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quarta-feira, outubro 16, 2024

Liga da Justiça: Corregedoria-Geral do TJ-BA reabre sindicância contra juiz acusado de compor esquema de corrupção em Porto Seguro

 Foto: Divulgação

Juiz André Marcelo Strongenki16 de outubro de 2024 | 09:07

Liga da Justiça: Corregedoria-Geral do TJ-BA reabre sindicância contra juiz acusado de compor esquema de corrupção em Porto Seguro

exclusivas

A Corregedoria-Geral de Justiça (CGJ) do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) resolveu reabrir sindicância contra o juiz André Marcelo Strongenki, titular da 1ª Vara Criminal, Júri e Execuções Penais de Porto Seguro. O magistrado, que já está afastado cautelarmente do cargo desde junho, é acusado de compor o esquema de corrupção envolvendo juízes, advogados, promotor, empresários e membros da Prefeitura do município. O caso tem sido apelidado de “Liga da Justiça”.

“A questão relatada nestes autos não poderia ser analisada de maneira simplista e unicamente com base em dados processuais da unidade judicial”, frisa o desembargador Roberto Maynard Frank, corregedor-geral de Justiça, em sua decisão.

De acordo com a CGJ, o grupo, conhecido como “Liga da Justiça”, emitia documentos fraudulentos em que eles apareciam como proprietários de áreas que já tinham dono. O esquema não era descoberto, uma vez que o responsável por fiscalizar os atos desse cartório era um dos juízes afastados.

Com isso, os magistrados passaram a ser donos de 101 matrículas de casas e terrenos em praias paradisíacas no sul da Bahia. Em uma dessas áreas, o grupo está construindo um condomínio de luxo.

“Se o senhor tiver talvez entre 30 e 50 mil naquele negócio daquela taxa a dois por cento pra mim, se o senhor tiver é capaz de eu precisar”, diz o empresário Henrique Nolasco, que é apontado como operador do esquema em mensagem enviada ao juiz Fernando Machado Paropat.

Já em outra mensagem obtida com exclusividade pela reportagem do Fantástico, Nolasco cita o promotor do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Wallace Carvalho, que também está sendo acusado de envolvimento no esquema. “Eu não tava querendo mexer com o doutor Wallace porque o juro dele é maior, entendeu? Em torno de 3, 3 e meio, e lá no outro eu ia conseguir menos”, afirmou Nolasco.

Outros prints obtidos pela reportagem de conversas entre o empresário e uma servidora do TJ-BA indicam agiotagem envolvendo os juízes acusados. “Será que Dr. Wallace não tem dinheiro nenhum para emprestar? Seria uns 10 mil, o que puder”, inicia a servidora. Nolasco, então, responde que “Wallace falou que comprou um imóvel. Vou tentar Dr. Rogério”.

Além dos três juízes, um promotor, empresários, advogados e um secretário do município são suspeitos de envolvimento nas irregularidades.

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