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sábado, maio 08, 2010

Políticos contestam relação de Fichas Sujas

Evandro Matos

Sobre matéria publicada na edição desta ontem na Tribuna da Bahia, que apresentou os nomes dos parlamentares baianos incluídos na lista de “Ficha Suja” no site da ONG Transparência Brasil, o deputado federal e presidente estadual do PP, Mário Negromonte negou as acusações e fez questão de esclarecer os motivos que levaram o seu nome a estar inserido na referida lista.

Demonstrando irritação com o episódio, ele afirmou que nada tem a ver com o Caso das Ambulâncias, que aconteceu há quatro anos. “À época, um deputado do PP conversava com um dos diretores da empresa que fornecia as ambulâncias. No meio da conversa, que foi gravada pelo Ministério Público de Mato Grosso, o deputado citou o meu nome, dizendo que eu tinha sido eleito líder do partido”, explicou, ao afirmar que “pegaram a relação das pessoas que foram denunciadas e não acompanharam o processo”.

Para tentar provar a própria inocência, o líder progressista foi mais incisivo, afirmando que foi inocentando tanto pela própria Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou o escândalo das sanguessugas na Câmara, quanto pelo Ministério Público e a Procuradoria Geral da República. “Tenho documentos da CPI dizendo que não existia nada contra o meu nome. Eles investigaram tudo e não encontraram nada. Não respondo a nenhum processo no Supremo e a Procuradoria Geral da República e o Ministério Público mandaram arquivar tudo por falta de provas”, enfatizou.

Pedindo para que fossem restabelecidas a sua boa fé e inocência, Negromonte disse ainda que é a favor do projeto Ficha Limpa que está tramitando na Câmara dos Deputados, tanto que votou favorável à sua aprovação nesta semana. “Não tenho nada a temer e vou exigir que retirem o meu nome dessa relação (web). Votei pela aprovação do Projeto Ficha Limpa e vou continuar apoiando”, completou o líder do PP, ao afirmar ainda que sua vida estava “muito mais limpa do que a de muita gente por aí afora”.

Josias Gomes também reage

O ex-deputado federal Josias Gomes (PT) também reagiu e desqualificou o levantamento do site Transparência Brasil. Seu nome é citado na lista por ter sido investigado pela CPI do Mensalão, em 2005, com acusação de ter sacado duas vezes R$50 mil no Banco Rural de Brasília sem justificar a origem do dinheiro. Ontem, Gomes entrou em contato com a Tribuna da Bahia explicando que não existe nada contra o seu nome e “nenhum processo tramitando na Justiça”.

“O levantamento do site Transparência Brasil está equivocado. Não tem nenhum processo contra mim, seja do Mensalão, na Justiça da Bahia, em Brasília ou em qualquer Tribunal”, frisou Gomes. De fato, na relação dos 40 nomes indiciados pelo então Procurador-Geral da República, Antônio Fernandes de Souza, não consta o nome do ex-deputado baiano. Ele ameaçou renunciar ao cargo, mas acabou desistindo. Em maio de 2006, julgado no Plenário da Câmara dos Deputados das acusações por quebra de decoro parlamentar, a maioria (228) votou pela sua cassação, conforme recomendação do Conselho de Ética, mas os votos foram insuficientes - seriam necessários 257.

Foram citados ainda na lista os ex-deputados federais Coriolano Sales (PSDB), Guilherme Menezes (PT), Reginaldo Germano (PP) e Zelinda Novaes (PFL), além do ex-senador Rodolfo Tourinho (PFL). A matéria revelou ainda que na votação dos destaques da proposta que proíbe a candidatura de políticos condenados pela Justiça na Câmara, na última quarta-feira, 43 deputados votaram a favor de mudanças que inviabilizariam o Projeto Ficha Limpa, entre eles, os baianos José Rocha (PR), Marcelo Guimarães Filho (PMDB), Mauricio Trindade (PR) e Raimundo Veloso (PMDB). Nenhum deles foi localizado para falar sobre o assunto.

Fonte: Tribuna da Bahia

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