Publicado em 31 de maio de 2022 por Tribuna da Internet
Bruna Lima
Metrópoles
O grupo jovem da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, do pastor Silas Malafaia, prepara rodas públicas de conversas com jovens evangélicos para orientá-los sobre o voto em 2022.A iniciativa partiu de fiéis que têm cargos de liderança no grupo e desejam estimular um “pensamento crítico” para que os jovens eleitores “não sejam influenciados por outros ou nas faculdades”, conforme explicou um deles à coluna.
O início dos debates ainda não tem data definida, mas o grupo estipulou que irá ocorrer uma vez por mês, sempre antes dos cultos jovens, que ocorrem normalmente aos sábados. O assunto também será abordado na escola dominical, voltada para adolescentes menores de 18 anos.
DIZ A PESQUISA – O voto evangélico está sendo muito disputado. Pesquisa Datafolha publicada pela “Folha de S.Paulo” nesta sexta-feira (26) aponta que os evangélicos, tradicionais aliados do presidente Jair Bolsonaro, estão divididos na corrida presidencial de 2022.
No primeiro turno, 39% dos que se dizem evangélicos declararam intenção de voto em Bolsonaro, e 36% em Lula, enquanto Ciro Gomes (PDT) tem 6% e Simone Tebet (MDB), 2%.
No segundo turno, em caso de disputa entre Bolsonaro e Lula, 47% disseram que vão votar no presidente atual, e 45% disseram que vão votar no ex-presidente.
OUTRA PESQUISA – O pré-candidato Lula da Silva (PT) aumentou nas últimas semanas as referências religiosas em suas falas, em um movimento de contraponto ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e parte de uma ofensiva para tentar recuperar o espaço perdido pelo PT entre a população evangélica.
Lula liderava em março as intenções de voto entre os evangélicos com 39% contra 34% do atual presidente, de acordo com pesquisa Ipespe, mas no mais recente levantamento do instituto, da semana passada, os números estavam em 34% para o petista contra 48% para Bolsonaro.
A avaliação dentro do PT é que Lula tem sido prejudicado pela ação de algumas igrejas, especialmente de grandes grupos neopentecostais, com os chamados “pastores midiáticos” e a divulgação “fake news” contra o ex-presidente.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Não há necessidade de criar fake news sobre Lula. A respeito do passado, do presente e do futuro dele, basta falar a verdade. (C.N.)