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quinta-feira, dezembro 13, 2007

Garibaldi chega à presidência do Senado

BRASÍLIA - Em uma votação secreta que durou exatos 19 minutos, o senador Garibaldi Alves (PMDB-RN) foi eleito ontem para um mandato tampão de um ano e um mês no comando do Senado. Único candidato à presidência da Casa, Garibaldi contou com os votos de 68 senadores - oito votaram contra, dois se abstiveram e três senadores estavam ausentes da sessão.
Ele assume o cargo antes ocupado pelo senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que, para fugir da cassação, renunciou ao comando do Senado na semana passada. No discurso de posse, Garibaldi Alves agradeceu sua eleição à cúpula do PMDB e, em especial, ao senador José Sarney (PMDB-AP).
O novo presidente deixou claro que Sarney, mesmo tendo recusado disputar a presidência do Senado, continuará sendo o homem forte não apenas junto ao governo Lula, mas também na Casa. "O certo é que o senador José Sarney é hoje credor da nossa confiança, como da confiança de todos aqueles que acompanharam de perto esse processo", disse Garibaldi.
Ele lembrou ainda que se lançou candidato à sucessão de Renan Calheiros contra a vontade do líder do PMDB, senador Valdir Raupp (RO). "Se eu fosse atender o seu conselho, talvez não tivesse desfrutado da situação eleitoral que desfrutei, mas também, se não fosse a autoridade do senador Raupp, a sua isenção, eu certamente não estaria nesta cadeira, como presidente do Senado", afirmou. "Sua isenção (de Raupp) não foi fácil", completou.
O novo presidente do Senado classificou de "postulações legítimas" o lançamento das candidaturas de seus colegas de bancada Valter Pereira (MS), Leomar Quintanilha (TO), Neuto de Conto (SC) e Pedro Simon (RS). Apenas Simon disputou e perdeu dentro da bancada do PMDB do Senado a indicação do partido para concorrer à presidência do Senado.
Em um discurso conciliatório, em que procurou mostrar o tempo todo que é um aliado incondicional do Palácio do Planalto, Garibaldi afirmou ainda que tem como missão "resgatar a credibilidade" do Senado. Ao mesmo tempo, o novo presidente assumiu compromisso público com os partidos de oposição de que irá atender suas reivindicações, como rodízio nas relatorias de medidas provisórias (MPs).
"Não tive e não tenho nenhum momento de vacilação ao assinar todos os compromissos porque eles vão elevar o nome do poder Legislativo em uma hora como esta", disse Garibaldi. Ele defendeu ainda as reformas tributárias e política.
Primeiro a discursar após Garibaldi, o líder do PSDB, senador Arthur Virgilio Neto (AM), fez questão de lembrar que a oposição não lançou candidato porque o peemedebista foi relator da CPI dos Bingos e investigou o governo Lula.
"Como relator da CPI dos Bingos, Vossa Excelência investigou corrupção da grossa, apontou culpados, exigiu providências e tomou atitudes que o engrandeceram perante a Nação. E foi precisamente nesse homem que o PSDB votou", disse o tucano.
Mais tarde, Garibaldi contestou Virgilio. "Ele não pode esperar que na presidência do Senado eu tenha um comportamento como relator de uma CPI. Tenho de ter um cuidado maior", argumentou Garibaldi. Sem entrar em detalhes, o novo presidente do Senado afirmou que fará mudanças no regimento interno da Casa. Defendeu também transparência na prestação de contas da verba indenizatória de R$ 15 mil pagas mensalmente aos senadores.
Crise
Garibaldi assume o cargo de presidente do Senado, ocupado interinamente durante dois meses pelo primeiro vice-presidente, senador Tião Viana (PT-AC), após a crise iniciada no fim de maio com denúncias contra o senador Renan Calheiros. Lançou sua candidatura há quase dois meses, logo depois de Renan se afastar temporariamente da presidência do Senado.
Por causa de sua atuação na CPI dos Bingos, o Palácio do Planalto não via com bons olhos sua candidatura. Mas, Garibaldi acabou se viabilizando dentro do partido e junto ao governo diante da falta de opções e da promessa de que será um fiel aliado do Planalto.
Para ser eleito, ele precisava de 41 votos - teve 68. Os três senadores ausentes da votação foram o líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), que estava fora do Congresso negociando a aprovação da prorrogação da CPMF, e os senadores Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) e João Claudino (PTB-PI).
Fonte: Tribuna da Imprensa

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