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sexta-feira, setembro 05, 2008

Virgílio compara Abin à SS nazista

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), comparou ontem a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) à tropa de elite nazista e disse temer excessos nos métodos de investigação. "Não quero que a Abin vire uma SS sem Hitler. Não quero um Brasil com Hitler e com SS", afirmou, diante do ministro da Justiça, Tarso Genro.
Os dois participaram de um seminário no Instituto Nacional de Altos Estudos (Inae), na sede do BNDES. O tucano cobrou a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso para dar explicações sobre a suspeita de que funcionários da Abin grampearam ilegalmente o telefone do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.
"A Abin veio para substituir aquela coisa asquerosa da ditadura que era o Serviço Nacional de Informações, não veio para ser asquerosa também", afirmou Virgílio. Ao comentar as declarações do senador, Tarso Genro disse que o tucano tem "a preocupação de qualquer democrata" e que a transição do SNI para a Abin "é lenta, porque tem que haver mudança de cultura, de procedimento". Questionado se a Abin tem o ranço do SNI, o ministro respondeu: "Se confirmar o grampo, é bem provável".
Arthur Virgílio considerou a suspeita de grampo ilegal da maior autoridade do Judiciário mais grave que escândalos recentes em torno de integrantes do governo ou do PT. "Entendo que o presidente deveria ir ao Congresso. Mais grave que o mensalão, que os aloprados, houve um ataque gravíssimo ao estado de direito do país. O presidente deveria ir voluntariamente explicar o que houve e as medidas (para investigar o caso)", afirmou o senador em entrevista, depois do seminário.
Virgílio considerou a Abin indispensável para informar ao presidente da República sobre ameaças como uma greve geral ou a presença de terroristas no Brasil. "Mas não pode ser usada como instrumento de perseguição de quem quer que seja, ou acaba ouvindo o secretário particular da Presidência da República". Ele referia-se ao episódio em que foi gravada conversa do secretário em questão, Gilberto Carvalho com o ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh.
Também presente ao seminário, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), comentou a articulação da oposição para criar uma CPI mista, com deputados e senadores. O petista não descartou a criação de nova comissão de investigação, mas disse temer que não consiga chegar aos autores do grampo ilegal e aos motivos que os levaram ao crime.
Chinaglia tem defendido uma comissão externa de parlamentares para acompanhar as investigações da Polícia Federal. "Ao final, por falta de condições tecnológicas de nossa parte, se a CPI não conseguir esclarecer o crime, temo que isso possa se voltar contra o Congresso Nacional. Isso é serviço de quem tem equipamento, recursos tecnológicos, quadros qualificados. Se a oposição propuser de fato, isso será analisado por deputados e senadores", declarou.
Durante o seminário, Arthur Virgílio disse ter certeza de que seu telefone está grampeado. Arlindo Chinaglia afirmou que não pensa muito no assunto. "Mas naturalmente tomo cuidado. Seria imprudência qualquer pessoa não imaginar que pode estar sendo alvo de escuta ilegal, clandestina, o que é lastimável", afirmou o presidente da Câmara.
Fonte: Treibuna da Imprensa

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