Willy Sandoval
Está cheia de furos a proposta de reforma previdenciária do ministro Paulo Guedes. Só para dar um exemplo, funcionário público, desde de 1994, já contribui com mais de 11% (do salário cheio, digamos um bom salário de uns R$ 25 mil) todo mês para a Previdência. Tem uns 55 anos, vai dentro de pouco tempo (menos de 3 anos) atingir todas as condições estabelecidas (e que já foram restringidas pela reforma de 2003) para ter direito à integralidade e paridade.
Pela reforma do Guedes, este servidor vai ter que esperar até os 65 anos ou por regras de transição ainda incertas, vai ter que continuar trabalhando uns 2, 3, 4 ou 5 anos a mais.
CAPITALIZAÇÃO – Se fosse considerar um regime de capitalização como proposto pelo Guedes já faria jus com certeza à sua integralidade e paridade, ou então ter de volta pelo menos uns 3 milhões de reais e ainda se aposentar dentro dos limites da previdência comum. (Não sei fazer cálculo atuarial, mas com certeza não devo estar muito errado no chute).
Outros furos ainda estão presentes na proposta, mas acho que são mais “bodes na sala” prontos para serem retirados, de forma a aprovar o principal.
PANTOMIMA – Aí vem esses idiotas petralhas e fazem toda essa algazarra na Comissão da Câmara. Minha opinião é que só fizeram fortalecer a posição do ministro Guedes, um verdadeiro tiro no pé para aqueles que acham que essa resistência petralha vai impedir a reforma que eles querem atacar. Até mesmo porque, a maioria dos governadores petistas do Nordeste são a favor da reforma, só não declaram isso abertamente porque a própria presidente Dilma já fez uma boa parte do serviço criando os fundos de capitalização para funcionários públicos federais que ingressaram após 2013.
Essa resistência toda não passa de pura pantomina, hipocrisia e grosseria mesmo! Não colabora em nada para que se corrijam as injustiças, incompetência e ladroagem que anos a fio só tem servido para maracutaias politicas e para enriquecimento dos banqueiros.