Mateus FagundesEstadão
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, afirmou nesta quarta-feira, dia 17, em palestra na Congregação Israelita Paulista (CIP), em São Paulo, que a liberdade de expressão “não deve servir à alimentação do ódio, da intolerância, da desinformação”, acrescentando que “essas situações representam a utilização abusiva desse direito (da liberdade de expressão).”
As declarações foram feitas dois dias após o ministro Alexandre de Moraes, também do STF, mandar tirar do ar a reportagem “O amigo do amigo do meu pai” do site O Antagonista e da revista Crusoé, que citava o presidente da Corte. O “amigo do amigo do meu pai” seria Toffoli, no relato feito pelo empresário Marcelo Odebrecht à Lava Jato.
CAPÍTULO TRISTE – Na sua fala, Toffoli disse ainda que a liberdade de expressão é um dos grandes legados da Constituição de 1988, que “rompeu definitivamente com um capítulo triste de nossa história em que essa liberdade, dentre tantos outros direitos, foi sonegada ao cidadão”.
“Se é certo que a liberdade de expressão encerra vasta proteção constitucional, não menos certo é que ela deve ser exercida em harmonia com os demais direitos e valores constitucionais”, acrescentou ele.
A presença do presidente do Supremo em evento da Congregação Israelita Paulista reuniu grupos contrários e favoráveis ao tribunal.
PROTESTO – Na calçada em frente à CIP, na Rua Antônio Carlos, um grupo de cerca de dez pessoas protestou contra Toffoli. Eles carregavam bandeiras do Brasil e gritavam palavras de ordem como “STF vergonha nacional” e “Fora, Toffoli”.
Durante a palestra de Toffoli, foi possível ouvir de dentro do prédio as manifestações na rua. Eles não quiseram conversar com a reportagem, mas disseram ser membros do grupo Ativistas Independentes. Na saída do evento, o grupo tentou atingir com tomates o carro em que Toffoli estava.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Daqui para frente, a coisa vai piorar, até chegar a ponto de determinados ministros não mais conseguirem sair em público nem viajar em aviões de carreira, como diria o Barão de Itararé. Terão de sair da vida pública para entrar na privada. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Daqui para frente, a coisa vai piorar, até chegar a ponto de determinados ministros não mais conseguirem sair em público nem viajar em aviões de carreira, como diria o Barão de Itararé. Terão de sair da vida pública para entrar na privada. (C.N.)