Por Por Jorge Serrão 12/06/2007 às 20:58
...Dario para a PF esquecer os outros do PT. O governo Lula da Silva patrocina o ?Jogo dos bodes expiatórios?. O maior temor da cúpula petista é com o vazamento de provas que mostrem as ligações perigosas dos deputados Antônio Palocci Filho, José Genoíno, Zeca do PT, Olívio Dutra, Waldomiro Diniz e Rogério Buratti, entre outros menos votados, com a máfia dos jogos.
12/06/07 A CPI dos Bingos recolheu indícios de problemas nos negócios entre os empresários de jogos e a Caixa Econômica Federal. Os bingos foram grandes doadores para campanhas eleitorais do PT. Em depoimento no inquérito da Operação Xeque-Mate, o delegado Marcelo Vargas Lopes, da Polícia Civil do Mato Grosso do Sul, ressaltou que a tolerância com o jogo naquele estado foi respaldada em lei estadual e na contratação de uma empresa feita pelo governo Zeca do PT, durante seu primeiro mandato (1999-2002). Com base na lei estadual do bingo, o governo petista contratou a Jana Promoções, do empresário Jamil Nami - cujo filho foi preso na Operação Xeque-Mate. Todo o esquema mafioso do jogo no Brasil era gerenciado fora do eixo Rio/São Paulo, para chamar menos atenção. Mas a jogada da jogatina levou um ?xeque-mate? da PF , a partir de informações obtidas com ajuda externa, de órgãos oficiais de inteligência e de investigadores privados dos EUA. Os norte-americanos suspeitavam que o esquema dos jogos produzia excedentes que ajudavam a financiar os tráficos de drogas e de armas, além de colaborar com esquemas de planejamento de ações terroristas e lavagem de dinheiro. Para tirar o foco das investigações sobre os petistas, o governo induz a PF a entrar no jogo da impunidade. A estratégia consiste em concentrar todos os problemas apenas nas costas do irmão Vavá e do homem de ?inteligência? do PT, Dario Morelli Filho. Os bodes expiatórios aliviariam a barra dos outros. Ontem, a PF deixou vazar a transcrição de uma escuta que fabrica um novo ?ator? para a conversa de Vavá com o tal ?Roberto? que tentou convencê-lo a procurar Lula. Na nova versão, o tal Roberto seria José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente Lula. E não, como já se chegou a supor, o advogado e também compadre de Lula, Roberto Teixeira, um dos homens com maior trânsito no Palácio do Planalto. Para onde a PF aponta O diretor da PF, Paulo Lacerda, considera que a participação do compadre do presidente na quadrilha é maior do que se acreditava. Conforme as investigações, ele se valia de suas ligações com o PT e das amizades dentro do governo federal para blindar a quadrilha e ampliar os negócios. "Ele está envolvido até o pescoço com o chefe da organização". Na tese de Lacerda, Vavá seria um ?inocente útil nas mãos da quadrilha comandada por Dario Morelli Filho. Morelli era sócio do empresário Nilton Cezar Servo no esquema de exploração de máquinas caça-níqueis desmontado pela Operação Xeque-Mate. Outro ministro sob suspeita A Polícia Federal tem gravados pelo menos três telefonemas entre o lobista Sérgio Sá, peça estratégica no esquema do empreiteiro Zuleido Veras, e o ministro das Cidades, Márcio Fortes. O ex-presidente do PP, Pedro Corrêa, é acusado de traficar influência nas Cidades para liberar dinheiro à construtora Gautama. O ministro foi citado uma vez em relatório da Operação Navalha - que já derrubou Silas Rondeau (Minas e Energia). O teor dos diálogos, ainda mantidos em sigilo, revela intimidade entre os interlocutores. Operação Abafa O presidente do Conselho de Ética do Senado, Sibá Machado, considera ser desnecessário ouvir Cláudio Gontijo, lobista da Mendes Júnior, e a jornalista Mônica Veloso no processo contra o presidente da Casa, Renan Calheiros. Renan teria tido despesas pessoais pagas pelo lobista, que dava todo mês R$ 12 mil a Mônica, mãe de uma filha do senador. Renan jura que o dinheiro era dele, e não oriundo da construtora Mendes Júnior. Mortos Muito vivos Um dos expoentes do primeiro escalão do regime militar, o ex-ministro e ex-senador Jarbas Passarinho suspeita que estão muito vivos alguns guerrilheiros do Araguaia, 32 anos depois do fim do conflito entre o Exército e integrantes do PC do B. Segundo Passarinho, os mortos-vivos freqüentam todas as listas de desaparecidos políticos. Agora, os familiares deles entram no lucrativo esquema de pedido de indenização.
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Fonte; CMI Brasil
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