Adriano Villela
No comparativo com a rodada passada, em janeiro, Wagner caiu três pontos (estava com 44%), Souto subiu de 29% para 32% e Geddel foi de 8% para 9%. Na visão do cientista político Joviniano Neto, os números do Vox Populi e de outros institutos mostram o governador tranquilo para ou ir para o segundo turno ou vencer logo na primeira rodada. “A dúvida, hoje, é se haverá ou não segundo turno”, avalia. “O mais importante é a pesquisa espontânea, que mostra o voto já consolidado”.
BIPOLARIZAÇÃO - Na opinião do cientista político Paulo Fábio Dantas, a sondagem indica na Bahia uma continuidade da tendência da campanha atual repetir 2006, que teve disputa bipolarizada, e não do cenário do pleito de 2008, em Salvador, com três candidaturas com reais chances de vitória.
Joviniano Neto avalia que, entre os principais concorrentes, apenas o peemedebista Geddel Vieira Lima não tem o que comemorar. Segundo ele, apesar de estar atrás de Wagner, Paulo Souto conta com vantagens, como o recall de ter sido governador e o fato de integrar um grupo político que até 2006 era o mais forte na política baiana.
O professor entende que o ex-ministro corre o risco de não ser identificado em nenhum dos dois pólos (do grupo do presidente Lula ou da oposição nacional). “O que resta a ele é fazer como está fazendo: viajar pela Bahia para disputar o voto interiorano”, ressalta. A diferença da votação entre a estimulada e a espontânea aponta o campo de eleitorado não consolidado, portanto são os votos passíveis de serem conquistados por estratégias como a do ex-ministro.
Quadro não está consolidado
“O quadro ainda não está consolidado. Ainda nem começou a campanha”, adverte Paulo Fábio, para quem há uma continuidade nas pesquisa no sentido de um confronto entre Wagner e Souto em torno das eleições estaduais.
A fim de chegar a um entendimento mais completo sobre o quadro baiano, Paulo Fábio espera sondagens para a eleição ao Senado, cujas chapas ainda nem estão completas.