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quarta-feira, dezembro 19, 2007

DEM fecha acordo com senadores infiéis

Leandro Mazzini brasília
Sem a verticalização nas coligações e diante da tradição de parcerias políticas nas eleições municipais entre os partidos da direita, dois ex-senadores do DEM podem subir no palanque do partido como puxadores de votos. Esse foi o trato dos diretórios regionais com a executiva para que o DEM não cobre no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o mandato dos infiéis. A confirmação surgiu ontem, do próprio presidente do partido, deputado Rodrigo Maia (RJ).
- Os diretórios regionais de São Paulo e da Bahia pediram pelos senadores. Disseram que, apesar da saída deles, mantinham-se as relações com esses senadores que poderiam ser nossos aliados em 2008 e 2010 - explicou Maia. - Então, qualquer movimento do partido de tirar o mandato desses senadores iria gerar uma ruptura definitiva.
O DEM viveu o inferno e o céu este ano com a perda de três senadores para a base governista, ao passo que viu, semana passada, essa "transferência" patrocinada pelo governo dar em nada com a queda da CPMF em plenário. Do trio, dois votaram contra o governo - Romeu Tuma (SP), hoje no PTB, e César Borges (BA), no PR. Edison Lobão (MA), levado pelo senador José Sarney (PMDB-AP) para o PMDB, fechou com o governo. Lobão foi o único, então, que não escapou da fúria do Democratas. É alvo de ação do partido no TSE, mas ao que tudo indica deve ficar com o mandato. Ele deixou a sigla antes de 16 de outubro, data estipulada pela Justiça Eleitoral, em outros julgamentos, como limite para troca de partido sob o risco de perda da vaga.
Lobão foi para o PMDB com a promessa de ser alçado por Sarney ao cargo de ministro das Minas e Energia, o que vai acontecer em janeiro. O DEM já se contenta com a perda dele, mas conta tanto com Lobão quanto com Borges e Tuma para o palanque do ano que vem. Rodrigo Maia aposta principalmente no apoio dos dois últimos.
- Acho difícil os senadores Tuma e Borges estarem distantes da gente nas eleições do ano que vem e em 2010 - avalia o presidente do DEM. - As relações são boas e gostaríamos de não romper com isso.
O trato de bastidor vem à tona com a proximidade das negociações eleitorais. A quase um ano da eleição, o próprio ex-aliado admite essa possibilidade na Bahia, longe do apoio ao governo em Brasília.
- A política regional é bem diferente, e é claro que as alianças vão ser bem diversas - lembra César Borges (BA). - E pelas posições radicais e sectárias do PT, por exemplo, é normal saber que na Bahia há coligações tradicionais. O interior tem outra identidade política. O PR é da base, mas vamos dar preferência às alianças com PMDB, DEM e PSDB.
Em São Paulo, o mesmo pode acontecer com o PTB, que pode fechar apoio ao DEM do prefeito Gilberto Kassab, candidato à reeleição. O DEM acredita que o senador Romeu Tuma (PTB) terá lugar no palanque.
Fonte: JB Online

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