MÍDIA E CAMPANHA ELEITORALEliminado o Brasil da Copa da África do Sul, os holofotes da mídia se voltaram para o noticiário criminal com o sumiço de Elza Samudio, envolvendo Bruno de Souza, goleiro do Flamengo, time de maior torcida no Brasil, e para o assassinato da advogada Mércia Nakashima, pesando como suspeito o seu ex-namorado Mizael Bispo de Souza, advogado em São Paulo.Em ambos os casos a Polícia parece mais “cego em meio tiroteio”. No caso Mizael ele teve sua prisão temporária decretada e revogada, permanecendo Bruno sob prisão preventiva. Até agora, em ambos os casos, nada conclusivo e os Delegados encarregados em busca de notoriedade atiram para todo lado. O caso Elza Samudio revela maior complexidade pela não localização do corpo e pelos desencontros dos depoimentos de um menor parente do goleiro. Em relação ao caso Nardoni, nos casos Brunos e Mizael a mídia demonstra uma conduta mais ética, sem a pretensão de ser inquisidora, juiz e verdugo. Apenas vem noticiando os fatos sem tentar desmoralizar a versão de cada acusado ou convencer a opinião pública da responsabilidade criminal de cada um. Se os acusados serão ou não condenados, isso ficará para o Judiciário, prevalecendo o princípio da presunção de inocência até o trânsito em julgado da sentença penal. Brasil desclassificado, os casos Elza Samudio e Mércia Nakashima deixaram o noticiário político em segundo plano até em relação à campanha dos presidenciáveis. O Vox Populi divulgou pesquisa recente com uma vantagem de 8% de Dilma sobre serra e o Datafolha divulgou outra com empate técnico, com Serra levando uma vantagem de 1% sobre Dilma. É tempo de pensar em política e nas próximas eleições quando serão eleitos o Presidente e o vice, o Governador de cada Estado e do Distrito Federal e seu respectivo vice, parte do Senado e os Deputados Federais e Estaduais. Nos últimos tempos os políticos não estão mais chamando a atenção. Há um descrédito generalizado, o que não é justo, diga-se, por não ser possível confundir o político republicano com políticos oportunistas. É preciso separar o joio do trigo. Duro é conseguir reunir pessoas para ouvir os políticos. Aqui em Paulo Afonso a coisa anda morna. O lançamento da candidatura de Luís de Deus a Deputado Federal com a presença do candidato a Governador Paulo Souto e dos candidatos ao Senado se fez em ambiente fechado, no Clube Olímpico, mesmo palco do lançamento da candidatura de Raimundo Caíres no domingo (25.07). Raimundo, pelo que tenho conhecimento, fará o lançamento de sua candidatura em dobradinha com seu candidato a Federal, sem a presença do candidato a Governador pelo PMDB. Creio que os cartuchos de mobilização ficarão para um grande comício. No Brasil, o sistema para eleição do Deputado Federal ou Estadual é o proporcional. Pelo sistema, o candidato pode receber voto em qualquer Município do Estado e depois disso é feita uma complexa operação aritmética para encontrar a proporcionalidade, ou seja, obtido o quociente eleitoral, em razão da votação de cada partido ou coligação, se saberá o número de Aqui encontramos uma particularidade. Se o candidato é de Paulo Afonso, ele terá que fazer dobradinha com candidato a outro cargo proporcional de outra região para troca de votos, seja candidato a Federal ou Estadual, uma vez que o colégio eleitoral de Paulo Afonso é insuficiente para eleger um Federal ou um Estadual, a depender do quociente eleitoral. A exceção em Paulo Afonso é para as candidaturas dos Negromontes, Mário e Mário Júnior que sairão em dobradinha.O que temos visto é o candidato local dizer para o candidato de outra região com que fará dobradinha que Paulo Afonso honrará o compromisso de votar em massa. Ora, nenhum candidato é dono do pedaço para fazer compromisso em nome do Município de Paulo Afonso ou outro qualquer. Ele deve fazer o compromisso pessoal de arregaçar as mangas para obter votação expressiva como compensação com a votação que receberá na região do candidato de sua dobradinha. Quem decide o voto é o eleitor e não o candidato. Outra aberração eleitoral é a falta de coerência nas coligações brancas. Candidato a deputado pelo PT que tem candidato a Governador faz dobradinha com candidato do DEM, PMDB, PP e outras legendas, o mesmo acontecendo na ordem inversa, quando a lógica política poderia suportar dobradinha apenas entre dois candidatos da mesma legenda ou coligação. Como o nosso sistema é proporcional, há uma pulverização dos votos. Abertas as urnas (sentido figurado), aparece nome de candidato de tudo quanto é de lugar e a explicação é simples. Como o candidato pode ser votado em qualquer Município, no Município onde não for sua base de apoio, ele arregimenta lideranças e em troca de pecúnia e vai à procura de votos como a galinha que de grão em grão enche o papo, prejudicando cada candidatura local. Em alguns casos a cata aos votos decorre de relação de parentesco ou amizade, são as exceções. Em alguns países o sistema é por distrito eleitoral e ai reside um defeito grave, do distrito se tornar em feudo. Outra hipótese é o sistema misto. No sistema misto um número de cadeiras é preenchido por distrito e outro número é pelo sistema proporcional. O sistema misto me parece o mais democrático. JÂNIO SOARES. Janinho como é conhecido, além de ser um bom papo, gente boa, de ter trânsito livre entre os diversos segmentos da sociedade, revela cada vez mais sua capacidade de criar. O espaço reservado para o São João em Paulo Afonso é um bom exemplo. Tenho certeza que um dia ele sairá da periferia para se colocar no centro. Procurou-se diminuir a importância do empreendimento com a acusação de que o telão instalado pela Prefeitura seria de sua propriedade. Denuncismo sem legitimidade. Como o Brasil é o País do Futebol, é obrigação do gestor público municipal locar e instalar telão em praça. A praça é do povo como o céu é do condor. EMILIANO JOSÉ. Emiliano fez o lançamento de sua candidatura a Deputado Federal em Salvador recebendo o apoio do ex-governador e ex-ministro Waldir Pires e do segmento artístico da Capital baiana. Todo peso pesado da situação estadual se fez presente. Emiliano pelo seu compromisso e militância é realmente um político republicano. Outra candidatura republicana é de Lídice da Mata, candidata ao Senado na coligação PPS e PT que tem como candidato a governador Jaques Wagner.
Paulo Afonso, 24 de julho de 2010.
Montalvão.
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