Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

segunda-feira, março 11, 2024

Mauro Cid age como um mentiroso vulgar e pode perder a delação premiada


O que Mauro Cid ainda guarda de mais precioso | Metrópoles

Mauro Cid sempre mente com uma tremenda convicção

Carlos Newton

Fez sucesso no final de semana a reportagem de Marcella Mattos na revista Veja, revelando que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, vai retificar seus depoimentos anteriores, para dizer que nunca se referiu a um efetivo golpe de estado, demonstrando até contrariedade com o que chama de “interpretação” de seu relado no âmbito do acordo de colaboração firmado com a Polícia Federal.

Fica difícil acreditar numa maluquice dessas, especialmente porque a reportagem detalha que o tenente-coronel, em seu depoimento nesta segunda-feira, dia 11, pretenderia minimizar as propostas de teor golpista e dizer aos investigadores que jamais viu uma “minuta de golpe” sendo apresentada aos comandantes militares.

“CONSIDERANDOS” – Por essa versão, que carece de comprovação, segundo a repórter Marcela Mattos, em depoimentos anteriores o tenente-coronel relatou ter presenciado apenas a apresentação de “considerandos” aos comandantes, nos quais constavam decisões contrárias perpetradas pelo Supremo Tribunal Federal e pela Tribunal Superior Eleitoral contra Bolsonaro e tratadas pelo então presidente como “persecutórias”.

 A declaração mostra que Mauro Cid, além de mentiroso, é ignorante. Desconhece que são chamadas de “considerandos” as justificativas a serem feitas a decretos presidenciais.

Assim, antes do texto de qualquer o decreto (no caso, um decreto de Estado de Defesa), vem escrito que “considerando” isso, “considerando” aquilo, “considerando” o que diz a Constituição e “considerando” mais isso ou aquilo, “o presidente da República decreta”…

PRIMEIRO LUGAR – É inacreditável que Mauro Cid, primeiro colocado nos cursos de aperfeiçoamento militar, tenha presenciado o debate dos “considerandos” e não tenha visto ser discutida a minuta. Ora, os “considerandos” são a parte fundamental do decreto e a verdadeira essência do golpe, porque justificariam o Estado de Defesa, com fechamento temporário do Supremo, do TSE e do Congresso, novas eleições etc.

O tenente-coronel pode até dizer que na conspiração não se usava o termo “golpe”, porque o que se discutia eram saídas legais para uma crise que o próprio Executivo e as Forças Armadas fomentavam, pois onde já se viu militar permitir acampamentos na frente dos quartéis?

Mas tudo dele transpira mentira, trama, enganação. É a antítese do militar de verdade.

NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Cid dará nesta segunda-feira um novo depoimento aos investigadores. Será que desta vez vão perguntar como ficou rico nos EUA, em sociedade com o pai, Lorena Cid, e o irmão mais novo, Daniel Cid? Bem, se continuar mentindo e ficar embromando novamente, pode ser preso outra vez. (C.N.)


Em destaque

Artigo de Barroso revela que presidente do Supremo não gosta da Constituição

Publicado em 15 de janeiro de 2025 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Charge do Cazo (Blog do AFTM) Carlos Andreazza Es...

Mais visitadas