Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

sexta-feira, maio 21, 2010

Sobe a temperatura

Carlos Chagas

Resta saber quais as sanções que nas próximas horas os Estados Unidos proporão contra o Irã, no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Pelo jeito serão econômicas e militares, na medida de uma suposta iniciativa contra o Banco Central do país dos aiatolás, mais restrições a exportações e importações, incluindo também o assalto e a fiscalização forçada de navios de qualquer bandeira com destino aos portos iranianos. O motivo será saber se transportam material capaz de servir a atividades nucleares, confiscando-os.

Apesar de a Secretária de Estado, Hillary Clinton, haver anunciado o apoio da China e da Rússia, junto com França e Inglaterra, para as sanções, o governo de Pequim ressalvou que não concordará com iniciativas capazes de prejudicar o povo iraniano. A declaração presta-se a variadas interpretações, restando aguardar a reunião do Conselho de Segurança.

De qualquer forma, ficou claro que as potências nucleares deram de ombros para o acordo firmado entre os presidentes do Brasil e do Irã, mais o primeiro-ministro da Turquia. Foi como se eles não se tivessem encontrado, uma demonstração a mais de que o mundo continua dividido entre os que agem e os que conversam. E agem e conversam por irônica singularidade: porque uns possuem bombas atômicas e outros estão proibidos de possuir…

Caindo na real

Durou pouco a euforia do chanceler Celso Amorim diante do acordo de Teerã. Mais uma vez o planeta não se curvou diante do Brasil. Sequer valeu a informação do ministro de que os chanceleres da Rússia e da China haviam elogiado os entendimentos com o presidente Ahmadinejah. Primeiro, porque não foram eles que se dirigiram ao colega brasileiro, mas este quem tomou a iniciativa telefônica de procurá-los. Depois, porque, mesmo com ressalvas, aqueles dois países apóiam as sanções contra o Irã. Ainda não foi dessa vez que o espírito do Barão do Rio Branco baixou no ministério das Relações Exteriores.

Acresce que não terá o menor valor a carta que Amorim pretende mandar aos integrantes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, exigindo que interrompam suas reuniões em Nova York, por conta do acordo com o Irã.

Quanto ao “ministro do B”, Marco Aurélio Garcia, continuou em seus devaneios, imaginando nosso ingresso no grupo G-5 + 1. Assim como em certos clubes fechados, nesse grupo não se pede para entrar: é preciso ser convidado.

Nessa novela de sucessivos capítulos, só o presidente Lula parece manter o bom-senso. Chamado a se pronunciar sobre a iminência de o Conselho de Segurança anunciar sanções contra o Irã, pediu tempo para maturar as notícias, primeiro.

Rescaldos perigosos

Estando o Irã na ordem do dia, vale contar por enquanto a metade de uma historinha que, felizmente, não se transformou em episódio explosivo. Meses atrás, quando o presidente Ahmadinejah estava para chegar ao Brasil, um general da ativa exasperou-se e começou a consultar juristas. Obteve de um deles, ministro de um tribunal superior, a opinião de que o visitante poderia ser preso assim que pisasse o território nacional. Conforme o direito internacional, ele seria réu confesso de crime contra a Humanidade, ao anunciar a disposição de varrer Israel do mapa. Bastaria encontrar um juiz que lavrasse a sentença.

O referido general chegou a estabelecer contacto com o responsável por uma unidade militar, capaz de executar a missão ainda no aeroporto de Brasília. O coronel parece que saltou de banda e comunicou a estranha sondagem a seus superiores. Coincidência ou não, foi para o espaço a singular operação…

Reincidência calculada

Pela terceira vez o Tribunal Superior Eleitoral multou o presidente Lula, por fazer campanha eleitoral antecipada. E nem entrou em pauta, ainda, a representação do PSDB contra o recente programa de propaganda partidária gratuita, onde ficou explícita a postura presidencial favorável à candidatura Dilma Rousseff.

Pelo jeito, as transgressões e as multas se sucederão como as ondas que batem na praia. É perigosa a impressão que o presidente Lula pode estar dando, de reincidir na prática ilegal. Melhor pagar a multa e continuar fazendo campanha? Até porque, quem paga é o PT?

Nos juízos singulares e nos tribunais superiores as sentenças são acrescidas quando se trata de reincidência. No caso de crime eleitoral, a justiça se limitaria a aumentar o valor da multa? Ou poderia aplicar outras penalidades?

Fonte: Tribuna da Imprensa

Em destaque

PSB quer apoiar Lula disputando a reeleição com Alckmin de vice

Publicado em 15 de janeiro de 2025 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Siqueira diz que Alckmin deve ser mantido na chap...

Mais visitadas