Departamento de Justiça dos EUA anuncia que vai investigar resposta da polícia durante chacina que resultou na morte de 21 pessoas em Uvalde.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, visitou neste domingo (29/05) o memorial às vítimas do massacre de Uvalde, no estado do Texas.
Em frente à escola básica de Robb, em Uvalde, Biden parou em frente a um memorial com 21 cruzes - uma por cada pessoa assassinada no massacre. Junto com a primeira-dama, Jill Biden, ele depositou um ramo de flores brancas no local.
Joe Biden assistiu depois a uma missa. Também estavam previstos encontros com os familiares das vítimas e com membros dos serviços de emergência,.
A visita do presidente americano a Uvalde foi a segunda viagem presidencial em poucas semanas para consolar famílias que perderam parentes em um massacre.
No dia 17 de maio, Joe Biden já tinha visitado Buffalo, no estado de Nova York, para se encontrar com as famílias das vítimas de um ataque racista que matou 10 pessoas num supermercado.
"Não se pode tornar os dramas ilegais, eu sei. Mas é possível tornar os Estados Unidos mais seguros", disse Joe Biden em um discurso no sábado, lamentando que "muitas pessoas inocentes tenham morrido".
"Então, estou pedindo a todos os americanos agora que se unam e façam com que suas vozes sejam ouvidas e trabalhem juntos para tornar esta nação o que pode e deve ser", disse o presidente.
Ainda neste domingo, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos informou que vai reavaliar a resposta das forças de segurança durante o massacre, que ocorreu na última terça-feira. Na ocasião, um jovem de 18 anos armado com uma pistola e um fuzil de assalto entrou na escola e abriu fogo contra os alunos. Posteriormente, foi revelado que os policiais que se deslocaram para atender a ocorrência demoraram mais de uma hora para entrar no prédio.
O porta-voz do departamento Anthony Coley disse que a avaliação será feita de uma forma justa, imparcial e independente e que as conclusões serão tornadas públicas.
As autoridades revelaram na sexta-feira que os estudantes e os professores suplicaram por ajuda aos operadores telefónicos dos serviços de emergência, tendo o comandante da polícia local pedido a uma dúzia de agentes para esperar num corredor da escola. Pais de alunos que estavam do lado de fora também suplicaram aos policiais para que o massacre fosse interrompido.
A revelação causou mais dor e levantou novas questões sobre se mais vidas foram perdidas devido à inação dos agentes.
Joe Biden ainda não se pronunciou publicamente sobre a resposta da polícia ao massacre.
Deutsche Welle