Vicente Limongi Netto
Chega a ser hilário e patético o noticiário em torno dos ministros do presidente eleito. Políticos e o próprio Lula tratam do assunto como se estivessem escalando times de futebol para disputar uma “pelada”, ou, então, escolhendo o sabor da pizza que pedirão na lanchonete. Virou um samba da nota só, a cota.
É um verdadeiro deboche com a população, que deveria e merecia ser a mais ouvida e beneficiada com as escolhas. Os jornais informam que determinado eleito, senador ou deputado, merece ser premiado com algum ministério porque pertence “a cota do partido tal”.
MUITAS “EXIGÊNCIAS” – A televisão revela que o fulano será escolhido porque é exigência daquele partido que ajudou para a eleição de Lula. Colunistas garantem que beltrano vai ganhar ministério forte porque o partido dele tem bancada poderosa.
A especulação é grande em torno de políticos derrotados nas eleições, lembrados para cargos em escalões inferiores. Motivo: pertencem a partidos aliados do próximo governo ou são amigos do peito de figuras próximas a Lula. Quem tem padrinho, não morre pagão.
Por fim, permanecem duas perguntas, dentro do viciado, cretino e surrado presidencialismo brasileiro: 1) Quando, finalmente, anunciarão ministros que trabalharão para solucionar os imensos problemas que afligem a maioria esmagadora do povo? 2) Quando os ministérios passarão a ser escolhidos e conhecidos como legitimas cotas do cidadão?
HAVELANGE E PELÉ – Parabéns ao isento jornalista Silvestre Gorgulho, que destacou, no Correio Braziliense, o produtivo e extraordinário trabalho de João Havelange na presidência da FIFA. Gorgulho lembrou que Havelange abriu caminho para a participação de países da África, da Ásia e da Oceania em Copas do Mundo. Unindo nações através do futebol. Havelange deixou o cargo com mais países filiados na entidade do que a própria ONU.
Por fim, estamos orando pela recuperação do Rei Pelé, hospitalizado e passando momentos dramáticos. Deus e Maria no comando.