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sexta-feira, outubro 11, 2024

Na eleição, o PT de Lula conseguiu ficar atrás até do nanico moribundo PSDB

Publicado em 10 de outubro de 2024 por Tribuna da Internet

Nem PT, nem PSDB: cresce a "terceira via" no Brasil

Charge do Diogo (Arquivo Google)

Hélio Schwartsman
Folha

Acho que já dá para carimbar que a política brasileira entrou no centronoceno, época caracterizada pela dominância do centrão. Bolsonaro saiu-se um padrinho político mais eficiente do que Lula, mas os verdadeiros vencedores das eleições de domingo (6) foram partidos tradicionais não radicalizados como PSD, MDB e PP.

Essas três siglas fizeram as maiores bancadas de prefeitos —878, 847 e 743, respectivamente. Se considerarmos o número de vereadores eleitos, são os mesmos três partidos, mas em outra ordem: MDB, PP e PSD.

TAPAR O SOL… – Com um olhar caridoso, até dá para afirmar que o PT melhorou sua posição. A sigla fez 248 prefeitos, contra 179 em 2020. Mas isso seria tapar o sol com a peneira. Não há como negar que o PT e as esquerdas se saíram mal. A legenda de Lula ficou atrás até do moribundo PSDB.

Seus avanços estão concentrados em cidades menores do Nordeste. A esquerda, é fato, segue viva na disputa paulistana, mas Guilherme Boulos corre como azarão.

Já o PL de Jair Bolsonaro ficou em quinto lugar (510 prefeitos) e o ex-presidente mostrou força ao eleger alguns postes ou empurrá-los para segundos turnos. Mesmo assim, sai machucado do pleito, pois viu sua liderança na direita radical contestada por Pablo Marçal. E foi tão hesitante em seu apoio a Ricardo Nunes que sinalizou para potenciais aliados que não é um parceiro confiável.

E O CENTRÃO? –  Os resultados do centrão têm muito a ver com as alterações do balanço de forças entre Executivo e Legislativo federais. Nos últimos anos, parlamentares conquistaram mais poder e maiores nacos do Orçamento, distribuídos na forma de emendas. Interessante levantamento de O Globo mostrou que nas cidades mais beneficiadas por emendas Pix, a taxa de reeleição de prefeitos foi maior.

Tal rearranjo foi importante para repelir investidas autoritárias de Bolsonaro, mas vem com seu próprio quinhão de problemas. O centrão é altamente fisiológico e não tem projeto para o país. Seu poder cresce à custa da eficácia de ações governamentais. Para piorar, no Brasil é muito baixa a responsabilização política do Parlamento.


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