Lília de Souza, Sucursal Brasília
Petistas reagiram nesta terça-feira, 18, na Câmara Federal ao artigo do ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), que colocou à disposição os cargos que o PMDB, partido que lidera na Bahia, ocupa no governo Wagner. Deputados federais petistas como Geraldo Simões, ex-secretário da Agricultura, e Zezéu Ribeiro, coordenador da bancada do Nordeste, trataram de descredenciar a atitude do ministro. Para Simões, foi uma "jogada de mídia”. Zezéu salientou que “é óbvio que todos os cargos estão à disposição do governador, que é quem nomeia e demite quando quiser” . E salientou: “Não teve pedido de demissão, não teve nada”. Em resposta ao artigo de Geddel, em que ele disse que o PMDB se pauta por princípios e que a população não aceita guinadas “sorrateiras e mesquinhas” – referência ao desembarque do PT do governo do prefeito de Salvador João Henrique (PMDB) quase ao término da gestão para lançar candidato próprio – Simões ressaltou: "Falta princípio ao ministro Geddel. Eu não posso estar no governo, ter um governador que é candidato à reeleição, e um parceiro do governo dizer que pode ser candidato a governador ". Ao ser indagado se o PT não teria feito em Salvador com o PMDB o mesmo que o partido agora teme que os peemedebistas façam no governo estadual, Simões admitiu que "foi um equívoco o que o PT cometeu", observando que o governador Jaques Wagner queria a permanência da legenda na gestão municipal . Apesar disso, Simões minimizou a questão. "Foi um equívoco provocado pelo próprio PMDB e pela provocação de Geddel. Se o PMDB não fosse para as cidades do interior recrutar candidatos do DEM para disputar com nossos candidatos que estavam bem nas pesquisas não haveria tido rompimento em Salvador", frisou. Em visita a Brasília para uma série de encontros com ministros, o prefeito João Henrique preferiu não comentar o artigo de Geddel. "Política eu deixo para o ministro fazer, o ministro faz melhor do que eu", afirmou João, que no final da tarde disse que ainda não lera o artigo. A TARDE procurou nesta terça-feira, 18, o ministro Geddel, mas até o fechamento da edição não obteve retorno.
Fonte: A Tarde
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