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sexta-feira, julho 02, 2010

Diabetes é desafio para saúde pública

Maria Rocha

O Brasil e o México estão entre os 10 países do mundo com maior população sofrendo de diabetes. Pesquisas apontam que a doença é a responsável por mais de 9% de todos os óbitos na população adulta na região da América do Sul e Central e o mais preocupante é que, essa perspectiva tende a aumentar nos próximos 20 anos em 65%. Conforme especialistas participantes da Conferência sobre Diabetes para América Latina realizada até hoje no Hotel Pestana, o diabetes, juntamente com outras doenças não-transmissíveis, são considerados os desafios para a saúde pública no século XXI.

O encontro, que reúne autoridades de diabetes de 34 países, tem o objetivo de encorajar os governos de todo o mundo, os elaboradores de políticas e os órgãos de financiamento a priorizar a prevenção e os cuidados, permitindo a implementação de soluções sustentáveis e de longo alcance.

O acelerado crescimento nas taxas de diabetes e outras doenças são atribuídas ao rápido crescimento econômico e ao aumento da urbanização que paralelamente, aumentam os padrões de vida das pessoas. A disseminação intensa da diabetes está associada ainda a uma série de hábitos de estilo de vida indesejáveis, como: redução de atividades físicas, ingestão de alimentos processados, tabagismo e abuso de bebidas alcoólicas.

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que as doenças crônicas são a causa de morte de 35 milhões de pessoas a cada ano, ou 60% de todos os óbitos a nível mundial. O elevado número assusta e é considerado por especialistas como uma epidemia dos últimos 20, 30 anos.

Para a epidemiologista Maria Inês Schimidt também pesquisadora sobre síndrome metabólica, diabetes gestacional prevenção e detecção precoce do diabetes, a incidência está aumentando porque a população mudou drasticamente a alimentação. “A ingestão de alimentos processados, falta de exercícios físicos e o excesso de mecanização do mundo moderno (uso do controle remoto para basicamente tudo) tem contribuído para as pessoas ficarem cada vez mais sedentárias”, completou Schimidt.

Ainda de acordo com a médica, a facilidade que se desenvolve o transporte público fez com que as pessoas deixassem de caminhar. A agitação diária contribui cada vez mais para que a população passe a ingerir mais gorduras saturadas, calorias e deixem de lado alimentos mais saudáveis rico em fibras. “A pessoa não adoece sozinha, ela é parte da sociedade. Cada um de nós deve se alimentar melhor e se exercitar mais”, ressaltou a médica.

Segundo o cientista e professor adjunto associado no Departamento de Epidemiologia da Universidade da Carolina do Norte, Bruce Duncan, o Brasil está engordando e ficando diabético de maneira mais rápida que os países desenvolvidos.

“A quantidade de pessoas com diabetes cresce rapidamente e não sabemos como controlar é uma epidemia. É uma emergência em saúde pública em câmera lenta”, assinalou.

Fonte: Tribuna da Bahia

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