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segunda-feira, maio 10, 2010

Carro zero financiado varia até R$ 6 mil. Veja como calcular preço final

Pedro Levindo | Redação CORREIO

O cliente que entra com pressa na concessionária e pede logo o financiamento mais barato corre o risco de sair perdendo dinheiro. Isso foi comprovado pelo Proteste – Associação Brasileira de Defesa do Consumidor. A organização foi a bancos e concessionárias e constatou que o custo efetivo total (CET) – o valor pago pelo bem adquirido ao final do empréstimo - é,em geral, menor em bancos do que nas concessionárias.

Para carros de valor semelhante, financiados com 40% de entrada e divididos em 24 parcelas, o CET nas concessionárias variou entre 23,48% e 41,75%. Ou seja, o consumidor pagou entre 23,48% e 41,75% a mais do que o valor do bem ao final do financiamento. Nos bancos, porém, os CETs verificados foram menores - variaram de 20,63% a 39,32%, consideradas as mesmas condições.

A variação entre o menor CET nos bancos e o maior nas concessionários chega a 21,12 pontos percentuais. Num carro de R$ 30 mil, por exemplo, esses 21,12 pontos representam diferença de R$ 6,3 mil.

COMISSÕES
Para o vice-presidente e diretor de pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira, há um motivo por trás dessa variação. Segundo ele, as concessionárias ganham um “rebate”, ou comissão, sobre cada financiamento fechado. “A concessionária pode induzir o consumidor a pegar o financiamento mais caro, e que, portanto, pague a melhor comissão para a loja”, diz.

“Não se pode entrar na concessionária e perguntar ao vendedor qual a melhor taxa. As revendedoras trabalham com quatro, cinco bancos. O cliente deve pedir as condições de todos e ver qual o melhor”, ensina.

“O vendedor sempre quer o melhor negócio, mas, para ele, não necessariamente para o consumidor”, diz a economista Hessia Costilla, do Proteste. “O cliente tem de ir a concessionárias e bancos, pedir simulações e depois comparar o CET de cada opção e escolher a melhor para seu bolso”. Segundo Hessia, o consumidor deve ir ao banco primeiro, pois a maioria já tem um relacionamento com a instituição e pode, portanto, conseguir taxas melhores.

Ela pontua, entretanto, que nem sempre os bancos terão as melhores condições. “A vantagem de hoje não é regra geral. A pesquisa mostra a situação atual. É possível que amanhã seja diferente”, destaca.

Outro ponto que a pesquisa levantou foi a questão do juro zero anunciado por muitas montadoras e concessionárias. Segundo o Proteste, o juro zero só existe em casos raros, em que o carro é mais caro e os prazos de financiamento são menores, como, por exemplo, de 12 meses. O Proteste explica ainda que o cliente nunca pagará apenas o valor do bem se esse for parcelado, pois há sempre taxas, como as de abertura de crédito ou administração.

DEFESA
O diretor regional da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Luiz Pimenta, rebate as conclusões do Proteste. “Isso não existe. Hoje, o juro mais barato do mercado é justamente o de automóveis. A maioria das concessionárias, inclusive, tem bancos próprios, que praticam taxas menores”, afirma. “O consumidor tem muita informação. Ele sempre procura o melhor negócio, pois há muita oferta no mercado”, completa.

Pimenta também confirma que o juro zero não existe mesmo. “Ninguém empresta dinheiro sem juros”. Ele relata que há maneiras de a loja compensar o dinheiro do juro. “Nesses casos, a concessionária dá um desconto menor e divide em menos parcelas”.
Fonte: Correio da Bahia

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