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quinta-feira, abril 23, 2009

Deputados resistem a mudança em cota de passagens

Marina Mello, Portal Terra

BRASÍLIA - As medidas anunciadas nesta quarta-feira pelo presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), estabelecendo restrições no uso da cota de passagens dos deputados, encontrou resistência entre os parlamentares, segundo lideranças.
A avaliação é de que entre os 513 deputados será grande o número de insatisfeitos com a mudança anunciada por Temer, que prevê o fim o uso de passagens somente para os deputados e restrições a viagens internacionais e de assessores.
Segundo o líder do PSDB, José Aníbal, a medida mal foi anunciada e já encontra resistência entre os deputados.
- Há resistência já. Há muitos parlamentares questionando, avaliando que a medida é hipócrita porque se sabe muito bem que o parlamentar ganha menos do que o parlamentar de qualquer outro lugar do mundo - disse.
Como exemplo da má aceitação o líder cita um discurso feito hoje pelo deputado Ciro Gomes (PSB-CE). Em seu discurso, o deputado afirma que a população brasileira deveria ser informada que todo parlamento do mundo conta com verba irrestrita de passagem e não só o brasileiro.
- Estou aqui querendo me referir a essa sanha violenta, intimidatória. Não pensem que estou aqui em causa própria - disse Gomes. - Estou defendendo uma questão republicana. O povo brasileiro, pelo nosso exemplo, deve aprender a amar e respeitar esta Casa.
- Os americanos têm direito à passagem? Têm. O parlamento americano tem cartão sem limite para a viagem do parlamentar. A França tem custos pagos pelo contribuinte francês? Tem. A Suécia tem? Tem. A Dinamarca tem? Tem. Todos os parlamentos têm. Isso falta ser explicado ao povo brasileiro - completou.
Os deputados avaliam que - diante da avalanche de denúncias sobre a chamada "farra das passagens" - o presidente da Câmara se precipitou ao anunciar tais medidas como uma resposta à opinião pública sem ter debatido com os líderes como as mudanças vão se dar na prática.
O líder do PPS, Fernando Coruja, no entanto, acredita que a situação de denúncias é grave e merecia medidas radicais como as tomadas por Temer.
- Transparência sempre encontra resistência, mas o momento exige medidas duras. Sempre se pensou que o que se estava fazendo era o correto - disse Coruja, que aparece entre os deputados que mais realizaram viagens internacionais nos anos de 2007 e 2008. - É preciso radicalizar na transparência, não só daqui como de todos os poderes.
Ao todo, foram 19 viagens ao exterior das quais o deputado só se recorda ter feito 16 e pediu um levantamento sobre o assunto. Coruja admite que nem todas as 16 viagens foram relativas a atividade parlamentar, mas se justifica dizendo que antes julgava ser correto utilizar o dinheiro remanescente para viagens de cunho pessoal.
- O entendimento que se tinha é de que era do parlamentar, era como se fosse uma milhagem de fim de ano, se usava no entendimento de que aquilo era do parlamentar e não do Congresso, numa prática comum desde que a capital do País passou a ser Brasília. Era como se fosse um vale transporte: se você viaja num vôo mais barato, você fica com o resto - explicou.
O deputado Chico Alencar (Psol-RJ) avalia que a resistência se dará nos bastidores, mas que oficialmente ninguém vai querer se expor defendendo medidas fisiologistas.
- Vai haver uma resistência surda e discreta porque, na verdade, ninguém vai querer a exposição negativa - disse.
fonte; JB Online

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