério Público Federal assumem várias vezes o tom de arquibancada, com os membros da força-tarefa vibrando e torcendo a cada lance da batalha contra os inimigos. Em 13 de julho de 2015, Dallagnol sai exultante de um encontro com o ministro Edson Fachin e comenta com os colegas de MPF: "Caros, conversei 45 m com o Fachin. Aha uhu o Fachin é nosso". A preocupação da força-tarefa com a comunicação para a opinião pública era constante. Em 7 de maio de 2016, Moro comenta com Dallagnol que havia sido procurado pelo apresentador Fausto Silva. Segundo o relato do juiz, o apresentador o cumprimentou pelo trabalho na Lava-Jato, mas deu um conselho: "Ele disse que vcs nas entrevistas ou nas coletivas precisam usar uma linguagem mais simples. Para todo mundo entender. Para o povão. Disse que transmitiria o recado. Conselho de quem está a (sic) 28/anos na TV. Pensem nisso". Procurado por VEJA, Fausto Silva confirmou o encontro e o teor da conversa entre ele e Moro.
COMENTO
Mais uma vez, um ministro do Supremo é tratado como uma espécie de boneco de mamulengo da turma. Como esquecer o "In Fux We trust"?
E, como se nota, mais uma vez o verbo "haver" é espancado pela turma.
E, claro, como se nota, Dallagnol está convicto de que Fachin também não é um juiz isento. Afinal, segundo o procurador, o relator do petrolão no Supremo tem lado: é deles!
Leiam a reportagem.
É devastadora.

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