Posted on by Tribuna da Internet
Amanda Almeida e Natália PortinariO Globo
Dois agentes de segurança da Presidência da República que atendem a ex-presidente Dilma Rousseff foram os funcionários do Poder Executivo com maiores gastos individuais em viagens a serviço nos 100 primeiros dias de 2019. Ao custo de R$ 166,9 mil para os cofres públicos, os servidores a acompanharam em viagens pelo Brasil, na Espanha e nos Estados Unidos. Foram 101 diárias e 14 passagens aéreas.
Desde junho de 1994, um decreto instituiu o direito de ex-presidentes manterem quatro funcionários e dois veículos oficiais para segurança, custeados pela União. Na função de proteger a ex-presidente, Leandro Augusto Anderson e Jaiton Cardoso dos Santos viajaram com ela em janeiro a Nova York (EUA) e Sevilha (Espanha); em fevereiro, a Fort Lauderdale (EUA), Campinas (SP) e Porto Alegre (RS); e em março, a Belo Horizonte (MG), Brasília (DF) e São Paulo (SP).
HÁ SIGILO – O governo federal divulga dados das viagens em exercício dos servidores em seu Portal da Transparência. Parte dos gastos, porém, é classificada como sigilosa e não tem detalhes publicados. Santos e Anderson estão no topo da lista considerada pública. O Poder Executivo gastou, ao todo, R$ 117,9 milhões, com 97.251 viagens de funcionários de janeiro até hoje. O cálculo não considera, porém, gastos com o cartão corporativo da Presidência da República.
Procurada, a assessoria da ex-presidente disse que “ela (a ex-presidente) viajou para fora do país a convite de entidades e organizações internacionais”. Participar desses eventos se tornou parte da estratégia política da ex-presidente, depois que ela sofreu o impeachment em 2016.
O PT passou a pregar, no exterior, ter sido vítima de um golpe de sua oposição. Depois que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi preso no ano passado, Dilma e outros petistas também passaram a usar esses eventos internacionais para repetir o discurso de que a condenação dele ocorreu sem provas.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Em tradução simultânea, trata-se de uma situação insólita, com o governo brasileiro a financiar a deterioração da imagem do país no exterior. É preciso rever esse sistema de dar “segurança” e mordomias. Cada ex-presidente tem hoje direito a oito servidores – são quatro seguranças, dois motoristas com carros blindados e dois assessores pessoais de livre nomeação, escolhidos por eles. Isso tem de acabar, porque o exemplo tem de vir de cima, dizia-se antigamente. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Em tradução simultânea, trata-se de uma situação insólita, com o governo brasileiro a financiar a deterioração da imagem do país no exterior. É preciso rever esse sistema de dar “segurança” e mordomias. Cada ex-presidente tem hoje direito a oito servidores – são quatro seguranças, dois motoristas com carros blindados e dois assessores pessoais de livre nomeação, escolhidos por eles. Isso tem de acabar, porque o exemplo tem de vir de cima, dizia-se antigamente. (C.N.)