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sábado, outubro 18, 2008

Justiça cassa o prefeito de Rio Branco do Sul

Da Redação
Por dois votos a um, a 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ) determinou o afastamento do prefeito de Rio Branco do Sul, Amauri Cesar Johnsson (PSC), na região metropolitana de Curitiba. A decisão do processo movido pelo Ministério Público do Paraná (MP), que acusa Johnsson e outras quatro pessoas de formação de quadrilha e fraudes em licitação, saiu quinta-feira.
O prefeito teria assinado um contrato de forma irregular com uma empresa que iria fazer o transporte escolar do município. O contrato, segundo o MP, causou prejuízo de R$ 7,2 milhões aos cofres da cidade. O Ministério Público entrou com a ação contra Johnsson em 2006, por meio do Setor de Crimes Praticados por Prefeitos.
Apesar da decisão, o prefeito vai permanecer no cargo, segundo seu advogado Renato Andrade. Como Johnsson ainda não recebeu nenhuma notificação da Justiça, o advogado preferiu não comentar a decisão. "Vamos aguardar a publicação do acórdão no Diário da Justiça para saber o teor desse texto", explicou. "Assim que a decisão for publicada, entraremos com recurso junto ao Superior Tribunal de Justiça", adiantou o advogado.
Johnsson, que foi candidato à reeleição neste ano, perdeu a disputa eleitoral para o rival Adel Ruts, do PP, que teve 65,11% dos votos válidos, e deve assumir no dia 1º de janeiro de 2009. Porém, caso perca o mandato antes do fim do ano, Johnson dá lugar ao vice-prefeito, Emerson Caxa (PMDB), que, diferente do prefeito, conseguiu ser reeleito vice, desta vez na chapa de Ruts.
Viagem
Na mesma semana em que foi derrotado, conforme reportagem do telejornal Paraná TV, o prefeito viajou e os serviços públicos no município teriam ficado paralisados. Segundo a assessoria do prefeito, a viagem ocorreu porque ele sentiu-se ameaçado após a divulgação do resultado da eleição. Pessoas teriam soltado rojões em frente a casa de Johnsson. Já em relação à paralisação dos serviços em Rio Branco do Sul, a assessoria informou que todos os secretários do município estavam dando expediente. A assessoria de Johnsson negou também as acusações da população mostradas pelo Paraná TV, afirmando que os serviços públicos municipais tiveram problemas pontuais, que foram resolvidos imediatamente. As acusações seriam boatos, plantados por políticos de oposição.
Fonte: Gazeta do Povo (PR)

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