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sábado, abril 15, 2023

Justiça Eleitoral determina cassação e inelegibilidade de 8 anos a Crivella; defesa diz que vai recorrer




O ex-prefeito do Rio Marcelo Crivella é apontado como líder da organização criminosa conhecida como QG da Proprina

Em decisão da primeira instância, juíza condenou a chapa de Crivella, que concorria a reeleição para prefeitura do Rio de Janeiro em 2020, por abuso de poder econômico; defesa chama sentença de "absurdo"

Por Fernanda Pinotti

A Justiça Eleitoral condenou o ex-prefeito do Rio de Janeiro e atual deputado federal Marcelo Crivella (Republicanos-RJ) por abuso de poder econômico durante a disputa pelas eleições de 2020, quando ele tentava a reeleição à prefeitura.

Em decisão da primeira instância, a juíza declarou Crivella inelegível por oito anos subsequentes a 2020 e também determinou como pena a cassação do seu diploma como deputado federal.

Crivella e a candidata a vice-prefeita em sua chapa, tenente-coronel Andrea Firmo (Republicanos), foram condenados pelo financiamento com uso de recursos da campanha eleitoral para confecção de 1,5 milhão de panfletos que continham informações inverídicas sobre seu concorrente – e atual prefeito do Rio de Janeiro – Eduardo Paes (PSD).

Firmo também foi declarada inelegível por oito anos subsequentes a 2020 e condenada a ressarcir o valor integral e atualizado dos recursos públicos mal-empregados à Justiça Eleitoral.

A ação foi movida por Eduardo Paes e acatada em parte pela juíza que deu a decisão, já que esta não reconheceu a prática de abuso de poder político na chapa de Crivella, que também constava no pedido do atual prefeito.

O motivo da condenação está relacionado a distribuição de panfletos que apontavam uma aliança falsa entre Eduardo Paes e Marcelo Freixo (PSOL), além de associarem Paes a algumas fake news como o apoio à liberação das drogas, à legalização do aborto e à implementação de um inexistente “kit gay” nas escolas. Os panfletos foram adquiridos pelo CNPJ vinculado à conta da campanha eleitoral de Andrea Firmo.

A defesa de Crivella afirmou que a decisão não tem efeito imediato e que pretende recorrer. “Entre alguns absurdos da sentença irrazoável: uma juíza eleitoral que atua em eleição municipal não tem competência para cassar mandato de deputado federal”, diz a nota.

Nas redes sociais, o prefeito Eduardo Paes comemorou a decisão: “Aqui se faz, aqui se paga! Mentir e espalhar fake News é crime! Demora mas vem! Mentirosos, se preparem pq eu sou teimoso. Vou até o fim para a verdade ser restabelecida!”.

*Com informações de Luana Cataldi e Giovanna Bronze

CNN

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