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quinta-feira, julho 04, 2019
Sérgio Cabral diz que pagou US$ 2 milhões por 9 votos para Rio sediar Olimpíada
Fábio GrelletEstadão
Preso desde novembro de 2016 e já condenado a 198 anos e seis meses de prisão, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (MDB) afirmou nesta quinta-feira à Justiça Federal no Rio que comprou por US$ 2 milhões os votos de nove integrantes do Comitê Olímpico Internacional (COI) para garantir que o Rio de Janeiro fosse escolhido sede da Olimpíada de 2016. Segundo Cabral, a negociação foi feita com o senegalês Lamine Diack, presidente da Associação Internacional de Federações de Atletismo de 1999 a 2015.
Entre os votos comprados estariam os do ex-nadador russo Alexander Popov, dono de quatro medalhas de ouro nas Olimpíadas de1992 e 1996, e do ucraniano Sergei Bubka, considerado o maior atleta de salto com vara na história. “O COI tem uma cota de atletas que votam. Me garantiram o nome do ex-atleta Serguei Bubka e de Alexander Popov, grande campeão da natação”, afirmou Cabral.
TRÊS TURNOS – A eleição ocorreu em Copenhague, na Dinamarca, em 2 de outubro de 2009. A votação ocorreu em três turnos. No primeiro, Madri teve 28 votos, o Rio recebeu 26 e Tóquio, 22. Chicago ficou em último, com 18, e foi eliminado. Em teoria, sem os nove votos comprados, o Rio teria 17 e ficaria em último, sendo eliminado.
No segundo turno, o Rio teve 46 votos, Madri 29 e Tóquio, 20 – a capital japonesa foi eliminada. Na última etapa, o Rio teve 66 votos e Madri, 32. Cabral e seu grupo temiam que o Rio fosse eliminado na primeira etapa: “Era fundamental ter a garantia desses votos (no primeiro turno). Depois foi a política. A política com ‘p’ minúsculo na primeira fase e a com ‘p’ maiúsculo nas demais fases”, contou ao juiz.
Cabral é um dos réus em uma ação que tramita na 7ª Vara Federal Criminal, no Rio, e investiga se houve compra de votos para eleger o Rio sede da Olimpíada.
NUZMAN E GRYNER – A investigação teve origem na Operação Unfair Play, que em outubro de 2017 prendeu o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, e Leonardo Gryner, ex-diretor de marketing do COB e de operações do Comitê Rio-2016. Além dos dois e de Cabral, é réu na ação o empresário Arthur Soares Filho, conhecido como “Rei Arthur”, que manteve contratos milionários com o governo do Rio nas gestões de Cabral. Ele está foragido.
A investigação brasileira sobre compra de votos para a Olimpíada foi motivada por um pedido feito no fim de 2016 pelo Ministério Público francês, que, durante investigação sobre doping no atletismo, encontrou indícios de corrupção na candidatura do Rio.
Em depoimentos anteriores, Cabral havia negado a compra de votos, mas em dezembro passado mudou de advogado e em fevereiro passou a admitir outras acusações de que foi alvo.
O RELATO – Sua defesa pediu ao juiz Marcelo Bretas o depoimento desta quinta-feira, para Cabral discorrer sobre a compra de votos. Ele contou ao magistrado que em agosto de 2009, dois meses antes da votação, foi procurado por Nuzman, que pediu um “encontro urgente” após um evento esportivo em Roma.
“Nuzman vira pra mim e me fala: ‘Sérgio, quero te abrir que o presidente da IAAF, Lamine Diack, ele é uma pessoa que se abre pra vantagens indevidas. Ele pode garantir cinco ou seis votos. Ele quer, em troca, US$ 1,5 milhão’’”, narrou o ex-governador do Rio.
Cabral disse que então perguntou a Nuzman de onde viriam os votos e qual era a garantia de que eles seriam de fato obtidos. Nuzman teria respondido que viriam de membros africanos do COI e também de representantes do atletismo. O ex-governador teria então autorizado Nuzman a seguir com a negociação.
ACERTO FEITO – “Eu chamei o Arthur Soares e falei pra ele da necessidade de conseguir o dinheiro para os votos. Isso foi debitado do crédito que eu tinha com ele. Fui eu que paguei. Eu dei o telefone do Léo (Leonardo Gryner, ex-diretor de operações da Rio 2016) e eles acertaram com esse Papa Diack, filho de Lamine Diack”, contou o ex-governador.
Em setembro de 2009, dias antes do jantar que ficou conhecido como a “Farra dos Guardanapos”, Gryner e Nuzman teriam avisado Cabral sobre a possibilidade de garantir mais votos: “Em Paris, no hotel, eu fui chamado no canto pelo Léo e pelo Nuzman, que me falaram de um problema. O Nuzman falou que Papa Diack disse que conseguiria mais votos. Ele disse que poderíamos chegar em nove votos no total, mas que precisava de mais US$ 500 mil. Eu disse pra ele que seria feito”, contou Cabral. Segundo ele, essa conversa ocorreu em 14 de setembro e o pagamento foi feito 15 dias depois, por intermédio do “Rei Arthur”.
LULA E PAES – Segundo Cabral, o então prefeito do Rio, Eduardo Paes, à época no MDB e hoje no DEM, e o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) souberam da negociação, mas não participaram nem obtiveram vantagens com ela. O ex-governador afirmou ter contado a Lula sobre a negociação no dia da votação:
“Eu fiquei muito nervoso e ele não entendeu porque estava comemorando (após ser aprovado na primeira votação). Falei para ele: ‘O meu medo era passar dessa fase. Nessa fase tive um arranjo político assim, assim e assado’. Ele fingiu que não ouviu. Disse: ‘Você está me contando algo que já aconteceu, tá bom, tá ótimo’”, narrou Cabral.
OUTRO LADO – O advogado de Nuzman, João Francisco Neto, afirmou que Cabral não tem provas de que houve compra de votos e que, “se tivesse havido, seria corrupção privada, não considerada crime no Brasil”. Segundo o advogado, Nuzman “não recebeu qualquer valor à guisa de propina e não teve qualquer benefício pessoal em razão das obras realizadas (para o Rio sediar a Olimpíada)”.
“Cabral rechaçou denúncia ao dizer que Nuzman não integrou sua organização criminosa, jamais recebeu vantagem indevida em razão da Olimpíada e nunca esteve envolvido com esquemas em obras públicas”, completou Francisco Neto.
GRYNER E PAES – Em nota, a defesa de Gryner afirmou que “ficou claro que Cabral falta com a verdade e não apresenta qualquer prova de seus relatos, mantendo-se íntegra a prova produzida na instrução criminal, que isenta Leonardo Gryner de qualquer responsabilidade. Se houve compra de votos, ele não participou”.
O ex-prefeito Eduardo Paes afirmou que “como ele (Cabral) disse, não participei de compra de voto nenhuma e também não fui informado disso. Essas conversas eu nem tenho. Tanto é assim que, pelo que conta o ex-governador, Nuzman procurou somente a ele para tratar desse tema. Não teria coragem para tratar comigo”.
A assessoria do ex-presidente Lula afirmou que “é inverídica e sem provas” a referência feita por Cabral ao ex-presidente.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O maior legado da Olimpíada foi este – a corrupção. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O maior legado da Olimpíada foi este – a corrupção. (C.N.)
TCM representa ao MP e multa prefeito por nepotismo
O Tribunal de Contas dos Municípios, na sessão de hoje, 3, julgou parcialmente procedente a denúncia formulada pelos vereadores Giomar dos Santos e Valdelício da Gama contra o prefeito Ildefonso Andrade Fonseca (foto), de Heliópolis, no Nordeste baiano a 326 km de Salvador, pela prática de nepotismo, no exercício de 2015. O gestor teria agraciado parentes e do secretário de Planejamento, com cargos municipais.
O relator, conselheiro Fernando Vita, determinou a formulação de representação ao Ministério Público Estadual contra o gestor, para que seja apurada a prática de ato de improbidade administrativa. Os conselheiros também aprovaram a imputação de multa no valor de R$5 mil.
A relatoria considerou ilegal a nomeação de Monaiza de Jesus Fonseca, sobrinha do prefeito; de Maria Priscila Fonseca Ribeiro, sobrinha do prefeito, Joana Darc Santana Ribeiro, cunhada do secretário de Planejamento; e Leila Cristiane Santana Ribeiro, esposa do secretário de Planejamento, que ocupavam os cargos de assistente de saúde, diretora do Departamento de Meio Ambiente, diretora do Departamento de Benefícios Sociais e assistente social, respectivamente. O prefeito não apresentou nenhum documento que comprovasse a inexistência do vínculo, razão pela qual presume-se o parentesco e a prática de nepotismo.
Em relação a nomeação do filho do prefeito, Carlos Alberto Andrade Fonseca, como secretário Municipal de Planejamento, Administração e Finanças, a relatoria considerou que não se trata de nepotismo, vez que o cargo possui natureza eminentemente política, não se aplicando, assim, a Súmula Vinculante n° 13 do STF. Contudo, o prefeito não demonstrou que o secretário possuía capacidade técnica compatível com a complexidade do cargo, o que torna a nomeação irregular.
O conselheiro Fernando Vita, mais uma vez, lembrou que a Súmula vinculante nº 13 do STF impede a nomeação de cônjuge, companheiro, parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau da autoridade nomeante ou de servidor investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, de cargo em comissão ou de confiança, em quaisquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Também foram consideradas irregulares a locação de imóvel de propriedade de Edson Oliveira Santos, cunhado do gestor, para acomodar a Secretaria de Assistência e o Projeto Balcão de Justiça e Cidadania e a acumulação indevida de cargos por Regiane de Oliveira Barbosa, que ocupava o cargo de diretora do Departamento Administrativo e Financeiro e de agente comunitária de saúde no município de Heliópolis, além de ser servidora efetiva no município de Fátima.
Cabe recurso da decisão.
Fonte: Ascom TCM/BA
Informamos o falecimento de Maria do Carmo Dantas Martins, mais conhecida como "Carminha”
Ela nasceu em 21 de novembro de 1945 - Faleceu em 04.07.2019
"Não há nenhuma dor que se compare à perda de um ente querido. Não há nada que repare o sofrimento de ver alguém que amamos partir. Para quem fica, resta a saudade, a tristeza e a inconformidade. O tempo não irá apagar a dor e a saudade, mas certamente irá apaziguar e amenizar tamanho sofrimento.
Diante da morte não há nada que possamos fazer a não ser rezar. É preciso rezar por aquele que amamos e que partiu, para que descanse em paz e encontre a luz para continuar crescendo espiritualmente. Mas é preciso rezar também por aqueles que ficam, para que encontrem conforto e consigam enviar pensamentos de paz para quem agora já não está entre nós.
Não podemos nos entregar ao sofrimento. É preciso seguir adiante com a vida, o nosso caminho ainda está por fazer. Levemos viva conosco a lembrança de quem perdemos, lembremos com amor e carinho sempre, mas honremos a sua memória vivendo a nossa vida em paz e com alegria. Os meus mais sinceros pêsames pela sua perda. Que Deus ilumine você! "
Descanse em paz, prima. Espero que seu novo lar seja bonito e lhe dê a serenidade que tanto precisa.
Conforme informação de um de seus filhos Marcos Dantas, o sepultamento será no Cemitério São João Batista em Jeremoabo; porém, o horário ainda não está definido já que o corpo está previsto para chegar às 05:00 horas.
Moro e Guedes terão que explicar ao Senado investigação contra Greenwald
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apresentou requerimento para que os ministros Sérgio Moro e Paulo Guedes esclareçam se a Polícia Federal e o Coaf estão investigando o jornalista Glenn Greenwald; documento deve ser lido nesta quinta-feira (4) pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e os dois ministros terão 30 dias para responder aos questionamentos
247 - O líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apresentou requerimento para que os ministros Sérgio Moro, da Justiça, e Paulo Guedes, da Economia, prestem esclarecimentos se órgãos do governo de Jair Bolsonaro estão investigando o jornalista Glenn Greenwald.
Greenwald tem revelado as ilegalidades da operação Lava Jato, entre elas o conluio entre o ex-juiz Sérgio Moro e os procuradores da força-tarefa na farsa jurídica que condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo a jornalista Monica Bergamo, da Folha de S. Paulo, o documento deve ser lido nesta quinta-feira (4) pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). A partir daí, os dois ministros têm 30 dias para responder aos questionamentos, sob pena de incidirem em crime de responsabilidade.
Segundo o site alinhado à Lava Jato "O Antagonista", a Polícia Federal solicitou um relatório ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sobre as movimentações financeiras do jornalista Glenn Greenwald. A PF não confirma a informação.
O senador faz cinco perguntas a Moro e Guedes: qual é o fato ou crime que motivou a abertura do inquérito e quem determinou a sua instauração, qual é o objetivo da investigação e quem são os investigados, qual é a justificativa para solicitar dados financeiros do jornalista, que relatório já foi produzido sobre o assunto e ainda se houve algum outro pedido semelhante de informações sobre pessoas ligadas ao site The Intercept Brasil.
"Em sendo comprovado eventual requerimento ao Coaf, estaremos diante de pedido de natureza inquisitiva com intento de embaraçar a atividade precípua de um meio de comunicação da imprensa", afirma Randolfe no requerimento.
OAB vai oficiar Coaf para saber se foi pedida investigação de Greenwald
Conselho teria recebido pedido de investigação sobre as movimentações financeiras do jornalista (via Sonia Racy) #estadão
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