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terça-feira, outubro 08, 2024

Vereadores e Autoridades: Onde Está o Compromisso com as Crianças Especiais de Jeremoabo?

 

                                   Foto Divulgação - https://depositphotos.com/


O cenário que você descreve retrata uma triste realidade de perseguição política e falta de sensibilidade com questões fundamentais para a comunidade, principalmente envolvendo crianças com necessidades especiais. A suposta “caça às bruxas” pós-eleitoral, com represálias atingindo inocentes, como as crianças que dependem do NAEE (Núcleo de Apoio Especializado à Educação), é um reflexo de uma gestão que, ao invés de priorizar o bem-estar da população, utiliza o poder de forma punitiva e desumanizadora.

Ao alegar que o imóvel onde o NAEE funciona foi pedido de volta e, com isso, encerrar os atendimentos na casa da Rua do Canal, a justificativa parece desproporcional e desprovida de base legal. Se há contrato em vigor e prazos a serem respeitados, encerrar as atividades de forma abrupta seria uma violação dos direitos das crianças que necessitam do acompanhamento especializado. Além disso, o impacto sobre crianças com TDAH, autismo e outras condições que necessitam de apoio contínuo é muito sério. A abordagem do NAEE oferece suporte essencial que a escola, muitas vezes, não consegue atender de forma tão individualizada.

A exclusão de uma mãe e assistente social, Liliane Mendes, de uma discussão importante por ter posições políticas divergentes parece revelar um aspecto ainda mais preocupante: a tentativa de silenciar vozes críticas que estão lutando por causas coletivas. Independentemente de sua filiação política, o fato de ela ter sido banida de um grupo por levantar uma questão que afeta diretamente a vida de várias famílias é um indicativo de que o debate democrático está sendo reprimido.

Essa atitude de banir quem diverge ou pensa diferente reforça a ideia de que o ambiente político e social em Jeremoabo é permeado por uma intolerância preocupante, onde as decisões são tomadas com base em afinidades políticas ao invés de focar no bem-estar da população. É especialmente desolador quando esse tipo de retaliação atinge uma questão tão sensível quanto a educação e o desenvolvimento de crianças que já enfrentam desafios maiores.

A luta das famílias para que o atendimento continue é legítima e deveria ser acolhida com mais empatia e diálogo, considerando as necessidades especiais dessas crianças e a importância de garantir um atendimento adequado e acessível.

Nota da redação deste Blog - Em um momento tão delicado, onde a educação e o bem-estar de crianças com necessidades especiais estão em risco, é inaceitável que decisões administrativas prejudiquem justamente os mais vulneráveis. A interrupção dos atendimentos na casa da Rua do Canal, alegando a devolução do imóvel, soa como uma desculpa infundada e desprovida de embasamento legal, já que há contratos e prazos a serem respeitados.

A questão vai além da simples perda de um espaço físico; trata-se de garantir o direito dessas crianças ao acompanhamento individualizado, especialmente aquelas com TDAH, autismo e outras condições que exigem apoio contínuo. A escola sozinha não pode suprir as necessidades complexas desses alunos, o que torna o serviço do NAEE essencial.

Caso realmente não exista outra opção para manter o funcionamento do núcleo, cabe às autoridades tomarem medidas excepcionais. O bom senso e a responsabilidade indicam que a Casa dos Conselhos, que atualmente não desempenha uma função vital a ponto de impedir essa prioridade, poderia ser temporariamente utilizada para continuar o atendimento. A prioridade aqui deve ser o bem-estar das crianças, não os obstáculos burocráticos ou a insensibilidade política. Não há justificativa plausível para que se recuse um espaço disponível, ainda mais quando tantas famílias estão sendo afetadas.

Agora, é o momento dos vereadores e das autoridades locais mostrarem compromisso com a comunidade, tomando medidas imediatas para assegurar que esses atendimentos não sejam interrompidos. A falta de ação e sensibilidade diante dessa situação reflete um descaso inaceitável. O que essas crianças precisam não é de justificativas vazias, mas de soluções que garantam o apoio educacional e terapêutico de que dependem.

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