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domingo, maio 02, 2021

Governo fez mais campanhas para propagar suas ações do que para esclarecer a população sobre Covid


Trecho de propaganda elaborada pela Secom sobre ações do governo

Daniel Gullino
O Globo

Um documento da Secretaria de Comunicação Social (Secom) mostra que o Executivo federal fez mais campanhas para fazer propaganda de suas ações do que para orientar a população sobre o combate à pandemia. A informação foi repassada à Casa Civil e deverá fazer parte da estratégia do governo de preparar sua defesa na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid.

No documento, a Secom lista 12 campanhas realizadas, a maioria simultaneamente na televisão, no rádio e na internet. Algumas das campanhas também foram veiculadas no exterior. Dessas, seis tiveram como objetivo principal divulgar medidas do governo, de acordo com a descrição apresentada.

PREVENÇÃO – Quatro delas foram destinadas a informar práticas de prevenção à Covid-19 e vacinação e duas divulgaram serviços do governo ligados à pandemia (um aplicativo com orientações sobre a doença e um programa de convocação de estudantes).

A maior parte das ações relatadas ocorreu no período no qual a Secom era comandada por Fabio Wajngarten. Senadores pretendem convocar o ex-secretário para a CPI da Covid, e cogitam uma acareação com o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Na semana passada, Wajngarten criticou, em entrevista à Veja, a atuação do Ministério da Saúde na compra de vacinas contra a Covid-19.

RELATÓRIO –  Na semana passada, o governo pediu a diversos ministérios um relatório de todas as ações tomadas no combate à pandemia. Cada ministério ficou encarregado de responder algumas das acusações feitas ao governo.

O Ministério das Comunicações, ao qual a Secom está subordinada, ficou encarregado de apresentar argumentos contra duas acusações: que o governo não promoveu campanhas de prevenção à Covid e que o governo não foi transparente e não elaborou um plano de comunicação de enfrentamento contra a doença.

SEM DETALHES –  No relatório, a Secom relata que foram gastos R$ 100 milhões no total das campanhas, mas não detalha quanto foi gasto em cada uma delas. Entre abril de dezembro foram 12 mil inserções na TV e 76.000 inserções no rádio. Parte das ações foram realizadas pelos Ministério da Saúde, da Cidadania e do Turismo, com recursos da Secom.

Entre as campanhas sobre ações do Executivo, uma delas foi sobre o “atendimento precoce”. A descrição da campanha diz que o intuito foi “divulgar o pacote de ações que o governo federal lançou nos estados e municípios para fortalecer os serviços de saúde durante a pandemia”.

O governo costumava divulgar o “tratamento precoce”, nome utilizado para falar sobre o uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19, mas nos últimos meses passou a falar em “atendimento” e dizer que o importante é o atendimento no início dos sintomas, e não o medicamento utilizado.

“PRESTAÇÃO DE CONTAS” –  Também houve uma “prestação de contas regional”, com os números de ações do governo em cada estado. As outras três campanhas trataram sobre “medidas do governo para amenizar os impactos da vida social e econômica do país”, “ações do governo federal realizadas para atenuar os efeitos da crise provocada pela pandemia de Covid-19” e “medidas do governo para enfrentar a situação e o momento atual da Covid-19”.

A primeira campanha de orientação, por outro lado foi realizada em março e abril, com informações sobre “práticas de prevenção e os sintomas da Covid-19”. Uma campanha complementar foi feita entre abril e junho, “de forma a intensificar a informação para a população sobre as práticas de prevenção e os sintomas da Covid-19”.

Em março e abril de 2021, uma nova campanha de “divulgação dos modos de prevenção, sintomas e medidas a serem adotadas”. Também em abril, está sendo realizada uma campanha sobre vacinação.

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