Fernanda Chagas
Sobre a disputa polarizada entre o deputado federal Walter Pinheiro e o ex-governador Waldir Pires para ocupar uma das vagas ao Senado na chapa majoritária petista, o governador Jaques Wagner (PT) não mediu palavras e reafirmou ontem sua predileção pela indicação de Pinheiro. Em entrevista ao Programa Balanço Geral, Wagner assegurou que não irá interferir na escolha e deixou a decisão a cargo do partido. Contudo, destacou em alto e bom som que “no cenário político de hoje, para essa disputa que a gente vai enfrentar, o melhor nome é Pinheiro”.
O líder petista reforçou ainda que, embora Waldir seja “um cara fora de série”, denso intelectualmente e de biografia irrepreensível, o “nome mais adequado para enfrentar a disputa e vencer é o de Pinheiro”. Por fim, Wagner deixou, no sentido literal da palavra, o pepino nas mãos do Partido dos Trabalhadores. “São dois craques para colocar em uma posição. Esse é um bom problema que o PT tem”.
O partido, por sua vez, depois de reunir a executiva estadual, sentou-se, anteontem, à mesa com os postulantes ao Senado. “O partido tem clareza dos seus objetivos e está consciente de que a unidade é a chave da vitória”, afirmou Jonas. O dirigente do PT baiano disse ainda estar otimista e convencido de que não há condições de se travar qualquer tipo de disputa interna.
“Não faz sentido expor histórias, trajetórias que constituem o patrimônio político do estado e lideranças de expressão nacional para disputar um cargo que é acessório na nossa estratégia”, defendeu. Ele reiterou que a prioridade política é a vitória de Dilma nacionalmente, com ampla margem na Bahia, e a reeleição de Wagner no estado. No início da próxima semana, haverá uma reunião conjunta das bancadas federal e estadual com a comissão política.
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