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sexta-feira, abril 17, 2009

Jô Soares, suas velhinhas e o ódio de classe contra Lula

O jornalista Mino Carta, outro dia, em sua revista CartaCapital (15/04/2009), lembrou que “Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da República mais popular da história do Brasil, segundo a mídia brasileira é o mais ignorante e desastrado. Constata-se que a informação se curva diante da opinião. Fica claro, isso sim, que o jornalismo verde-amarelo sofre os efeitos de um implacável ódio de classe”.Eu me lembrei do dito de Mino Carta porque me deu uma insônia danada nesta quarta-feira (16) e procurei na TV um refúgio. Quase todos os canais transmitiam aqueles programas evangélicos que beiram à histeria. Fui obrigado a assistir o programa “Meninas do Jô” da Rede Globo. Não mudou nada. O ódio de classe do Jô, e das velhinhas do Jô (Lúcia Hipólito tem quatro netos) volta-se contra o presidente Lula em forma de “humor”. Jô forçou a barra para culpar o...Lula pelo soerguimento de um muro em torno de uma favela do Rio que avança pela área de preservação ambiental.Depois Jô Soares defendeu a atual Lei Rouanet e meteu o pau na proposta do Ministério da Cultura de democratizar os recursos. O gordo repetiu o chavão de um suposto “dirigismo cultural” embutido no projeto de lei. Com interesses “culturais” financiados pela Lei Rouanet e porta-voz da Rede Globo, não é difícil entender a posição do Jô.Como pregador do caos, o humorista culpou a “crise econômica” como causa da violência explícita de quatro servidores públicos, flagrados pelas câmaras, contra o povo que tentava embarcar nos vagões do trem de Madureira, Rio de Janeiro, em plena greve dos ferroviários. Até a reacionária “cientista política” Lúcia Hipólito não caiu nessa, informando que os servidores violentos já tinham sido demitidos. Mas ficou a impressão de que Jô Soares está antevendo o caos social diante do “agravamento” dos impactos da crise financeira no Brasil. E aí repetem-se aquelas piadinhas da “marolinha” dita por Lula. Como se não fosse necessário a qualquer presidente da República tranqüilizar a população.Jô e suas velhinhas encarnam o espírito da mídia brasileira, que pensa saber tudo. Recebendo polpudos salários, ele e elas criticam o Congresso Nacional dominado por parlamentares picaretas. Mas criticam de tal modo que não há saída senão a volta da ditadura. Lílian Wite Fibe está nessa de antever o caos social provocado pelo desemprego. Coube à jornalista (?) Flávia Oliveira repor um mínimo de razão, lembrando que pobreza não significa necessariamente banditismo. E lá vem Jô com a história do muro que está sendo erguido na favela “por um aliado do presidente Lula”. Para ele, o Rio é o caos, reflexo do Brasil.Jô e as velhinhas criticam o muro destinado, certo ou errado, a preservar o verde da invasão urbana. Questionam, mas são incapazes de fazer uma proposta séria. Ah! Bom. O certo é distribuir a renda, educação, etc, mas, enquanto a distribuição da renda e a educação não chegam, o que fazer para salvar o que resta da mata? Aí eles passam adiante para a próxima piada. Afinal, o programa é humorístico. Lúcia Hipólito ainda remenda, afirmando que o problema é que o poder público perdeu parte do território. “Há muitos lugares que o povo paga pedágio aos bandidos, em São Paulo e Salvador, também”. Chutou feio. Desafio Lúcia Hipólito a identificar alguma área em Salvador em que a população paga pedágio a bandidos.Lílian Wite Fibe assim mesmo concluiu pela falência do poder público. Aí Jô Soares chamou Cristiana Lobo que estava na Itália, diante do Coliseu iluminado. Ela lembrou ao Jô e suas velhinhas que as favelas do Rio existem há pelo menos 30 anos, ou mais, e Lula não pode ser culpado porque tem um aliado que governa o Rio. Ela também acha que não é possível barrar o crescimento da favela com muros. Aí o Jô volta a fazer piadinha com Lula: “o complexo do Alemão é porque ele tem olhos azuis, é louro e tem pele branca?”. É apenas um repetição do discurso idiotizante da mídia. Todos eles sabem que Lula estava se referindo à Inglaterra e aos Estados Unidos, nações de louros e olhos azuis, como responsáveis pela crise mundial.Jô Soares não esquece Lula. Eu já relaxei. Aquele humor reacionário e anti-Lula não pega mais. Como quase toda a mídia brasileira, suas opiniões estão descoladas da realidade. Eu dei muita risada das bobagens de Jô, mas, como a maioria do povo brasileiro, sou mais Lula e suas frases de efeito. É fácil provar que a população não leva a sério a mídia. Jô Soares propôs que populares entrem na Justiça contra os parlamentares, deputados e senadores, que fazem a festa com o uso e o abuso dos celulares. Ele disse que isso é pior que os grampos, a escuta ilegal. Você acha que alguém vai entrar na Justiça por sugestão do gordo?Lá da Itália, Cristiana Lobo concluiu que o governo brasileiro não fez o dever de casa, não procedeu como a formiga no inverno, não se preparou. A opinião vai contra a análise de qualquer reles economista. Procurando caos social, Lílian Wite Five citou que o povo brasileiro está frito. É que as emissoras de rádio e TV só falam em mortos nas estradas. “As pessoas no Brasil não têm nem direito a usar as estradas sem morrerem”. Há algum bom senso no que ela fala? A culpa é do Lula, do Lula. Prá mim chega. Fui.
Fonte: Bahia de Fato

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