Publicado em 8 de março de 2024 por Tribuna da Internet
Mônica Bergamo
Folha
A deputada federal Rosângela Moro (União Brasil-SP) transferiu o título eleitoral de volta para o Paraná. A notícia é uma reviravolta no cenário político do Paraná e até mesmo do Brasil. Eleita deputada federal por São Paulo em 2022, ela faz o caminho de volta e vira uma alternativa concreta de candidatura ao Senado caso o marido, o hoje senador Sergio Moro (União-PR), seja cassado pela Justiça Eleitoral.
A possibilidade de Moro perder o mandato já movimentava políticos do estado que podem ser candidatos ao cargo em novas eleições, como por exemplo a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, hoje deputada federal pelo estado paranaense, e o ex-senador Alvaro Dias (Podemos). Até mesmo o nome da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) é mencionado para a disputa.
EMBARALHA TUDO – A volta de Rosângela Moro ao Paraná, no entanto, embaralha o cenário. Partidários do casal afirmam que Rosângela Moro transferiu o título para o Paraná por questões logísticas, já que o marido se elegeu pelo estado e mantém domicílio em Curitiba. Dizem também ter certeza de que Moro não será cassado, e que, portanto, ela não será candidata para substituí-lo.
O julgamento de Moro está marcado para o dia 1º de abril no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). O ex-juiz é alvo de duas ações, do PL de Jair Bolsonaro e da Federação Brasil da Esperança, que reúne PT, PCdoB e PV, legendas da base do governo Lula.
Os partidos o acusam de abuso de poder econômico, caixa dois e utilização indevida dos meios de comunicação social na pré-campanha de 2022. Ele nega as acusações.
PETISTAS REAGEM – O grupo Prerrogativas, composto por juristas, advogados, defensores e professores da área do direito, afirma que tomará providências contra a deputada federal Rosangela Moro (União Brasil-SP), que transferiu o seu título eleitoral de volta para o Paraná depois de ser eleita pelo estado de São Paulo.
Em nota, o Prerrogativas afirma que desde as eleições de 2022 tem tentado mostrar que a parlamentar teria cometido estelionato eleitoral ao se candidatar por um estado com o qual jamais teve qualquer relação de afeto ou de intimidade. E diz ver uma “grande contradição” em suas decisões.
“O apetite e o apego que o casal Moro tem pelo poder só não é maior do que o cinismo e do que a hipocrisia com que ambos vem atuando na vida pública”, afirma o grupo, que é coordenado pelo advogado Marco Aurélio de Carvalho.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Está ficando cada vez mais engraçado. Empresários, políticos, advogados e jornalistas envolvidos na corrupção ou simpatizantes do PT, com entusiástica colaboração do TSE e do Supremo, lutam de todas as formas para destruir Sérgio Moro e Rosângela, assim como Deltan Dallagnol, mas não conseguem. Precisam entender que, na vida, tudo tem limites, até mesmo a canalhice. (C.N.)