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A advogada Jorgina de Freitas, conhecida por causar um rombo sem precedentes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) na década de 1990, foi condenada a devolver R$ 200 milhões aos cofres públicos.
A decisão é da 27ª Vara Federal do Rio de Janeiro, que também condenou o contador Carlos Alberto Mello e manteve o bloqueio de todos os bens dos envolvidos na fraude para a realização de leilão.
Até agora, mais de R$ 69 milhões subtraídos no golpe contra a Previdência já foram devolvidos. O valor total do desvio seria da ordem de R$ 500 milhões, mais de 50% de toda a arrecadação do INSS à época.
Jorgina e outras 19 pessoas foram denunciadas em 1991 por crimes contra o patrimônio do INSS nas cidades de São João de Meriti, Caxias e Vassouras (RJ). A quadrilha fraudava documentos para autorizar o pagamento de indenizações por acidentes de trabalho.
A advogada foi condenada a 14 anos de prisão em 1992, mas fugiu para a Costa Rica, onde ficou até 1997. Ela era considerada a mulher mais rica do país, cuja fortuna representava 10% do Orçamento anual costarriquenho. Jorgina foi recapturada pela Justiça brasileira em 2008.
Recentemente, o STF (Supremo Tribunal Federal) negou recurso da advogada para apelar da sentença que a condenou pelas fraudes contra a Previdência. Atualmente, Jorgina de Freitas cumpre pena em regime semiaberto em uma penitenciária localizada em Bangu, na zona oeste do Rio.
Fonte: Agora