Luiz CalcagnoCorreio Braziliense
A manhã deste domingo contou com atos esvaziados em apoio ao presidente da República. Ainda assim, diversos manifestantes passaram pela Praça dos Três Poderes, garantindo um fluxo. Uma parte dos manifestantes se reuniu em frente ao QG do Exército, com faixas pedindo intervenção militar. Parte desse grupo se uniu posteriormente com os demais, em frente ao Palácio do Planalto.
Na manifestação do QG, os presentes pediam intervenção militar. Já na praça dos Três Poderes, os manifestantes colocaram duas grandes faixas, uma pedindo que os senadores reajam, e outra, complementar, pedindo o impeachment dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
MÚSICAS E BANDEIRAS – O movimento em frente ao Palácio do Planalto contou com músicas e bandeiras do Brasil, além de camisas amarelas. Os manifestantes se mostraram arredios com a imprensa, e chegaram a dizer que o movimento enfraqueceu por culpa dos repórteres. Perto do fim, pessoas também distribuíram santinhos também pedindo “intervenção militar para Bolsonaro governar”.
No panfleto, o texto pede a saída dos ministros do STF, que seriam substituídos por indicados do presidente, e também a substituição de todos os parlamentares por suplentes, além da “criminalização do comunismo”.
Os apoiadores do presidente que concordaram em conversar com a imprensa apresentaram a própria narrativa contra o inquérito das fake news. As investigações correm a mando do STF, e resultaram na quebra de sigilo bancário de deputados federais apoiadores de Jair Bolsonaro. Os apoiadores do presidente falam em “quebra da liberdade de expressão” e em “ditadura do judiciário”.
FAZENDO RESSALVAS – Alguns dos apoiadores porém, ressaltaram a importância de apoiar o presidente da República, mas se posicionaram contrários aos ataques às instituições promovidos abertamente há cerca de duas semanas. Um deles, André Luiz dos Santos, 60 anos, disse que é de Minas Gerais, e está em Brasília desde segunda. Ele se acorrenta simbolicamente em uma haste de madeira com um baner de combate racismo e outro com imagem do presidente e de ministros do STF.
Ele disseque apoia o presidente enquanto acreditar que Bolsonaro age corretamente. “Meu partido é o futuro dos meus filhos e dos meus netos. Quero um país livre, em que todos possam comer. Sou contra as fake news e não quero um país de petistas e nem de fascistas. E se o presidente agir mal, serei contra”, afirmou.