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sexta-feira, abril 24, 2009
Protógenes cita poema para comentar ataque a Gilmar Mendes
BRASÍLIA - O delegado Protógenes Queiroz, responsável pela Operação Satiagraha, comemorou em seu blog os ataques feitos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, ao presidente da Corte, Gilmar Mendes, nesta quarta-feira. O policial, afastado de suas funções por conta de um processo administrativo disciplinar que investiga irregularidades suas praticadas durante um evento político, não fez comentários pessoais, mas citou um trecho do poema Bato no Atabaque, do escritor Eduardo Alves da Costa.
Protógenes intitula o episódio envolvendo os ministros do STF de "Efeitos do Pacto Organizado" e apresenta uma estrofe do poema em que o escritor relata uma convocação para uma dança de comemoração.
- Bato no atabaque até estourar os tímpanos fracos. E chamo num grito de gozo as almas bravias, para dançarmos juntos, mordidos pelas mentiras do mundo, com os nervos envenenados e a jugular aos pinotes - diz o poema apresentado no blog do delegado logo acima de uma notícia sobre o bate-boca entre os magistrados.
Durante a sessão plenária de quarta-feira, no julgamento de um processo envolvendo notários do Paraná, o ministro Joaquim Barbosa atacou o presidente da Corte e disse que seu colega de tribunal "destrói a credibilidade do Judiciário brasileiro".
Mendes, que foi responsável, após a Operação Satiagraha, pela concessão de dois habeas-corpus que libertaram o banqueiro Daniel Dantas, controlador do grupo Opportunity, pediu respeito, mas foi contestado por Barbosa, que disse que o presidente do STF não tinha conhecimento da realidade brasileira, pois só se preocupava em aparecer em jornais, revistas e televisões.
- Saia à rua, ministro Gilmar. Saia à rua! Faça o que eu faço. Vossa Excelência não está na rua não. Vossa Excelência está na mídia destruindo a credibilidade do Judiciário brasileiro. É isso - afirmou Barbosa.
Magistrados
Em sentido contrário, o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Mozart Valadares, lamentou nesta quinta os "ataques pessoais" feitos durante a discussão entre Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa e disse que o bate-boca "não colaborou para o aperfeiçoamento da Justiça e não fez jus à grandeza daquela Corte ou do próprio Poder Judiciário, que tanta contribuição tem dado à sociedade brasileira".
- A AMB reafirma sua confiança nas instituições democráticas, no Supremo Tribunal Federal e na sua respectiva presidência, esperando que o evento seja ultrapassado e que a egrégia Suprema Corte possa continuar o importante trabalho de construção do Estado Democrático de Direito - afirmou Valadares em nome da entidade que congrega cerca de 14 mil juízes, desembargadores e ministros do País.
Fonte: JB Online
Lula: "Se esse tipo de briga ajuda a democracia, muito bem"
DA REDAÇÃO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou, em Buenos Aires, a discussão entre o ministro Joaquim Barbosa e o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes. Para Lula, a bate-boca não representa uma "crise institucional", apesar de ter criticado o fato de o atrito ter sido exposto pela imprensa.
"Eu creio que, quando temos determinadas funções, é importante que a gente diga tudo o que quiser nos autos do processo e que não se fique dizendo pela imprensa", afirmou Lula.
O presidente citou o futebol para argumentar que os desentendimentos são normais. "Se fosse assim, não existiria mais futebol porque tem sempre briga. A única coisa que acho é que se, esse tipo de briga, assistido por toda a sociedade brasileira, ajuda a sociedade, a democracia, muito bem".
Fonte: JB Online
Temer recua e vai submeter mudanças de passagens a votação
BRASÍLIA - Depois de ter sido pressionado por diversos deputados insatisfeitos com a idéia de não poder mais transportar seus parentes de avião aos custos da Câmara, o presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP), decidiu nesta quinta-feira submeter a votação no plenário as mudanças anunciadas ontem no uso da cota de passagens aéreas destinada aos deputados.
As restrições no uso de passagens foram anunciadas por Temer após denúncias de uso da cota parlamentar de passagens com artistas e parentes de políticos. Essas restrições poderiam passar a valer de forma automática, sem necessariamente passar pela votação do Planário da Câmara. Mas visivelmente pressionado, o presidente cedeu e transformou a decisão em um projeto de resolução.
O regimento prevê que todo projeto de resolução precisa ser aprovado pelo Plenário para passar a valer. Nesta quinta-feira o presidente realizou uma reunião informal com líderes e membros da mesa diretora para tratar do assunto, e ao deixar o local, evitou a imprensa.
Na quarta-feira, depois de seguidas notícias que denunciavam o uso de passagens da Câmara para terceiros, Temer anunciou que as passagnes de cada deputado só poderiam ser utilizadas por ele próprio ou por algum assessor em casos extremos e não mais por familiares.
A medida gerou polêmica entre os parlamentares que criticaram a imprensa e acusaram o presidente de fazer isso apenas para dar uma satisfação a opinião pública.
O deputado Sílvio Costa (PMN-PE) chegou a reclamar em Plenário que a medida poderia vir a acabar com seu casamento, já que ele não poderia mais levar sua esposa para Brasília usando recursos de sua cota aérea o que iria prejudicar o casal.
Fonte: JB Online
Líder do governo diz que prefeituras não têm do que reclamar
Num duro pronunciamento feito na sessão plenária da Assembléia Legislativa, o líder do Governo Waldenor Pereira (PT), declarou em alto e bom som que "quem estiver apostando na crise para bater no governo e obter dividendos eleitorais, pode ir tirando o cavalinho da chuva".
Complementando, rebateu críticas de prefeitos baianos sobre o apoio dos governos Lula e Wagner aos municípios e aproveitou para atirar sua metralhadora em direção a oposição. "O governo federal já decidiu pelo socorro às prefeituras, aportando recursos adicionais de R$ 1 bilhão, garantindo o repasse de valor total no ano de 2009 igual ao de 2008", destacou.
O parlamentar petista citou ainda avaliações de agências internacionais reconhecendo que o Brasil é um dos países mais preparados para o enfrentamento da crise e que por isso pode tirar vantagens na atração de investimentos. "O Brasil é citado como um dos países que deverão aportar somas significativas de investimentos, graças à solidez da nossa economia. Mas, se a crise tivesse ocorrido durante o período do governo do ex-presidente Fernando Henrique, apoiados pelos democratas, o nosso país estaria enfrentando uma derrocada econômica sem precedentes. Se fosse no governo FHC, apoiado pelos nosso opositores nessa Casa, o nosso país teria quebrado, entrado num processo falimentar, sem retorno".
O líder do Governo também argumentou que o governador Jaques Wagner está demonstrando grande visão, quando realiza viagens como a que está fazendo agora, na Índia e Europa, com o objetivo de atrair novos investimentos para o estado.
Fonte: Tribuna da Bahia
ACM Neto defende investigação de denúncias sobre abuso de passagens aéreas
A anistia prometida pelo presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), aos deputados envolvidos nas denúncias de abuso no uso da cota de passagens aéreas não é consenso entre integrantes do comando da Casa. O corregedor da Câmara, Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), defendeu nesta quinta-feira que os casos sejam analisados isoladamente. O argumento do corregedor é de que em algumas situações os parlamentares usaram dinheiro publico em benefício próprio e, portanto, precisam ser investigados. ACM Neto disse, porém, que a Corregedoria só pode agir se for provocada pelo comando da Câmara.
"Acho que não podemos generalizar. Existem casos onde houve o aproveitamento econômico da cota de passagem e isso tem que ser investigado. Não pode ficar sem resposta. Tivemos casos de comercialização da cota e que nós não podemos deixar sem resposta. Uma coisa é usar a cota discricionariamente outra coisa é tirar proveito econômico", afirmou o corregedor.
O corregedor disse que prefere não apontar quais são os casos que precisariam ser analisados. O próprio corregedor esteve envolvido nas denúncias e reconheceu que utilizou o benefício para viajar com a mulher a Paris. ACM Neto disse que pediu um levantamento para identificar se os bilhetes não poderiam ter sido um reembolso de uma companhia. Denúncias
Entre os casos considerados delicados estão o dos deputados Fábio Faria (PMN-RN), Paulo Roberto (PTB-RS) e Fernando de Fabinho (DEM-BA). Temer prometeu encaminhar à Corregedoria as acusações contra Faria, mas o material ainda não chegou. Contra o deputado está a acusação de que ele usou dinheiro publico em benefício próprio porque as passagens dos artistas Kayky Brito, Stephany Brito e Samara Felippo para o carnaval fora de época de Natal tinha o objetivo de promover o camarote que organizava.
Além disso, utilizou parte da sua cota aérea para financiar a viagem de turismo a Miami da ex-sogra e do assessor da apresentadora Adriane Galisteu. Ao todo, Faria devolveu à Câmara R$ 23,7 mil por ter usado a cota de passagens da Câmara no transporte aéreo de artistas.
Os deputados Paulo Roberto e Fernando de Fabinho estão sendo investigados por uma sindicância internada da Câmara por suspeita de participação em um esquema de venda clandestina de bilhetes destinados aos parlamentares que chegou a envolver ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).
A suspeita é que funcionários de gabinetes repassavam parte da cota de passagens não utilizada pelos deputados para agências de viagens. Os parlamentares negam conhecimento das denúncias. A sindicância tem 60 dias para apresentar um parecer.
O presidente do STF, Gilmar Mendes, e o ministro Eros Grau aparecem como beneficiários de cotas de passagens da Câmara, na cota dos dois parlamentares. Mendes encaminhou à Câmara cópia da fatura do cartão de crédito de que pagou com recursos próprios a viagem. Eros Grau apresentou um comprovante de que sua passagem foi paga pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro.
Anistia
Ontem, Temer sinalizou que iria anistiar as irregularidades passadas no uso da cota de passagens. "Não se pode questionar o que ocorreu no passado. Se foi correto ou não foi correto este não é um questionamento jurídico, ao meu modo de ver. Eu quero deixar claro de que não houve prática ilícita ao passado. Haverá, isso sim, a partir de agora se não forem cumpridas as regras claríssimas que agora foram expedidas", disse Temer ontem.
O presidente da Câmara descartou investigar e punir deputados que extrapolaram e usaram os bilhetes aéreos pagos pela Casa em beneficio próprio, com viagens sem relação com exercício do mandato parlamentar --custeando, inclusive, viagens de seus parentes e artistas.
Publicada: 23/04/2009
Atualizada: 23/04/2009
Fonte: Tribuna da Bahia
Ex-BBB Priscila é capa da revista 'VIP' que chega às bancas em maio
Redação CORREIO Foto: Divulgação
A ex-BBB Priscila, capa da revista 'VIP' de maio, já pode ser vista em uma das fotos do ensaio sensual que chega às bancas no próximo dia 27 (segunda-feira). Segunda colocada na nona edição do 'Big Brother Brasil 9', Priscila foi fotografada por Marcelo Faustini em um casarão no Rio de Janeiro.
Priscila dá aperitivo do que poderá mostrar na 'Playboy'
Priscila ainda será atração da novela 'Caminho das Índias' nesta quinta-feira (23). A modelo gravou uma participação como convidada de um desfile da Daspu ao lado de Preta Gil, Carlinhos Brown, Elke Maravilha, entre outros nomes.
Fonte: Correio da Bahia
Relatório exclui Protógenes, Lacerda e Dantas de pedidos de indiciamento
Mais uma vez, Pellegrino exluiu dos pedidos de indiciamento alguns dos principais envolvidos na Operação Satiagraha, da Polícia Federal, que investiga crimes financeiros e de lavagem de dinheiro: o delegado Protógenes Queiroz, que comandou a operação, o ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Paulo Lacerda e o banqueiro Daniel Dantas, controlador do grupo Opportunity.Sobre o delegado Protógenes, Pellegrino justificou que ele compareceu à CPI como investigado e com habeas corpus preventivo e que, portanto, não poderia criar provas contra si. Quanto a Dantas, o relator afirmou que ele já foi indiciado criminalmente por outros órgãos e que não haveria necessidade de novo pedido por parte da CPI. No caso de Paulo Lacerda, o relator informou que ele enviou carta à comissão retificando e complementando o que havia dito anteriormente.“Adotei o critério de que quem já está indiciado não deveria ter, por parte da CPI, novo indiciamento. Porque o indiciamento significa o envio ao Ministério Público de provas de autoria e materialidade para futura denúncia”, explicou Pellegrino. Vários deputados pediram vista do relatório e a votação ficou para a próxima terça-feira (28). (Com informações da Agência Brasil)
Fonte: Correio da Bahia
Delegada é presa por envolvimento com o tráfico de drogas
Foi presa nesta quinta-feira (23), no Rio de Janeiro, a delegada baiana Cristina Morgana Feu Soares, 39 anos, que estava com prisão preventiva decretada por acusação de envolvimento com o tráfico de drogas na região de Valença. Soares ocupava o cargo de titular da delegacia de América Dourada, a 430 quilômetros de Salvador.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), Cristina estava foragida desde março deste ano. Ela é acusada de receber dinheiro de traficantes e de ter forte ligação com Ednaldo Borges dos Santos, preso em flagrante por tráfico, na cidade de Valença.As investigações foram iniciadas depois que policiais da 5ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Valença) descobriram um comprovante de depósito em nome da delegada na casa da traficante Maria de Fátima, presa em 24 de janeiro desse ano. A delegada Argimaria Soares, coordenadora da 5ª Coorpin, a Superintendência de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública (SSP) e a Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil do Rio de Janeiro comandaram as investigações.
Fonte: Correio da Bahia
quinta-feira, abril 23, 2009
Vitória da cidadania
Pressionados pela opinião pública, deputados e senadores desistiram da perfumaria com que pretendiam encenar mudanças que nem de longe acabavam com a farra das passagens aéreas. Foi uma vitória da cidadania. Pequena, mas notável. Milhares de cartas, e-mails e telefonemas, de todas as partes do país, incentivaram a persistência do trabalho da mídia. E, ao contrário do que esperavam os parlamentares, a imprensa não parou de ampliar o foco e as críticas ao descalabro em que se transformou o mau uso das verbas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Bilhetes vinham sendo emitidos em nome de parentes, amigos e até namoradas dos parlamentares, em viagens de lazer e turismo, até mesmo para o exterior. A absoluta de falta de regras ou limitações fez da compreensível cota de passagens para o deslocamento de deputados e senadores para Brasília, ou de lá para os estados de origem, um apetitoso complemento salarial, facilitado pela possibilidade de acumulação para uso futuro e de transferência de titularidade do bilhete. Dependendo do estado em que tem base eleitoral, cada deputado tem verba mensal que varia de R$ 4,7 mil a R$ 18,7 mil.
O desgaste do Congresso Nacional, provocado pela divulgação do mau uso das passagens aéreas por vários parlamentares, só cresceu com as medidas ditas moralizadoras anunciadas há uma semana pelas mesas do Senado e Câmara. Na verdade, os deputados e senadores parecem ter apostado no cansaço do assunto na mídia e não foram além de promover um corte de 20% a 25% da verba. Mas, mantiveram o principal motivo da crítica: parentes dos parlamentares continuariam viajando à custa do contribuinte. Só os políticos não perceberam que isso era inaceitável e que a sociedade queria mais. Por isso mesmo foram surpreendidos pela indignação geral e pela persistência da mídia em se manter no assunto. "A imprensa quer fechar o Congresso", desabafou o Corregedor da Câmara, deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA). O presidente da Casa, deputado Michel Temer (PMDB-SP) reconheceu que foi movido pela intensa pressão que tinha aceitado a ideia de reconciliar o Parlamento com a opinião pública.
O que Temer decidiu é apenas o óbvio: as passagens poderão ser usadas exclusivamente pelos parlamentares. Assessores poderão ter acesso, desde que justificado antecipadamente à 3ª Secretaria da Mesa. As viagens internacionais, mesmo pelos deputados, terão de ser previamente solicitadas. Foram extintas as sobras de crédito. O que os parlamentares não tinham entendido é que a opinião pública percebeu que eles não são donos das cotas. A verba é do Congresso e precisa ser usada sem misturar o bem público com a propriedade privada. Mas nem a mídia, nem a cidadania podem descansar. Já há um movimento nos gabinetes do Congresso para compensar a "perda" com um reajuste no vencimento dos parlamentares A representação popular deve mesmo ser bem remunerada, mas não é mais possível abrir da total transparência de tudo que compõe o que sociedade gasta para mantê-la. Que não contem os parlamentares com a possibilidade de, dentro de alguns meses, criarem novas cotas de passagens sobre os vencimentos aumentados para acabar com as antigas.
Fonte: Estado de Minas (MG)
Crime sem castigo
A restrição da cota passagens aéreas pagas pela Câmara para uso exclusivo do parlamentar em atividades relativas ao mandato e exposição de todas as informações na internet é um passo na direção do bom caminho.
Mas, como diz a cantiga infantil, a estrada é longa, o caminho é deserto e o lobo mau ainda está por perto.
Melhor teria sido se na semana passada a Mesa tivesse adotado as medidas sugeridas pelo Ministério Público, o bom senso e a noção dos limites entre o público e o privado. Soaria mais confiável a boa intenção do presidente da Câmara, Michel Temer, de conduzir um processo de reconciliação do Legislativo com "a opinião pública e a opinião publicada", anunciada ontem.
Ainda assim, com todas as reservas que decisões ditas moralizadoras tomadas pelo Congresso devem ser recebidas, algo se mexeu.
Há, não obstante ínfimo, um avanço em relação a declarações de "resistência a pressões da imprensa", de imposição de "castigos" como a anulação de boas medidas a cada vez que não merecessem elogios no noticiário e, principalmente, no que tange ao presidente Michel Temer, houve mudança no tom.
Pode parecer pouco, mas o constrangimento é um bom sinal. Ocorre que bons sinais, principalmente quando isolados e meramente sinalizadores não fazem acontecer o que se impõe: o freio seguido da arrumação.
E para que se arrume o que está desarrumado ainda há léguas em quantidade amazônica a percorrer antes de se considerar satisfatório o trabalho.
O passivo é imenso. Na Câmara e do Senado. O próprio Temer aludiu em sua nota oficial de segunda-feira a deformações em outros benefícios. Nas passagens mesmo se fez o mínimo, e todas as outras denúncias, sem exceção, continuam em aberto.
Falou-se em auditoria da Fundação Getúlio Vargas, mas o assunto morreu. Queda-se arquivado, pelo visto, na gaveta onde dormem outros dois "estudos" para redução de gastos contratados à mesma FGV em 1995, pelo Senado, e em 2006, na Câmara. Que tal desengavetá-los?
À restrição nas passagens necessariamente terão de se seguir outras medidas. Para enfrentar de fato o problema, os presidentes da Câmara e do Senado vão precisar firmar novas alianças. Premidos que são pela pressão da maioria silenciosa e transgressora, não conseguirão dar um passo adiante.
Isso não se faz com a proposta de aumento de salários. Muito menos engendrando formas de recompensar os parlamentares pela transparência exigida. Não se trata de uma troca, mas é assim que a coisa está sendo posta: moraliza-se de um lado, "em compensação" desmoraliza-se de outro.
É premiar quem transgrediu.
A transparência no uso do dinheiro do Orçamento destinado a sustentar o Parlamento é pré-requisito obrigatório e não moeda de escambo. Se os cortes resultarão em perdas, é este mesmo o espírito. Afinal, décadas de ganhos indevidos requerem algum tipo de punição. Assim a banda toca do lado de fora da Praça dos Três Poderes.
Um funcionário de empresa privada pego em tantos e tão flagrantes delitos seria, no mínimo, demitido. Por justa causa. Os deputados e senadores transgressores não podem ser processados por quebra de decoro, até por carência de julgadores abalizados.
Então, que ao menos arquem com algum ônus. Não lhes fará mal algum. Quem se sentir muito prejudicado financeiramente tem sempre a prerrogativa de mudar de atividade.
A parte mais difícil está por vir: a transposição dos obstáculos impostos pela própria corporação.
Sem a renovação das alianças internas, sem a alteração da correlação de forças de forma a abrir espaços aos melhores e relegar os piores ao terreno das insignificâncias, o Congresso não vence a mentalidade vigente expressa na contrariedade do líder do PTB, Jovair Arantes, ante a exigência de transparência: "É péssimo. Não gostaria de ser patrulhado. Não quero ser obrigado a colocar minhas coisas na internet."
Se um deputado chega à Câmara sem compreender a quem pertencem as referidas "coisas" postas à disposição de um agente público no curso de uma missão específica como o mandato eletivo, está no lugar errado ou não foi lá para fazer a coisa certa.
Esse tipo de raciocínio, diga-se, não vigora apenas no Congresso. Contamina todas as esferas de poder. Por exemplo: qual a diferença entre o PSOL financiar as viagens do delegado Protógenes Queiroz para a construção de uma possível candidatura e o presidente Lula patrocinar o périplo da ministra Dilma Rousseff pelo País para tentar construir um nome para se candidatar?
Na forma, apenas uma: o financiamento público da pré-campanha de Protógenes sai da Câmara e a verba de publicidade de Dilma sai do Palácio do Planalto.
Na essência, nenhuma, porque o dinheiro, grosso modo, tem origem no bolso da calça do homem e na bolsa da mulher que dão um duro danado para ganhar seus salários. Note-se: sem benefícios adicionais e religiosamente onerados com o desconto de impostos monumentais.
Fonte: O Estado de S.Paulo (SP)
Brasil - Rede Globo e Daniel Dantas: um caso de polícia
Adital -
Não se trata de cobertura dos fatos, se trata de um ataque à consciência dos telespectadores.
Na noite de 19 de abril o programa de variedades Fantástico, da Rede Globo, apresentou uma suposta reportagem sobre um conflito ocorrido numa fazenda do Pará, envolvendo "seguranças" (o termo procura revestir de legalidade a ação de jagunços) da fazenda do banqueiro Daniel Dantas e militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Só pude descobrir que se tratava de propriedade do banqueiro processado por inúmeros crimes e protegido por Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, após ter vasculhado algumas páginas na internet em busca de meu direito de escutar o outro lado da notícia, a versão dos fatos dos sem terra, pois na reportagem eles aparecem como invasores, baderneiros, seqüestradores da equipe de reportagem da Rede Globo, assassinos em potencial, e ao final, corpos de militantes aparecem baleados no chão, agonizantes, sangrando, sem nenhum socorro, e a reportagem não fornece nenhuma informação sobre o estado de saúde das vítimas.
Sem ter acesso às causas do conflito, e a nenhum dos dois lados envolvidos, o telespectador se vê impelido a acompanhar o julgamento que o narrador da reportagem e a câmera nos sugere. No caso, tendemos a concordar com a punição dada aos desordeiros: "que sangrem até morrer!", ou "quem mandou brincar com fogo?!" podem ser algumas das bárbaras conclusões inevitáveis a que os telespectadores serão levados a fazer.
Nós, em nossas casas, consumidores do que a televisão aberta nos apresenta, não temos direito ao juízo crítico, porque o protocolo básico das regras do jornalismo não é mais cumprido. Nós somos atacados em nosso direito de receber informações e emitir julgamentos, nós somos saqueados por emissoras privadas que mobilizam nosso sentimento de medo, ódio e desprezo, para em seguida nos exigir sorrisos com a próxima reportagem.
Como um exercício de manutenção da capacidade de reflexão, precisamos nominar esse tipo de ataque fascista com os termos que ele exige. A ilusão de verdade deve ser desmontada, a suposta neutralidade deve ser desmascarada, caso a caso, na medida de nossas forças.
Seguem questionamentos à reportagem, com o intuito de expor o arbítrio de classe da Rede Globo, para que esse texto possa endossar a documentação que denuncia a irregularidade das emissoras privadas e protesta contra a manutenção de concessões públicas para empresas que não cumprem com as leis do setor.
1º) Por que a Globo protege Dantas? Por que a emissora não tornou evidente que as terras pleiteadas pelo MST para Reforma Agrária são de Daniel Dantas? Qual o grau de envolvimento da emissora nas manobras ilícitas do banqueiro?
2°) Por que o MST não foi escutado na reportagem? Quais os motivos do movimento para decidir ocupar aquela fazenda?
3°) As imagens contradizem os fatos. A câmera da equipe de reportagem aparece sempre posicionada atrás dos seguranças da fazenda, e nunca à frente dos sem terra.
E vejam informação da Agência Estado: "A polícia de Redenção informou a Puty [Cláudio Puty, chefe da Casa Civil do governo do Pará] não ter havido cárcere privado de jornalistas e funcionários da Agropecuária Santa Bárbara, pertencente ao grupo do banqueiro Daniel Dantas e que tem 13 fazendas invadidas e ocupadas pelo MST. Os jornalistas, porém, negam a versão da polícia e garantem que ficaram no meio do tiroteio entre o MST e seguranças da fazenda"(http://br.noticias.yahoo.com/s/19042009/25/manchetes-pm-desarmar-mst-segurancas-no.html).Quer dizer, nem mesmo os grandes jornais conservadores estão fazendo coro com a cobertura extremamente parcial da Rede Globo.
4°) Ocorreu um tiroteio mesmo? Só aparecem os jagunços da fazenda atirando, e com armas de calibre pesado. E a imagem dos feridos mostra os sem terra baleados e um jagunço de pé, com pano na cabeça, possivelmente contendo sangramento de ferimento não causado por arma de fogo, dado o estado de saúde do homem.
5º) Por que os feridos não são tratados com o mesmo direito à humanidade que as vítimas de classe média da violência urbana? Eles não têm nomes? O que aconteceu com eles? Algum morreu? Quem prestou socorro? Em que hospital estão? Por que essas informações básicas foram omitidas?
6°) Por que mostrar como um troféu a agonia de seres humanos sangrando no chão, sem nenhum socorro?
Fonte: Adital
5a Mobilização Nacional da Campanha Ficha Limpa
Aqui em Jeremoabo, por conveniência nada foi divulgado nem feito, e nem poderia, porém, não é de se estranhar nada; com a praga de ficha suja aqui existente, os donos do poder nunca iriam se interessar, ou fazer campanha contra eles próprios?
É como diz Otto no site Migalhas: "'Em política, só tem artista'. Bandido são os demais."
O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) se prepara para a realização da 5a. Mobilização Nacional, no dia 21 de abril, em busca das assinaturas necessárias ao Projeto de Lei de iniciativa popular sobre a vida pregressa dos candidatos. A mobilização nacional, como o próprio nome já diz, é um momento para os Comitês 9840 unirem forças por todo o país em torno do mesmo objetivo: coletar assinaturas.
O empenho nesta ação em uma data comum é imprescindível, pois fortalecerá a Campanha Ficha Limpa.
Trata-se de um momento crucial para a Campanha. Superamos mais da metade das assinaturas necessárias, comemorando 700 mil assinaturas coletadas. Ainda assim, é preciso continuar nas ações de coleta para entregarmos o PL no Congresso ainda esse semestre, e fazer valer os novos critérios de inelegibilidade nas próximas eleições, em 2010.
É sugerida a montagem de uma banca de coleta em um local movimentado da cidade, como praças públicas, escolas da comunidade ou entidades parceiras do MCCE no município. Junte um grupo de amigos e passe nas ruas do seu bairro coletando assinaturas e divulgando a Campanha. Faça seu horário de acordo com sua possibilidade e lembre-se de convidar voluntários adeptos da Campanha para ajudar nessa ação. Qualquer esforço feito no intuito de aumentar o número de assinaturas é válido e de extrema importância para alcançarmos nosso objetivo.
É importante ressaltar que somente o título de eleitor é válido para a assinatura. Por uma exigência do Congresso, no abaixo-assinado não são válidos os dados do RG (identidade) ou CPF. Caso a pessoa não tenha o título no momento da coleta, ela pode assinar o formulário com o nome completo, sem abreviação, e a data de nascimento. Comesses dados é possível encontrar o número do título acessando o site da Justiça Eleitoral.
Vamos fortalecer nossa rede e fazer acontecer esse Projeto de Lei de iniciativa popular contra a candidatura de políticos em débito com a Justiça. Enviem o quanto antes para o e-mail: comunicacaomcce@gmail.com ou informe pelos telefones (61) 2193-9658/ 2193-9746 os locais onde serão montados os postos de coleta em sua cidade para a divulgação em nosso site.
Fonte: ABONG
GILMAR vs. BARBOSA - Barraco no Supremo
Todos os jornais de circulação nacional destacam nas edições de quinta-feira (23/4) o bate-boca entre o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, e o ministro Joaquim Barbosa, ocorrido na sessão de quarta-feira. Foi, segundo a imprensa, o mais sério entrevero entre as excelências que compõem a mais alta corte de Justiça no Brasil.
E não foi pouco: não fosse o vocabulário culto utilizado pelos magistrados em questão, as expressões usadas bem poderiam ser comparadas ao linguajar das torcidas de futebol.
Pois é exatamente nesse ponto que o relato dos jornais deixa a desejar. As palavras proferidas no calor da discussão foram reproduzidas fielmente, mesmo porque a sessão estava sendo transmitida pela TV Justiça e tudo que foi dito ficou gravado.
Os jornais também oferecem ao leitor um histórico das desavenças havidas anteriormente na corte, e a Folha de S.Paulo se estende em explicar as causas do desentendimento específico entre Joaquim Barbosa e Gilmar Mendes, que vem desde a época em que ambos militavam no Ministério Público.
Mas nenhum dos principais diários explicita a divergência de fundo político que separa as duas autoridades.
"Deixa disso"
O ministro Joaquim Barbosa se notabilizou por abrigar as denúncias no processo escandaloso chamado "mensalão", que custou o cargo, entre outros, ao ex-ministro José Dirceu. Mas sempre se comportou discretamente, evitando expor-se demasiadamente na imprensa. Aliás, nunca apareceu na mídia tratando de temas diversos à sua função atual.
Seu desafeto, ao contrário, é uma estrela da mídia. Opina sobre temas externos ao Judiciário e muitas vezes tem sido acusado de excessivo protagonismo. Está no centro dos debates públicos sobre o mais rumoroso caso em tramitação na Justiça Federal – aquele que tem como réu, entre outros, o empresário Daniel Dantas, controlador do Banco Opportunity.
O remarcado gosto do ministro Gilmar Mendes pela exposição midiática não agrada a muitos de seus colegas do Supremo Tribunal Federal. A nota emitida por eles após o bate-boca, um primor de contenção, não cita o ministro Joaquim Barbosa e não reflete a gravidade do episódio.
Neste momento, a chamada turma do "deixa disso" deve estar em ação. Mas nada apaga o entendimento de que o que o que houve na nossa mais elevada corte de Justiça foi um verdadeiro "barraco".
***
E os capangas?
O problema, para a imprensa, é que tanto Gilmar Mendes como Joaquim Barbosa foram transformados em heróis da mídia. E os jornais têm agora uma obrigação a cumprir: explicar aos brasileiros o que o ministro Joaquim Barbosa quis dizer exatamente quando afirmou que o presidente do Supremo Tribunal Federal está destruindo a Justiça brasileira. Afinal, Gilmar Mendes também está na mídia como protagonista do chamado "pacto republicano", através do qual os poderes da República tentam superar certos impasses institucionais.
Na mesma edição em que descreve o desentendimento entre os magistrados, a imprensa registra a libertação, pela segunda vez, do fazendeiro Vitalmiro de Moura, condenado em primeira instância pelo assassinato da missionária católica Dorothy Stang.
Essa e outras decisões da Justiça, baseadas no entendimento recente do STF de que as prisões de condenados que ainda têm direito a recurso só podem ser mantidas em circunstâncias especiais, provocam no cidadão comum o sentimento de que a Justiça não funciona a contento. Caindo nesse contexto, a acusação de um ministro do Supremo Tribunal Federal ao presidente da instituição precisa ser mais bem explicada pelos jornais.
Pauta quente
Mas há especialmente uma frase, destacada no bate-boca entre os magistrados, que merece uma pauta especial. É quando Joaquim Barbosa declara a Gilmar Mendes: "Vossa excelência, quando se dirige a mim, não está falando com seus capangas de Mato Grosso".
O episódio mandou para o espaço a liturgia do Supremo Tribunal Federal, escancarou as divergências entre os ministros e revelou o estado de espírito com que se tomam decisões fundamentais para o país.
Mas, quando um ministro do STF diz que outro ministro, presidente da corte, tem "capangas", essa é uma informação que interessa conhecer.
Com a palavra, a imprensa.
Fonte: Observatório da Imprensa
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