Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

domingo, março 10, 2019

OAS mantinha esquema de 'caixa 3' em campanhas, dizem delatores do grupo


por Felipe Bächtold / Wálter Nunes | Folhapress
OAS mantinha esquema de 'caixa 3' em campanhas, dizem delatores do grupo
Foto: Divulgação
A empreiteira OAS usava como laranjas suas empresas prestadoras de serviço para disfarçar doações em campanhas eleitorais, segundo executivos do grupo que hoje são delatores.

A construtora orientou fornecedoras de suas obras a fazer doações oficiais nas campanhas de 2010 e 2014, à época legalizadas, para partidos ou candidaturas de seu interesse e compensava esses valores com contratos superfaturados em suas construções.

Com isso, evitava que seu nome fosse associado a determinados candidatos e ficava livre para ultrapassar limites de repasses impostos pela lei eleitoral vigente naquelas eleições --que proibiam uma companhia de doar mais de 2% de seu faturamento bruto.

Essa prática ganhou o apelido de "caixa três" na delação da Odebrecht, que usou mecanismo parecido em eleições pré-Lava Jato. A Odebrecht delatou em 2016 um acordo com a dona da marca de cerveja Itaipava, que custeava campanhas eleitorais a seu mando e, em troca, recebia desconto na construção de fábricas.

No caso da OAS, dizem delatores, os laranjas eram empresas de engenharia menores que atuavam em suas obras em áreas como terraplenagem e instalações hidráulicas.

Os depoimentos não trazem detalhes dos políticos beneficiários dessa prática.

Mas, nas prestações de contas informadas à Justiça Eleitoral de 2010 até 2014, ao menos 13 das firmas mencionadas somaram repasses oficiais de R$ 5 milhões para 40 candidatos e pelo menos três direções partidárias.

Entre essas candidaturas, de 12 partidos, há nomes de expressão nacional, como o atual ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), que recebeu doação de R$ 50 mil da empresa Arcoenge em 2010, o hoje prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), e os ex-governadores Sérgio Cabral (MDB) e Tarso Genro (PT).

Em depoimentos, os delatores apelidam a prática de "bônus eleitorais de terceiros". A alternativa foi gestada em 2010, segundo o delator José Ricardo Nogueira Breghirolli, que diz que naquela época a demanda por recursos de caixa dois era crescente.

De acordo com o executivo, a empreiteira baiana usava a "capacidade de doação eleitoral dos seus fornecedores" para fazer contribuição que "não podia mais fazer por ter estourado o limite de doação ou porque não queria aparecer como doadora".

Os delatores disseram que uma das principais medidas de lavagem de dinheiro da empresa era superestimar os valores de contratos com empresas fornecedoras, que aceitavam devolver as quantias excedentes à empreiteira, que então fazia pagamentos a políticos ou funcionários públicos. No caso das doações, em vez da devolução, os fornecedores aceitavam com esses valores bancar despesas de campanha.

"Tais empresas tinham como vantagem uma prioridade em contratações [pela OAS], bem como para receber seus pagamentos referentes aos serviços efetivamente executados", disse Breghirolli.

A deputada federal Bruna Furlan (PSDB-SP) recebeu em 2010 R$ 800 mil de firmas (Singulare e Selten) mencionadas pelos delatores da OAS.

Nas contas partidárias do PSC (Partido Social Cristão) em 2013, constam contribuições de três das firmas mencionadas nos depoimentos da delação, que totalizam R$ 750 mil. São elas: Terraplenagem Modolo, Kingstone Construtora e Bertini Comércio.

A Modolo foi incluída na lista de credores da OAS em processo de recuperação judicial e, em seu site, afirma que participou de projetos da empreiteira no aeroporto de Guarulhos e no Rodoanel, ambos em São Paulo.

Um dos delatores da empreiteira, Ramilton Machado Lima Junior, disse que na eleição de 2014, realizada já sob o efeito da Lava Jato, havia grande dificuldade de recursos e o então vice-presidente da OAS, César Mata Pires Filho, herdeiro do grupo, "determinou que fosse feito o máximo possível em geração de caixa dois para doação com bônus de terceiro".

Um outro tipo de ação da empreiteira em campanhas eleitorais envolvendo seus fornecedores foi apelidada pelos delatores de "ponta a ponta". Nesse modelo, as firmas, a mando da OAS, aceitavam bancar despesas de candidatos com gráficas, advogados e pesquisas eleitorais ou de marketing.

Nesse caso, as contribuições não eram informadas à Justiça Eleitoral, configurando caixa dois convencional. Os depoimentos, porém, não detalham casos específicos.

Esses relatos foram feitos por um grupo de executivos de um setor da empreiteira conhecido como "Controladoria", responsável por pagamentos ilícitos do grupo. Os delatores fazem acusações contra o próprio alto escalão da construtora, que até agora não tem acordo de delação homologado na Justiça.

OUTRO LADO

Procurada pela reportagem para comentar as declarações dos delatores, a empreiteira OAS afirmou apenas que os depoimentos são de "ex-executivos" e que hoje o grupo "conta com uma nova gestão e tem contribuído com a Justiça, prestando todos os esclarecimentos que se façam necessários".

"O objetivo da nova gestão é concluir os acordos de leniência e seguir com os negócios de forma ética, transparente e íntegra."

A reportagem procurou o prefeito Marcelo Crivella, que, via assessoria, disse que a doação de R$ 100 mil da fornecedora da OAS Masterpav foi devidamente registrada e que as contas foram aprovadas pela Justiça Eleitoral. Afirmou ainda que não tem nenhum comentário a fazer sobre estratégias de doação da empreiteira.

O PSC também afirmou que as doações da época foram legais e registradas.

O ex-governador gaúcho Tarso Genro informou que a determinação para a coordenação de todas as suas campanhas era de que "absolutamente todas as doações seriam registradas legalmente, e assim foi feito em 2014 e nas campanhas anteriores".

O ministro Onyx Lorenzoni não respondeu. As empresas Arcoenge e Modolo não responderam. A reportagem não conseguiu localizar representantes das outras firmas.
Bahia Notícias

Achar que Bolsonaro pode mudar o que acontece neste país é muito ingenuidade


Resultado de imagem para justiça lerda charges
Charge da Pat (Arquivo Google)
José Antonio Perez
Quando o então presidente Fernando Collor extinguiu muitos órgãos e autarquias públicas, os respectivos prédios ficaram abandonados enquanto verdadeiros palácios eram erguidos em Brasília com dinheiro que faltava em tantas áreas prioritárias como saúde, educação e segurança. O gigantesco prédio onde funcionava a EBTU (Empresa Brasileira de Transportes Urbanos), o edifício da Portobrás e tantos outros demoraram anos a serem ocupados plenamente enquanto torrávamos (torravam em nosso nome, na verdade) dinheiro na construção de obras faraônicas e posteriormente contratando servidores estáveis e terceirizados para ocupá-los.
Está tudo errado aqui em Brasília. Os políticos deveriam ficar mais tempo em Brasília deliberando e depois mais tempo também nas suas bases eleitorais.
VAIVÉM – O que não se pode admitir é pagar passagens “cheias” para todos os congressistas irem semanalmente a Brasília, passarem dois ou três dias no máximo (maioria está ficando menos de 48 horas na capital federal) e depois voltarem aos seus estados de origem. Um absurdo completo! Na Câmara e no Senado, na ausência dos parlamentares, os servidores também não trabalham; no máximo se revezam fazendo plantões.
O mesmo fenômeno ocorre nos tribunais, onde os magistrados trabalham nos dias que bem entendem. Todos sabem que sexta-feira há muitos anos já é “day off”, e os servidores se revezam. Em qualquer cidade do país, tente encontrar um juiz trabalhando sexta-feira e depois nos conte.
COISA DO PASSADO – Antigamente a grande maioria dos políticos levava a família para morar em Brasília. Isso não acontece mais. Quase todos “moram” em flats, geralmente isolados do centro da cidade e longe do assédio da população que os elegeu.
Os gastos desde a construção de Brasília até os dias de hoje, em que o fundo constitucional ainda banca os super-salários dos servidores do governo do Distrito Federal são incalculáveis! Na construção mesmo da cidade, com dinheiro desviado da Previdência Social, nossa dívida externa chegou a casa do bilhão de dólares, que na época era um espanto.
Achar que Bolsonaro pode mudar esse estado de coisa é muito ingenuidade. Eu também já estou prestes a “jogar a toalha” e reconhecer que por aqui o Brasil não tem mais jeito.

Governo Bolsonaro é uma metamorfose ambulante, que vai melhorando aos poucos


Imagem relacionada
Charge do Henfil (arquivo Google)
Carlos Newton
Sobre o governo de Jair Bolsonaro, o mínimo que se pode dizer é que se trata de uma metamorfose ambulante, daquelas imaginadas pela genialidade de Raul Seixas. Todo dia é uma novidade, para sacudir a monotonia republicana. A mais recente encrenca envolve o guru Olavo de Carvalho, que nomeou dois importantes ministros e grande número de assessores, escolhidos entre os alunos das aulas que ministra online lá de sua base no estado da Virginia, onde há alguns anos vive a versão brasileira do famoso “homem de Marlboro”, com as camisas quadriculadas, o cigarro na boca e a arma em punho.
Já faz tempo que Olavo de Carvalho se tornou uma espécie de guru da extrema direita brasileira, ao assumir a liderança do advogado e professor Plinio Correia de Oliveira, fundador da famosa TFP (Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade), que morreu em 1995.
SÃO ANTÍPODAS – Curiosamente, Olavo de Carvalho nada tem em comum com o professor Plínio Correia de Oliveira, catedrático da PUC/SP e da Universidade São Bento, o mais jovem e mais votado deputado federal da Constituinte de 1934 e diretor do jornal “O Legionário”, órgão oficioso da Arquidiocese de São Paulo.
De origem fidalga, seu tio-avô era o senador João Alfredo Corrêa de Oliveira, membro vitalício do Conselho de Estado do Império e que referendou a Lei Áurea em 1888, na condição de primeiro-ministro.
Educadíssimo e culto, na verdade o criador da TFP era antípoda de um homem como Olavo de Carvalho, que se comunica aos palavrões, pertenceu ao Partido Comunista, interrompeu os estudos no ensino médio e tornou-se astrólogo, tendo colaborado no primeiro curso de extensão universitária em Astrologia da PUC-SP, em 1979, oferecido a formandos em Psicologia.
SUCESSO NOS JORNAIS – Como substituto de Plinio Correia de Oliveira na defesa da extrema-direita, Olavo de Carvalho conseguiu espaço na mídia e foi articulista em importantes órgãos da imprensa, como Folha de S.Paulo, Planeta, Bravo!, Primeira Leitura, Jornal do Brasil, Jornal da Tarde, O Globo, Época, Zero Hora e Diário do Comércio.
Mas seu radicalismo era tamanho que aos poucos as portas foram se fechando para ele, que então passou a atrair adeptos nas redes sociais e lançou seu curso online, cujo faturamento ocultava do Fisco americano, até ser apanhado em flagrante recentemente.
Para escapar do prejuízo, acaba de lançar uma campanha de arrecadação de recursos que visa pagar o Imposto de Renda, alegando também estar passando por graves problemas de saúde, como aconteceu com o Homem de Malboro, que também era tabagista e morreu de câncer do pulmão.
SOBE E DESCE – No ano passado Olavo de Carvalho ressurgiu na mídia como guru da família Bolsonaro. Sua importância era tamanha que emplacou dois importantes ministros, Ernesto Araújo no Exterior e Ricardo Vélez na Educação, além de nomear grande número de assessores, cuja principal qualificação era serem “alunos” online de seu curso.
De repente, tudo mudou. Araújo foi neutralizado no Itamaraty pelos generais do Planalto e os indicados por Olavo de Carvalho começam a ser demitidos ou esvaziados na Educação. Surpreso, o guru da extrema-direita esboçou um contra-ataque e ordenoua que seus alunos abandonem o governo, mas nenhum deles quer sair, porque não está fácil arrumar emprego aqui fora.
No desespero, Olavo de Carvalho chama os alunos de “fominhas” e ataca aos palavrões os generais, que não lhe dão a menor importância, sabem que nada lhes acontecerá, porque Bolsonaro depende diretamente deles para governar.
###
P.S.
 – Em tradução simultânea, Olavo de Carvalho está cada vez mais enfraquecido, enquanto os militares do Planalto demonstram que enfim têm controle da situação. Quanto a Bolsonaro, o presidente sabe ter um cargo apenas representativo, pois acha que só existe democracia no país porque as Forças Armadas permitem. Então, fica combinado assim.(C.N.)

Duas contradições sobre Previdência e o caso de Vélez Rodriguez e Olavo de Carvalho


ctv-zkv-dalcolmo
Secretário Bruno Dalcomo falou uma bobagem sobre a Previdência
Pedro do Coutto
Foram duas contradições marcantes as publicadas nas edições de ontem em O Estado de São Paulo e em O Globo. Aliás O Estado de São Paulo focalizou os dois episódios, mas O Globo deu mais destaque à versão de Olavo de Carvalho sobre a exoneração de pupilos seus pelo atual ministro da Educação. Vamos por partes.
Numa entrevista a Eduardo Rodrigues, em O Estado de São Paulo, o secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Silva Dalcamo, afirmou que a melhora do nível de emprego no país, que hoje atinge 12 milhões de desempregados depende da aprovação da Emenda Constitucional que modifica o sistema da Previdência Social no Brasil. Na minha opinião, ele inverteu a questão: a melhora da Previdência Social é que depende do aumento do número de empregos.
CONTRADIÇÃO 1– Isso porque, digo mais uma vez, a Previdência arrecada sobre a folha de salários. Portanto, se a folha cresce, consequentemente aumenta a receita do INSS. Ou seja, o secretário do Trabalho destaca um poder econômico da Previdência, que de fato não o possui.
O grau de investimentos no país poderá crescer, porém mais em função do avanço da economia do que a redução de gastos com aposentados e pensionistas. Observem os leitores um aspecto essencial. O projeto do governo de reforma tem como alvo a redução de despesas do INSS. Não quer dizer que a redução desses gastos vá se deslocar para os investimentos públicos. Isso porque a meta é corrigir o déficit antes de investir na economia. Apenas isso.
CONTRADIÇÃO 2 – A segunda contradição ressaltada ontem foi publicada pelo O Globo e também pelo O Estado de São Paulo. Em O Globo a matéria foi de Natália Portinari, André de Souza e João Paulo Saconi. Em O Estado de São Paulo, o duelo entre o filósofo e o ministro está na reportagem de Renata Cafardo, Isabela Palhares e Matheus Lara.
A contradição não deixa de possuir um toque de humor, que está no fato de Olavo de Carvalho dizer que orientou seus alunos a deixarem o governo, enquanto Vélez Rodriguez afirma ter feito um expurgo nos quadros do MEC dos seguidores de Olavo de Carvalho. “Foi para organizar a casa”, diz ele. Os dois jornais publicam os nomes dos afastados.
OS INIMIGOS – Olavo de Carvalho em documento enviado àqueles que seguem suas aulas online, disse que “o presente governo está repleto de inimigos do Presidente e do povo brasileiro”. Ele postou a mensagem na madrugada de sábado.
O desencontro da versões deve ser, logicamente, do conhecimento do presidente Jair Bolsonaro. O chefe do governo deverá tomar alguma posição a respeito desse fato, uma vez que Olavo de Carvalho indicou dois ministros em seu governo: o titular das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e o da Educação, o próprio Vélez Rodrigues.
Assim, a questão torna-se mais confusa. No caso, o indicado Vélez Rodrigues tinha em seus quadros pupilos de quem o indicou para o governo.

Pressionado, Bolsonaro resiste a exonerar o emporcalhado ministro do Turismo


Resultado de imagem para bolsonaro vacilando
Bolsonaro espera as investigações, que podem demorar meses…
Julia Lindner e Tânia MonteiroEstadão
As denúncias envolvendo o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, iniciaram uma queda de braço no governo. De um lado, o presidente Jair Bolsonaro, que resiste a afastá-lo, e, de outro, auxiliares diretos, incluindo os militares, que desde a época da transição não defendiam o nome de Álvaro Antônio para o cargo. O pente-fino dos militares identificou que o ministro poderia dar dor de cabeça para o presidente antes mesmo de ele ser nomeado, mas a escolha atendeu a apelo do PSL, sigla do presidente.
A Polícia Federal e o Ministério Público investigam a suspeita de uso de candidaturas laranjas em Minas Gerais. Em depoimento, pelo menos uma delas relatou que recebeu do então candidato a deputado federal um pedido para que devolvesse parte dos valores recebidos do fundo eleitoral. Outras quatro mulheres também procuraram os investigadores pedindo para prestar depoimento nesse mesmo sentido.
MUITO DESGASTE – Interlocutores diretos do presidente se preocupam com um desgaste prolongado com o surgimento de mais denúncias contra o ministro.
Ao ser questionado nesta sexta-feira, dia 8, por jornalistas sobre se o caso não estaria gerando constrangimentos ao governo, Bolsonaro respondeu: “Deixa as investigações continuarem”. Em seguida, o presidente encerrou a rápida coletiva de imprensa, concedida após cerimônia na qual seis embaixadores entregaram as credenciais ao Planalto.
No fim da tarde, o porta-voz do governo, Otávio do Rêgo Barros, também ao ser questionado pela imprensa, repetiu o chefe. “Ficou claro que o presidente aguarda o desenrolar dos fatos na Justiça”, disse.
SEM CONVERSA – O porta-voz informou ainda que Bolsonaro e Álvaro Antonio não conversaram nesta sexta sobre o assunto. “Hoje (sexta) pela manhã comentamos (o episódio) e ele não tinha contato estabelecido face to face.”
A entrada de Álvaro Antônio no governo foi considerada uma cartada do PSL, que colocou seu nome “goela abaixo” do presidente e dos militares. Na ocasião, o empresário Gilson Machado estava cotado para assumir a pasta, por ser, segundo auxiliares do Planalto, um nome técnico que ajudaria o setor, principalmente no Nordeste. Seu nome era dado como certo, mas Bolsonaro acabou escolhendo Álvaro.
Na época, o escolhido disse que sua nomeação não contemplava nenhum partido ou Estado, mas que havia sido indicado pela Frente Parlamentar em Defesa do Turismo, da qual faz parte.
“LARANJAS” – A suspeita de uso de candidaturas laranjas pelo PSL, em que Álvaro Antonio aparece como figura central, é alvo de investigações da Polícia Federal e do Ministério Público, que estão na fase de coleta de depoimentos.
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, já afirmou que, caso fique comprovado que o ministro cometeu irregularidades, ele será demitido.
O titular do Turismo nega as acusações. Ele afirma que as candidatas “mentem” quando dizem que ele ou sua assessoria propuseram durante a campanha que elas devolvessem dinheiro do fundo eleitoral.
COTA FEMININA – A lei eleitoral obriga os partidos a destinarem um porcentual dos recursos para as candidatas. O objetivo é aumentar a participação delas na política. Por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2018 os partidos deveriam repassar pelo menos 30% dos recursos para as candidaturas femininas.
As apurações da Polícia Federal estão concentradas em Pernambuco e em Minas Gerais, onde a Justiça Eleitoral autorizou as investigações.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Não dá para entender a estratégica de Bolsonaro. No caso do ministro Gustavo Bebianno, nem havia provas da participação direta dele em alguma irregularidade e Bolsonaro o demitiu, embora tenha lhe oferecido a diretoria de Itaipu e as Embaixadas de Roma e Lisboa, a escolher. Agora, no caso de Álvaro Antonio, em que as provas abundam, a indecisão de Bolsonaro causa espécie, como se dizia antigamente. Talvez esteja com raiva do ministro e vai deixar que ele apodreça em público. Pode ser isso. (C.N.)

sábado, março 09, 2019

O Brasil é dominado por uma casta, que explora implacavelmente o resto do povo


Resultado de imagem para povo palhaço charges
Charge do Sponholz (sponhoz.arq.br)
Francisco Bendl 
Não temos mais como definir o Brasil e seu povo. Não existe qualquer vínculo da população com a Pátria, Estado, País e Nação. Somos 210 milhões de pessoas – na verdade 200, pois dez milhões mandam e desmandam neste território e vivem como reis – sendo conduzidas por ladrões, corruptos, espertalhões e, desgraçadamente, ainda têm o apoio de grande parte dos habitantes desta republiqueta.
Valores, princípios, metas, objetivos, foram eliminados da vida da maioria dos brasileiros, que vive o dia, tão somente. Curiosamente, a Constituição só existe para os Três Poderes, pois o povo jamais tem seus direitos reconhecidos.
UM EXEMPLO – Os servidores do Executivo gaúcho (incluindo professores, policiais militares e civis, bombeiros, agentes de saúde e penitenciários) estão sem qualquer reajuste “constitucional” há cinco anos!
Recebem seus proventos atrasados, e devem “compreender” que a crise estadual pertence a eles e ao resto da população, menos para o Legislativo e Judiciário, cujos servidores evidentemente que recebem em dia seus vencimentos e têm aumentos salariais a cada ano!
Pois, agora, o antro de venais, vulgo Congresso Nacional, quer mais aumento de salário, e consequentemente, também das indenizações e verbas suplementares para o desempenho das funções de roubar, explorar, vadiar, ser corrupto e irresponsável, inútil e incompetente (com as raras e honrosas exceções de sempre).
EM SILÊNCIO – A gritaria dos arautos da moral e bons costumes que pularam no gogó de Bolsonaro com relação ao famoso vídeo obsceno postado, certamente ficará em silêncio diante desta decisão parlamentar em benefício próprio e exclusivo, lógico – aliás, a cena deplorável protagonizada pelos dois tarados foi justificada como um protesto “artístico”, logo, o presidente foi acusado injustamente de depreciar a imagem do carnaval brasileiro no exterior.
Dito isso, a vagabundagem do parlamento deita e rola conosco. O Brasil é deles, enquanto a população não se importa com a exploração, com o escárnio contra o idoso, o trabalhador, quem tem apenas o salário mínimo para sobreviver.
“Faz parte” – justifica-se – ser submisso à vontade dos legisladores em causa própria, às suas decisões e leis que os colocam como casta, e as injustiças cometidas contra um povo indefeso, além de omisso e alienado!
PORNOGRAFIA – O salário de um vagabundo e ladrão deputado ou senador, que vale mais de 155 trabalhadores, simplesmente demonstra para o mundo inteiro o quanto somos pornográficos, devassos, indecentes, e a maneira como os poderes constituídos se relacionam com o povo, uma legítima parafilia, pois está na moda o sexo praticado de forma bestial!
Mas o problema nacional é o vídeo postado pelo Bolsonaro que, se não fosse esta atitude, o Brasil seria o melhor dos mundos para se viver, progredir, desenvolver e crescer, logo, seus poderes precisam ganhar muito bem, exatamente de acordo com a nossa pujança, riqueza, povo saudável, educado, que vive em segurança, e obtém dos serviços públicos o melhor no atendimento, eficiência, celeridade e qualidade!
Quanto à prisão perpétua, que vem sendo defendida, admito que já deveria ter sido implantada. No entanto, somente para crimes de corrupção, pedofilia e estupros, exatamente nos moldes do PT e cúmplices, MDB, PP, PSDB, e por aí vai…

Em destaque

Sem Bolsonaro na disputa, Tarcísio é o mais cotado para enfrentar Lula

Publicado em 11 de janeiro de 2025 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Por enquanto, Tarcísio ainda nem fala em candidat...

Mais visitadas