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quinta-feira, março 08, 2007

Cheia do São Francisco deixa rastro de destruição em Barra

Por: Alexandre Lyrio (Correio da Bahia)

Encontro das águas do Velho Chico com o Rio Grande agrava estragos no município


Dois gigantes travam combate de leitos, bem em frente ao cais. Sem haver mistura, o encontro das águas dos rios Grande e São Francisco, no município de Barra, a 672km de Salvador, é curioso espetáculo visual, mas também deixa rastro de destruição. Em época de cheia, como a que se iniciou há dois meses, a cidade é sempre uma das mais atingidas em todo o estado. Ali, as águas do Velho Chico não param de subir, e ontem elevaram-se em mais três centímetros, atingindo 6,74m acima do normal, o maior nível do ano. As áreas de charco atingem principalmente a zona rural e o número de famílias desabrigadas já chega a duas mil.
No semi-árido, Barra tem a maior extensão de margem do São Francisco entre os municípios baianos. São 300 Km de transcurso ribeirinho até as proximidades de Xique-xique. “Bem aqui, o Velho Chico recebe o reforço do Rio Grande. A cidade é obrigada a suportar a pressão do rio principal e do seu afluente. O menor faz com que o maior se mantenha subindo”, explica o prefeito Deonísio Ferreira de Assis. Não fosse o dique e o cais de mais de 8m de altura, ambos construídos depois da grande cheia de 1979, Barra estaria vivendo uma das piores enchentes de sua história. “Mesmo assim, estou temeroso de que haja uma chuva torrencial que faça o dique transbordar”. Precavido, Deonísio alugou 18 bombas d água e dois grupos geradores. Em caso de emergência, a água excedente pode ser devolvida para o rio. “Somente assim, a sede da cidade estará completamente livre”, assegura o prefeito. Existem, porém, bairros do perímetro urbano que já foram atingidos. São locais em que o dique não serve de proteção. Nilton da Silva Santos, 41 anos, teve a casa tomada pela água. O Velho Chico também levou móveis, geladeira e a pequena horta em que cultivava feijão e abóbora. Agora está abrigado na casa de um vizinho. “Só não deixo o rio carregar meus cinco filhos”, brinca, em meio ao desastre da cheia.
O estrago provocado pelo Velho Chico é cada vez maior à medida que se afasta da cidade. Mais da metade da área rural barrense foi afetada pela enchente. As comunidades distantes, onde há pelo menos 200 casas destruídas, são as mais prejudicadas. Localidades como Pau Darco, Sambaíba e Canudos, em que 90% das pessoas vivem da agricultura de subsistência, estão ilhados e sem comida. Para esses, já foram distribuídos 800 cestas básicas, 200 colchões e mais de mil metros de lona. “Parte com recursos do município, parte do governo estadual”, informa Deonísio Ferreira.
O acesso para esses locais é difícil. Natalício Borges de Souza, 17 anos, enfrentou quase 3km de água acima da cintura para chegar à comunidade de Bebedouro. “A gente se acostuma”, diz, sem medir o perigo de ser levado pela água ou cair em córrego profundo. Fosse para a cidade vizinha, Xique-xique, teria que superar barreiras ainda mais difíceis. A estrada até o município, 72km a norte, está quase intransponível. Pelo menos três trechos da BA-143 foram destruídos pela água. O último foi interrompido ontem, na altura da comunidade de Angico. A balsa que leva os veículos para a margem oposta também suspendeu suas atividades.
***Doutor enchente faz diagnóstico
Nome de filósofo, sabedoria de quem durante a vida inteira observa o intrigante movimento de subida e descida do maior rio nordestino. Sócrates Teixeira do Nascimento, um barrense de 72 anos, não é geólogo, tampouco técnico em hidrometeorologia. Mas trata da cheia com conhecimento de causa. Aprendeu o assunto com profundidade. “Sou apenas um curioso”, esquiva-se. Suas previsões, porém, são ouvidas como decretos. O próprio prefeito, Deonísio Ferreira, leva em conta as prerrogativas de Sócrates. “Ele é uma enciclopédia, um doutor em enchente”, julga.
Quanto à tragédia atual, a primeira coisa que Sócrates faz é livrar a responsabilidade do rio. “Ele não causa mal a ninguém. As pessoas é que constroem suas casas nas áreas em que ele passa”. Era menino quando viu a cheia de 1949 chegar próxima a sua residência. Fascinado pela força das águas, se negou a fugir da cidade em 1979 e 1992, quando o rio voltou a subir e a mãe e os irmãos seguiram para casa de parentes, em Brasília. “Não iria perder espetáculo tão grandioso. Ainda fiz com que meus filhos conhecessem o fenômeno e ajudassem os ribeirinhos”, recorda. Sabe detalhes de enchentes anteriores, inclusive a de 1919, segundo ele, a mais trágica de todos os tempos. “O nível do rio chegou próximo a nove metros acima do normal”. Sócrates é autodidata. Tem somente o segundo grau completo. Da mesma forma que pesquisa sobre o Rio São Francisco também se interessa pela história geral, da qual chegou a professor. Hoje é autoridade das mais respeitadas em Barra. Braço direito do prefeito, é o secretário de Administração do município. Ontem, trouxe boa nova para a população. “A tendência daqui pra frente é vazar. Temos que nos preocupar agora com a saúde das pessoas. Depois que o rio baixa muita gente pode ficar doente”, avisa. O próprio Sócrates sabe, porém, que a passagem da cheia traz um sem número de benefícios. O solo ganha em fertilidade, as lagoas têm água para irrigação. “Depois da tempestade vem a bonança”, filosofa Sócrates, fazendo jus ao nome.

Segurança/Polícia dá show de incompetência no caso Neylton

Por: Jaciara Santos (Correio da Bahaia)

Em coletiva espetaculosa e vazia de revelações, resultado das investigações foi apresentado à imprensa

Sobrou espetáculo e faltou revelações na entrevista coletiva apresentada na manhã de ontem pela auto-intitulada força-tarefa instituída para investigar a morte do servidor público Neylton Souto da Silveira, 48 anos. Apoiado em ferramentas multimídia, o delegado Artur Gallas, diretor do Departamento de Crimes contra o Patrimônio (DCCP), informou o que já era de domínio público: Neylton morreu em conseqüência de espancamentos infligidos pelos vigilantes Josemar dos Santos, 27, e Jair Barbosa da Conceição, 40, nas dependências da Secretaria Municipal da Saúde, no Comércio.
Com relação à autoria intelectual do crime, o inquérito contém “indícios” que apontam na direção da ex-subsecretária Aglaé Amaral Souza e da ex-consultora do órgão Tânia Maria Pimentel Pedroso. O parecer sobre a motivação é também inconclusivo: apenas admite a possibilidade de crime de mando devido a irregularidades na gestão de recursos na SMS. Amparado em confissão gravada (e depois negada) de Josemar, o relatório policial conclui pelo indiciamento dele, de Jair, Tânia e Aglaé. Parte do depoimento foi exibida durante a coletiva.
Batizada de “estudo de caso” – estratégia comumente utilizada em pesquisas científicas –, a apresentação das conclusões do Inquérito 14/2007 da 1ª Delegacia demorou aproximadamente uma hora e meia. Marcada por um falso clima de apoteose, o que deveria ser apenas uma entrevista coletiva passou por momentos de puro show, com direito a script e cerimonialista.
Encarregado de conduzir o encontro com a imprensa, Gallas ocupou a mesa ao lado da delegada Dilma Nunes (que conduziu as investigações desde o início), do diretor do Departamento de Tóxicos e Entorpecentes, delegado Hélio Jorge Oliveira Paixão, e do perito Marcelo Sampaio, diretor do Instituto de Criminalística Afrânio Peixoto (Icap).
Resumo - Ao longo de mais ou menos 15 minutos, Gallas apresentou (com apoio de um aparelho datashow) um resumo do inquérito, primorosamente dividido em capítulos. Da caracterização do crime como homicídio à conclusão do relatório policial; das providências adotadas para subsidiar as investigações às evidências do envolvimento de cada um dos quatro indiciados, tudo foi detalhado pelo delegado. Dentre outros dados, ele revelou que foram tomados 55 depoimentos durante as apurações (alguns dos quais até quatro vezes de uma mesma pessoa) e solicitada a quebra de sigilo de 17 linhas telefônicas entre fixas e móveis.
Perícia - O “estudo de caso” menciona ainda aspectos periciais do inquérito como as pesquisas de fluidos (suor, sangue e sêmen) e de digitais realizadas na cena do crime, além da identificação de lesões típicas de espancamento e de que o corpo foi arrastado, presentes no laudo da necropsia. A perícia de informática está em andamento e não tem prazo para conclusão, segundo Marcelo Sampaio, do Icap, para quem a tarefa de examinar o conteúdo de quatro CPUs, dois notebooks e um pendrive (armazenador eletrônico de arquivos) encaminhados pela força-tarefa não pode ter sua duração estimada previamente. “É o prazo que a técnica exige para que se tenha acesso ao equipamento”, diz.
Já foram encontrados 2.571 arquivos entre planilhas, textos diversos e comprovantes de pagamentos a empresas que prestam serviço à SMS. A perícia também já detectou a existência de arquivos deletados, o que, na opinião de Sampaio, não representa necessariamente indício de irregularidades. Pressionado pelas regras da entrevista-espetáculo, que limitavam o número de perguntas durante a coletiva, ele não respondeu quando os equipamentos foram encaminhados ao DPT. “Após a conclusão da perícia, os resultados estarão disponíveis”, prometeu.
Considerados peças decisivas para estabelecer a motivação do crime, os relatórios referentes à quebra dos sigilos fiscal e telefônico autorizada pela Justiça também não têm previsão de chegar às mãos da força-tarefa. Essas pendências terminaram se transformando nas justificativas da polícia para a fragilidade do inquérito remetido anteontem à tarde ao Ministério Público, a quem cabe agora avaliar se há indícios suficientes para apresentar a denúncia à 1ª Vara do Júri.

segunda-feira, março 05, 2007

Compra às avessas - TSE cassa prefeito que pagou eleitor para não votar

Pagar eleitor para que ele deixe de votar também é comprar voto. O Tribunal Superior Eleitoral decidiu que o ato viola o artigo 41-A da Lei 9.504/97 (Lei das Eleições), que dispõe sobre a captação ilícita de votos, tanto quanto oferecer dinheiro em troca de votos para si mesmo.
Com esse entendimento, os ministros negaram recurso do prefeito e da vice-prefeita de Itapeva (MG), Denni Carlos Queiroz e Dirce da Silva Lopes. Eles tiveram os diplomas cassados pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais em março do ano passado.
O tribunal mineiro entendeu que a doação de cheque no valor de R$ 200 para que um eleitor e sua família não fossem votar se enquadrava na punição prevista no artigo 41-A da Lei das Eleições. O dispositivo determina que “constitui captação de sufrágio, vedada por esta Lei, o candidato doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública, desde o registro da candidatura até o dia da eleição”.
No TSE, o prefeito e sua vice argumentaram, entre outros pontos, que o artigo 41-A não pune oferecimento de vantagem em troca de abstenção de voto, mas sim em troca do ato de votar. O fato que motivou a condenação deles seria, então, atípico. Ou seja, sem previsão legal.
O relator da questão, ministro Gerardo Grossi, ressaltou a peculiaridade do caso, novo para o TSE. Quanto à alegada atipicidade da conduta, o ministro lembrou que a doação de dinheiro em troca de abstenção de voto é crime previsto no artigo 299 do Código Eleitoral.
De acordo com o dispositivo, “dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita” configura crime eleitoral. A punição é de reclusão de até quatro anos e pagamento de multa.
“É lícito, penso eu, ao intérprete do artigo 41-A da Lei 9.504/97, por analogia, entender que ali se cogita, também, da dádiva de dinheiro em troca de abstenção”, afirmou o ministro, ao negar o recurso.
Na mesma linha, votaram os ministros Cezar Peluso, Carlos Ayres Britto, José Delgado e Caputo Bastos. O ministro Peluso observou que, embora essa modalidade de influência direta sobre a vontade do eleitor não esteja expressamente escrita na Lei das Eleições, “se a finalidade da norma é evitar uma forma de influir na vontade do eleitor, tanto faz que essa vantagem seja obtida por meio de suposta promessa de votação quanto por suposta promessa de abstenção”.
Divergência
O ministro Carlos Alberto Menezes Direito, no entanto, foi de encontro ao entendimento do relator. Para ele, as conseqüências dos atos punitivos são diferentes entre o artigo 299 do Código Eleitoral e o artigo 41-A da Lei 9.504/97.
“O fato de o 299 refletir uma potencialidade máxima não significa que o legislador seja proibido de estabelecer outro tipo de sanção com outro tipo próprio para a punição”, afirmou. O ministro, contudo, foi vencido pela maioria.
Revista Consultor Jurídico, 2 de março de 2007

Acidentes de trânsito: conheça os prazos e os valores de indenização

Toda vítima de acidente de trânsito, seja motorista, carona ou pedestre, tem direito a receber indenização, que vem de recursos do seguro obrigatório. O que poucos conhecem, no entanto, é o prazo dentro do qual a pessoa pode fazer o pedido, sem que corra o risco de perder o dinheiro.
Com alterações introduzidas pelo novo Código Civil, publicado em janeiro de 2003, ficou definido que a pessoa teria três anos para pedir o ressarcimento.
Perdendo o direitoDessa maneira, então, vítimas de trânsito que sofreram com problemas do tipo antes daquele ano já perderam o direito? O Sindicato dos Corretores de Seguros do Paraná (Sincor-PR) alerta que, sim, o pedido de pagamento é possível.
No entanto, somente para aqueles que sofreram acidentes entre 1987 e 11 de janeiro de 1993 - o prazo é de 20 anos. A partir dessa data, entre 12 de janeiro de 1993 e 31 de janeiro de 2002, a prescrição já ocorreu em 11 de janeiro de 2006. Acidentes anteriores a 1987 já não estão mais segurados também.
Valor variávelDe acordo com o sindicato, os valores de reembolso variam conforme a situação::em caso de morte (no local ou após, em razão do acidente), R$ 13.500 pagos aos beneficiários da vítima; em caso de invalidez parcial ou total permanente até R$ 13.500, levando em consideração as variantes da tabela de porcentuais de invalidez; reembolso de despesas médicas com tratamentos em hospitais, exames laboratoriais, fisioterapias e medicamentos até o valor de R$ 2.700.Vale lembrar que para receber o seguro não é preciso o auxílio de qualquer intermediário. O próprio interessado pode fazer o pedido e encaminhar os documentos. Para isso, o ideal é procurar o sindicato de corretores da região onde mora.
Fonte: Infomoney

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

RAIO LASER

Cobrança
Circula pela internet o discurso do líder do PT na Assembléia, Waldenor Pereira, parabenizando o ex-deputado Padre Joel pela autoria de projeto de lei que benefia autistas no Estado e foi, posteriormente, vetado pelo governo sob o argumento de ser inconstitucional.
Namoro
Ao admitir ontem, pela primeira vez, que tem interesse na disputa pelo Palácio Thomé de Souza, o apresentador Raimundo Varela, da TV Itapoan, se transformou no fato novo da incipiente mas já concorrida sucessão da capital baiana.
Suspeitos
Com o prazo estabelecido para a elucidação do assassinato do funcionário Neylton Souto, da Secretaria Municipal de Saúde, se aproximando, a polícia baiana pode fazer tudo, menos promover o afastamento dos delegados que definiram desde o início a linha de investigação, conforme especulações do final de semana.
Folia do crime
A última edição de Veja não alisa com relação aos indicadores sobre a violência do Carnaval em Salvador, tema que já levou o governador Jaques Wagner a brigar até com a Globo. Sob o título “Carnaval violento na Bahia”, com a retranca “Crime” e gráficos sobre a criminalidade, a publicação supostamente atenta tanto contra o turismo quanto a Globo.
Oposição
Candidatíssimo à sucessão de Jorge Bornhausen na presidência nacional do PFL, o baiano José Carlos Aleluia tem pronto o discurso para conquistar os convencionais da legenda: “Ou nos consagramos como uma legenda de oposição ao governo Lula, como fizemos no início do primeiro mandato do petista, trabalhando para construir uma candidatura competitiva às próximas eleições presidenciais, ou seguiremos como sublegenda do PSDB, com o que não concordo”, afirma.
Grampos I
Na convenção tucana do último sábado, ao dizer que o partido é parceiro da modernização e do desenvolvimento do Estado e se referir aos novos tempos vividos pela política baiana, o ex-presidente do PSDB, Jutahy Jr., fez uma brincadeira com o deputado Benito Gama, sentado na primeira fila do evento.
Grampos II
Lembrou que por volta de 2002 tivera uma conversa ao telefone com Geddel Vieira Lima na Câmara dos Deputados num local em que a pessoa mais próxima era o deputado Benito. Para surpresa do tucano e do peemedebista, o conteúdo da conversa foi quase todo revelado em seguida.
Grampos III
Jutahy disse que chegou genuinamente a pensar que Benito tivesse escutado o telefonema e o reproduzido até que finalmente estourou o escândalo dos grampos baianos, do qual vários parlamentares de oposição foram vítimas. “Inclusive eu próprio, Jutahy”, lembrou Benito, causando risos na mesa e na platéia.
Metralhadora giratória
O pefelista Eraldo Rocha desceu o malho no PT, no Governo e até na Prefeitura em sua estréia como líder do partido na Assembléia Legislativa, na quinta-feira passada. Chegou a cobrar o afastamento do secretário municipal de Saúde, Luis Eugênio, até o esclarecimento da morte do funcionário Neylton Souto.
CURTAS
* Caso Neylton - Um deputado estadual do PT conversou na semana passada com uma das acusadas pela polícia baiana de terem encomendado a morte do funcionário Neylton Souto, da Secretaria Municipal de Saúde. Tenso e emotivo, o encontro deixou o parlamentar visivelmente preocupado. * Tamanho família - Explicação para o recuo na estratégia do presidente regional do PMDB, Geddel Vieira Lima, de trazer o prefeito João Henrique (PDT) para o partido: ele só aceitaria o ingresso do alcaide acompanhado da mulher, Maria Luíza, do cunhado, Sérgio Brito, e do pai, João Durval. E os dois últimos estão com o pé atrás. . * Não anda - O ministro da Relaçôes Institucionais, Tarso Genro, já desmarcou três vezes um encontro com o presidente do Senado, Renan Calheiros, para tratar do projeto de reforma política. Tudo em razão das pressões sofridas pelo governo Lula, que colocou propostas como a de reduzir o número de parlamentares e a possibilidade dos eleitores pedirem a cassação dos que se tornarem corruptos ou indecorosos. Isto confirma a tese de que, no Congresso, "reformas, só se não prejudicarem os interesses dos seus integrantes". O que é difícil. * Sotaque carioca - O secretário estadual que teria tratado com frieza o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), durante a agitada noite de terça-feira no camarote 2222, negou a colaboradores que seu estado de animação foi o responsável por impedi-lo de reconhecer o político carioca. Na verdade, disse, o problema é que de há muito ele "não topa" Cabral. * Na paz - Apesar de brilhar como principal estrela do PSDB para 2008, Antonio Imbassahy fez discurso ponderado na convenção que o elegeu presidente do partido, no sábado,o que agradou imensamente ao Thomé de Souza, onde os tucanos continuam sendo desejados como parceiros da reeleição do prefeito. * Atento - Presente à convenção do PSDB que escolheu Antonio Imbassahy presidente do partido em substituição a Jutahy Jr., no último sábado, o ex-deputado Eujácio Simões (PR) caçou a edição da Tribuna em que foi publicada matéria com Geddel Vieira Lima dizendo que o ingresso de João Henrique no PMDB não está em pauta no momento. * Boa forma - José Carlos Aleluia (PFL) está a mil por hora. Ontem, na orla de Salvador, o deputado fazia cooper não se sabe se para manter a boa forma física ou para testar a popularidade, já que se trata de um dos nomes do seu partido para disputar a prefeitura de Salvador em 2008.
Fonte: Tribuna da Bahia

Continua o mistério sobre morte de Neylton

Por Hieros Vasconcelos
Prestes a completar dois meses de investigações sobre a morte do servidor público Neylton Souto da Silveira, 48, ocorrido na Secretaria Municipal de Saúde, o inquérito policial continua a correr em segredo pela Justiça e a polícia não apresenta resultados nem esclarecimentos à população. Embora o delegado-chefe, João Laranjeira, tenha afirmado que apresentará resultado das investigações até o dia 7 de março, quando o inquérito completará 60 dias, a delegada Dilma Nunes negou a declaração e afirmou que não há prazo estipulado para elucidar o caso. Ela relatou ainda que novos nomes surgiram no caso e alguns funcionários da Secretaria Municipal de Saúde deverão ser interrogados até o final do mês. Mais uma vez, preferiu não revelar nomes e disse acreditar que o caso “caminha” para a elucidação. A afirmação de que as investigações “caminham de vento em popa” parece meio estranha diante da negação dos dois vigilantes na participação do crime. Josemar dos Santos e Jair Barbosa da Conceição foram acusados de matar o servidor com pancadas, mas negaram a acusação quando foram fazer a reconstituição do assassinato na secretaria, dia 14 deste mês. Para piorar, alegaram terem confessado a execução “sob tortura da polícia”. Uma fonte oficial, que preferiu não ser revelada, informou que há a possibilidade de a polícia ter descoberto outra motivação para o crime. Outrora especulado como uma queima-de-arquivo, a fonte informou que o caso pode tomar outro rumo. “Talvez não seja nada ligado com queima-de-arquivo. Vamos esperar para ver”, disse, preferindo não comentar mais. Antes disso, a polícia chegou a prender a ex-subsecretária da SMS, Aglaé Souza, e a ex-consultora do órgão, Tânia Pedroso, como acusadas de serem as mandantes do crime. Entretanto, ambas foram liberadas no dia 15 deste mês por força de um habeas-corpus concedido pelo desembargador Mário Alberto Hirs. Já os vigilantes continuam detidos em celas diferentes da 1ª DP. Os defensores deles travam uma batalha judicial para também conseguir habeas-corpus, alegando que é incorreto conceder um relaxamento apenas para as duas acusadas de mandantes, uma vez que a polícia afirma que todos participaram do crime.
Um Carnaval em São Paulo
; Um dia após ser liberada, a ex-consultora Tânia Pedroso pôde viajar para São Paulo com o intuito de visitar a mãe, que, segundo ela, estaria com problemas de saúde. Teve o privilégio de passar o Carnaval ao lado da família, em outro estado, enquanto os vigilantes viram o sol nascer quadrado. A autorização para a viagem foi concedida pela Justiça, logo após Pedroso prestar depoimento na sede do Comando de Operações Especiais (COE), praticamente ao lado do Aeroporto Internacional Deputado Luís Eduardo Magalhães. Ela foi ouvida pela delegada titular à frente do caso, Dilma Nunes, que se deslocou de seu local de trabalho, na 1ª DP, até o COE. Pedroso participou da oitiva na companhia de seu novo advogado, Marco Antonio José Sadeck, que também embarcou para São Paulo. Uma fonte da Polícia Civil informou que Pedroso está sendo monitorada pela polícia em cada passo que dá no estado paulista. No entanto, a promotora do MP designada para acompanhar o caso, Armênia Cristina Santos, afirmou que a acusada poderá ser presa novamente caso não compareça a um novo depoimento. Segundo a promotora, a 1ª Vara do Júri não foi comunicada sobre a viagem. Já a delegada Dilma Nunes, quando questionada pela equipe da Tribuna, mentiu sobre a viagem e afirmou desconhecer a informação de que Pedroso havia embarcado para São Paulo.
Fonte: Tribuna da Bahia

Incidência de viroses aumenta após o Carnaval

Casos mais típicos são as doenças respiratórias, que representam metade dos atendimentos nos postos


Cilene Brito
O Carnaval acabou há cerca de uma semana e trouxe como resultado a temporada de viroses em toda Salvador. Nos postos de saúde da capital, a incidência de casos já chega a cerca de 50% dos atendimentos e deve aumentar nos próximos dias. Os casos mais típicos registrados nos postos de emergência são as viroses respiratórias, sobretudo devido ao clima úmido registrado nos últimos dias. Outras doenças virais como gastroenterites, dengue, sarampo, rubéola e conjuntivite também estão na mira dos médicos.
O médico plantonista do 12o Centro de Saúde, na Boca do Rio, Anderson Teixeira, explica que, assim como as bactérias, os vírus circulam livremente pelo ar e atingem, principalmente, os organismos mais fragilizados. As viroses são transmitidas pela fala, tosse e secreções. Ele alerta, no entanto, que a temporada de viroses foi iniciada pouco antes do Carnaval, devido à grande presença de turistas que chegaram à cidade durante o Verão. No entanto, é durante a folia momesca que ocorre maior facilidade de contágio, sobretudo pelo aumento do contato pessoal em locais aglomerados.
“Existe uma infinidade de vírus. A cidade estava cheia de turistas e muitos deles trazem esses agentes que não são comuns à nossa comunidade”, salientou. Ele explica que é também durante o Carnaval que muitas pessoas cometem excessos com a bebida e acabam se descuidando da saúde através da má alimentação e da redução do sono e descanso, o que contribui para a queda no sistema imunológico. Dores do corpo e na cabeça, mal-estar, moleza e febre são os sintomas mais comuns dos indivíduos acometidos por viroses. Em alguns casos, elas também podem vir acompanhadas por vômitos e diarréia. Dois dias após o Carnaval, a estudante Marília Pereira, 24 anos, amanheceu com dores por todo o corpo e espirrando muito. “Mal conseguia sair da cama. Foi da noite para o dia. Senti muita dor de cabeça, febre e o corpo mole. Fiquei dois dias sem trabalhar só tomando líquido”, lembra. Já o segurança Maurício Pimentel, 30 anos, conta que a virose, também respiratória, atacou mais duas pessoas em sua casa. “Eu fiquei primeiro e, no dia seguinte, todos já estavam”, conta.
De acordo com a pediatra do 5º Centro de Saúde, Barris, Gessilane Brito, embora as viroses possam atingir qualquer idade, os casos mais comuns são registrados em crianças. Mesmo que muitas não participem diretamente da folia, elas acabam sendo mais suscetíveis com a grande circulação de vírus que se encontram no ar.
A médica explica que as viroses respiratórias, por exemplo, são responsáveis por vários tipos de infecções. O vírus é transmitido pela fala, espirros e tosse. “Geralmente, o período de manifestação dos sintomas é de até 72 horas, mas se não tratada devidamente, a infecção pode evoluir para casos mais graves como pneumonia e bronquite”, alerta.
***Automedicação é sempre perigosa
A especialista ressalta que não há medicamentos específicos para tratar viroses e o tratamento é totalmente sintomático, basicamente com o uso de analgésicos e antitérmicos. O mais recomendável é a ingestão de bastante líquido, repouso e alimentação equilibrada. Seguindo essas recomendações, os sintomas devem aparecer em até três dias. Apesar disso, a avaliação é imprescindível, sobretudo para que seja evitada a automedicação.
“A automedicação pode trazer graves riscos à saúde. Como os sintomas das viroses são muito parecidos, elas podem ser confundidas com outras doenças virais mais graves como a dengue hemorrágica”, alerta. O ácido acetilsalicílico (AAS) e antiinflamatórios não devem ser usados pelo risco de agravar sangramentos.
Fonte: Correio da Bahia

Cheia do São Francisco causa quinta morte na Bahia

Anatália Mendes Ferreira, 18 anos, teve uma crise epiléptica e morreu afogada numa poça de meio metro


Perla Ribeiro
Já são cinco as vítimas fatais da cheia do Rio São Francisco na Bahia, sendo três delas ocorridas no município de Malhada, a 902km da capital baiana. A mais recente delas foi Anatália Mendes Ferreira, 18 anos, que morreu no sábado à noite, depois de cair em uma poça d’água, a menos de 20m de casa, na Rua Grande, na comunidade quilombola de Parateca. A família suspeita que ela tenha sofrido de uma crise epiléptica enquanto tomava banho com as amigas, sob os cuidados da avó, a aposentada Maria Ferreira Magalhães. Na poça de profundidade estimada em 0,5m, elas se banhavam sentadas e, só na hora de ir embora, deram por falta da garota. Em poucos minutos, a retiraram da água, cansando, gritando, babando sangue e com as mãos roxas. A família supõe que a adolescente não tenha ficado mais que três minutos com o corpo submerso. Ainda assim, fizeram respiração boca a boca, mas a adolescente não resistiu e morreu a caminho do Hospital Municipal São Geraldo, em Malhada.
O corpo de Anatália, que era criada pela avó, foi enterrado às 9h de ontem no Cemitério de Parateca. Só então dona Maria Ferreira Magalhães pôde compreender o sonho do marido, que está em tratamento em São Paulo, e dias antes contou por telefone que sonhara com uma multidão na porta de casa. Era toda a comunidade de Parateca que se reuniria ontem para dar o último adeus a Anatália, a menina que só vivia com sorriso no rosto, adorava ir para a igreja e não escondia o imenso prazer de viver. O rosto era marcado por cicatrizes, fruto das quedas durante os ataques epilépticos, mas nem isso a impedia de ser feliz. “Ela tinha uma alegria de viver maior do que a da gente que não tem problema”, contou a prima, a agente de saúde Arlene Ferreira, 23 anos.
Seguindo o tratamento, Anatália tomava diariamente mediação controlada. Um deles, era o Gardenal. Entretanto, nem isso impedia que os ataques fossem constantes. Foram as freqüentes crises que levaram a adolescente a abandonar os estudos na 5ª série. “As crises eram mais comuns quando ela ficava preocupada. Ultimamente, a preocupação dela era de que tivesse que deixar a casa em função da cheia”, conta a prima, referindo-se a uma preocupação comum a todos da região.
Apreensão - A previsão de continuidade das chuvas em Minas Gerais tem deixado apreensivas as famílias ribeirinhas do médio São Francisco. A situação dos municípios já está no limite, com milhares de famílias desabrigadas, e não há perspectiva para a vazão começar a baixar. Em Malhada, por exemplo, enquanto as autoridades sinalizam que seria necessário baixar em 1m o nível do rio para a situação melhorar, de anteontem para ontem, a vazão diminuiu em 1cm. Depois de mais de uma semana de chuva ininterrupta, o tempo melhorou há três dias, mas a população suspeita que a semana vai começar com mais chuva. No próximo domingo, completam dois meses que o prefeito, Anselmo Boa Sorte, decretou situação de emergência.
De lá para cá, o município contabilizou três das cinco vítimas fatais da cheia do Velho Chico, quase quatro mil pessoas desabrigadas, 190km de estradas vicinais parcialmente destruídas. Os 4,5km que ligam o distrito de Canabrava a Malhada, por exemplo, estão completamente tomados pela água. A BR-030, que liga Malhada a Guanambi, também foi interditada. “Veio gente do Departamento Nacional de Infra-estrutura e Transporte (Dnit) esta semana e a empresa contratada para recuperar os 13km de estrada afetados já colocou as máquinas no local”, informou o secretário de Agricultura de Malhadas, José Castor.
Hoje começam a ser distribuídas as 620 cestas básicas enviadas pela Secretaria Nacional da Defesa Civil para o município. Somam-se ainda outras 200 de um total de 500 adquiridas pela prefeitura na semana passada. “As 300 foram distribuídas na sede mesmo, às 50 famílias atingidas pela cheia”, informou Castor. Os desabrigados de Malhada estão distribuídos por três escolas e um centro de catequese da Igreja Católica. “A gente espera que o rio volte logo ao normal, mas a continuidade das chuvas em Minas só faz nos preocupar”, completa o secretário de Agricultura.
***Preocupação é cada vez maior
Em Serra do Ramalho, a situação não é menos preocupante. A cidade, que foi planejada para abrigar assentados e compreende 20 pequenos distritos, já soma quase duas mil famílias atingidas pela cheia. Entre as comunidades mais atingidas, estão Capão Preto, Curral Novo, Caldeirão e as ilhas de Palma, Grande, da Boa Vista, do Campo Largo, do Bambu, do José da Silva e do Cigano. “As ilhas inundaram todas, não tem mais ninguém. O governo do estado mandou 800 cestas básicas, mas foram poucas. As Voluntárias Sociais prometeram mandar sopão, mas até agora não chegou nada. As famílias já estão passando necessidade”, diz o prefeito Carlos Caraíbas de Sousa.
Tendo como fonte de renda a pecuária e a agricultura de subsistência, as famílias já perderam 100% da produção e tiveram que transportar os animais para impedir que eles também fossem tragados pelas águas da cheia. O prefeito estima ter transportado 30 mil cabeças de gado e uma perda de cinco mil animais. “O pior de tudo é saber que estamos sujeitos a perder muito mais, caso o rio continue enchendo”, avalia o prefeito de Serra do Ramalho. Em Bom Jesus da Lapa, as 1.500 famílias desabrigadas da cheia receberam ontem a visita do governador Jaques Wagner, que foi até as creches onde estão os desabrigados e os povoados mais afetados pela cheia. “Ele viu a situação que a gente está vivendo e o drama de uma das famílias”, contou o prefeito, Roberto Maia.
Fonte: Correio da Bahia

Carnaval! Traveca não é biodegadável!

JOSÉ SIMÃO
26/02/2007 01:37BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta! Agora é esperar o ministérico do Lula. O Ministério Matte Leão. Já vem queimado! E a única notícia engraçada durante o Carnaval: Cobra engole marido no Paraguai. Então a notícia é falsa. Dá ressaca. E eu acho que foi tudo ao contrário: o marido que engoliu a cobra no Carnaval. OU então a mulher ficou com ciúmes, matou o marido e ficou com a cobra. Carnaval no Paraguai. Porque no Brasil só deu silicone. Foi tanto silicone que dava pra cobrir o buraco do metrô! E o site Comentando prova que a Preta Gil levantou a torcida na avenida. Quando ela passou a torcida se levantou e gritou: 'Pô, Preta Gil! Sai da frente pra gente ver o desfile'. 'Quem teve a idéia de botar um carro alegórico na frente da bateria?' Rarará! E quem me arrasou foi a Monique Evans entrevistando as travecas na porta do Baile Gay! E todas têm peitão. Se um peitão daqueles estoura, inunda o Brasil. Ou melhor, se um peitão daqueles estoura, vai ter luta no gel. Rarará! E a Monique é mais travesti que todas as travestis juntas. E todas têm corpo escultural e voz de Pato Donald! E a Monique: 'Você é mulher?' E a traveca com voz de pato: 'Na alma'. E aí vai pra outra: 'Você é mulher?'. 'Na alma.' E a Monique é traveca? NA ALMA! A Monique é mulher, mas traveca na alma! E todas vêm da Europa: 'Vim pro Carnaval, mas moro em Milano'. 'Vim pro Carnaval, mas dou show na Suíça.' E aí o filho duma amiga minha perguntou: 'E cabe tanto travesti na Europa?'. Cabe! É o maior produto de exportação do Brasil. Cada país exporta o que tem de melhor. Rarará. E silicone não é biodegradável. Ou seja, traveca não é biodegradável! É mole? É mole, mas sobe! E se botar silicone fura a camada de ozônio! Antitucanês Reloaded, a Missão. Continuo com a minha heróica e mesopotâmica campanha 'Morte ao Tucanês'. Acabo de receber mais um exemplo irado de antitucanês. É que no Rio passou um bloco carnavalesco chamado É Mole Mas é Meu! Rarará. Mais direto impossível. Viva o antitucanês. Viva o Brasil! E atenção. Cartilha do Lula. Mais um verbete pro óbvio lulante. 'Avolumado': pingolim do companheiro vendo as peladas na TV. Rarará. O lulês é mais fácil que o inglês. Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje só amanhã Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
Fonte: O POVO

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

RAIO LASER

Sem veto
Muito ligado ao prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo, considerado o mais soutista dos pefelistas baianos, o deputado federal Fernando de Fabinho foi o único oposicionista escolhido relator de uma MP do PAC, depois de sinalizações positivas do PT baiano.
Alerta
Líder do PT na Assembléia, Yulo Oiticica pede calma aos colegas que propõem a redução do atual número de 23 comissões temáticas na Casa. Pondera que a discussão tem que ser madura e a decisão final sobre quem fica e quem sai responsável, a fim de não prejudicar a representatividade da sociedade no Legislativo.
Aproximação
Confiante na participação do partido no novo ministério de Lula, a seção regional do PP afina entendimentos com o governo Jaques Wagner através do deputado estadual Luis Argolo com o objetivo de, gradualmente, vir a integrar a base governista na Assembléia Legislativa.
Alternativo
Nas conversas travadas até agora com o governo baiano, representantes do PP têm deixado claro o interesse da legenda em se tornar uma espécie de guarda-chuva “estável e confiável” para abrigar novos adesistas que não queiram desembarcar em siglas aliadas, como o PMDB.
Combinado
Na Câmara Municipal, casa de ressonância natural das questões relacionadas a Salvador e à sucessão de 2008, as declarações de Geddel Vieira Lima (PMDB) praticamente condicionando apoio à reeleição de João Henrique (PDT) a mudanças na administração, foram interpretadas como sinal emitido com pelo menos consentimento de parcelas do PT, partido que nutre interesse quase manifesto pela Prefeitura e do qual o peemedebista é o principal aliado no plano estadual.
Cutucando fera...
Pefelistas adoraram a sessão de ataques dirigidos pelo governador Jaques Wagner à Rede Globo por conta da cobertura do Carnaval de Salvador, acusada pelo petista de priorizar o aumento dos índices de violência da festa sem considerar o elevado número de pessoas envolvidas na folia.
...com vara curta
O mínimo que os principais adversários de Jaques Wagner recordaram, a propósito da reação do governador, foi sobre o destino do ex-governador do Rio, Anthony Garotinho, e de sua mulher e sucessora, Rosinha Mateus, que resolveram peitar a emissora na cara e na coragem.
Tese de mestrado
Repórter de grande jornal brasileiro enviada para cobrir o Carnaval nos camarotes famosos da Barra ficou tão impressionada com a capacidade de se divertir de políticos e societies baianos que saiu recomendando a colegas locais o lançamento de um livro sobre a participação das “altas-rodas” na folia.
Big brother
Fazendo a linha de que quem faz oposição tem que guardar e ampliar munição sempre, adversários do governador mandaram rastrear desde quarta-feira tudo o que saiu sobre ele ou com ele na mídia local e nacional a respeito do Carnaval, com ênfase para entrevistas suas e de auxiliares às emissoras de televisão.
CURTAS
* Intriga pronta - Um fax com cópia das declarações de Jaques Wagner (PT) a respeito da posição da Rede Globo sobre o Carnaval baiano bateu ontem por volta do meio-dia na sala de um dos filhos de Roberto Marinho, acompanhado de “sutil” ponderação sobre o quanto a emissora e sua afiliada na Bahia são "injustiçados" pelos petistas. * Enigma - Escolhido pelo governador para seu líder na Assembléia Legislativa como forma de reconhecimento a sua atitude de retirar a candidatura, no PT, à presidência da Casa, Waldenor Pereira é visto pela base governista como uma incógnita na condução da liderança, dado o perfil de turrão. . * Chuvas - Com as chuvas, municípios baianos vivem dias de horror. Ontem, o prefeito de Barra, Deonísio Ferreira Assis, ficou apavorado com o rompimento da cabeceira de uma ponte que deixou o município isolado e com problemas de abastecimento. Em Jacobina, as chuvas fizeram também estragos variados, inclusive em órgãos públicos. Como em outras regiões, o apelo é para que o governo não demore a atender os pedidos de ajuda, que crescem a cada dia. * Condição - Presidente da Assembléia Legislativa, o deputado Marcelo Nilo (PSDB) deu ontem uma boa notícia aos colegas: a partir de agora, afirmou, todos os projetos que tiverem sido aprovados na Comissão de Constituição e Justiça serão levados a plenário. A contrapartida é que os parlamentares só aprovem os projetos realmente constitucionais. * MAM - Toma posse na próxima segunda-feira, às 11h, a nova diretora do Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM) Solange Farkas. Ela é jornalista e foi diretora e curadora do Festival Internacional de Arte Eletrônica Videobrasil. * CEI - O vereador Sandoval Guimarães voltou a garantir que a Câmara de Salvador vai acompanhar de perto as investigações sobre o assassinato do servidor da Secretaria Municipal de Saúde Neylton Silveira. Nesse sentido, uma Comissão Especial de Inquérito está sendo instalada. Os trabalhos, efetivamente, vão começar na próxima segunda-feira junto às autoridades policiais e ao Ministério Público. * Liderança - O PT deve escolher seu novo líder na Assembléia Legislativa na próxima semana sem definição prévia. O atual líder, Yulo Oiticica, ainda não decidiu se prefere permanecer no posto ou ocupar uma comissão de importância no Legislativo.
Fonte: Tribuna da Bahia

Início das obras de transposição do São Francisco gera polêmica

A defesa pública da transposição do Rio São Francisco pelo governador Jaques Wagner (PT) durante a folia de Momo, coincidentemente ou não, reacendeu a dura oposição por parte da Igreja Católica quanto a realização do projeto. O bispo de Barra, dom Luiz Flávio Cappio, por exemplo - que chegou a fazer greve de fome contra a transposição durante dez dias entre setembro e outubro de 2005 - depois de cerca de pouco mais de um ano sem se manifestar retoma o protesto. Ele, que foi a Brasília ontem, protocolar uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ameaça, caso o diálogo não seja reiniciado entre os poderes e a sociedade, começar uma nova greve. O cardeal-arcebispo de Salvador e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Geraldo Agnelo Majella, por sua vez, fez duras críticas à declaração de Wagner durante a festa de que a CNBB concorda com a intervenção por reconhecer que a água será destinada 100% ao consumo humano. Em resposta a afirmação do governador, dom Geraldo foi enfático ao afirmar que vai apoiar o reinício da luta do bispo de Barra, mostrando que a Igreja Católica não vai se dobrar facilmente ao projeto. Na carta entregue a Lula, dom Luiz Cappio condena a retomada do projeto, entretanto, destaca que o seu objetivo é retornar o diálogo que ele e o presidente assumiram no dia 15 de dezembro de 2005 no Palácio do Planalto. Relembrando o discurso de Lula na ocasião: “o senhor me disse que “não seria louco de levar essa obra à frente se apresentássemos uma alternativa melhor”, o bispo de Barra destacou que não faltam alternativas. “Falta uma decisão política mais lúcida”, reforçou. De acordo com dom Cappio, somando as obras propostas pela Agência Nacional das Águas (ANA), juntamente as iniciativas de captação, armazenamento e manejo de água de chuva desenvolvidos pela Articulação do Semi-Árido (ASA), o presidente terá uma chance de escolha muito melhor, pela qual seu governo ficará marcado para sempre na história do nordeste brasileiro, sua terra natal. A ANA, propõe, inclusive, segundo a carta, 530 obras para solucionar os problemas de abastecimento hídrico até 2015 em todos os núcleos urbanos acima de cinco mil habitantes do semi-árido brasileiro. “Essas obras beneficiariam as populações mais necessitadas, e custariam R$ 3,6 bilhões, portanto, mais baratas, mais abrangentes, mais eficientes que qualquer obra de transposição hídrica”, enfatizou, chamando atenção para os valores que as obras de transposição irá consumir inicialmente. Cerca de 6,6 bilhões de reais, mais de 50% de todo o orçamento destinado a recursos hídricos no Programa de Aceleração de Crescimento (PAC). Ele ressaltou ainda órgãos contrários a intervenção, como o Tribunal de Contas da União (TCU), que afirma publicamente, em seu relatório, que o Projeto de Transposição de Águas do São Francisco não beneficia o número de municípios e de pessoas que afirma atingir. (Por Fernanda Chagas).
Wagner ficará isolado na defesa da transposição, afirma senador
O senador César Borges (PFL-BA) disse ontem que o bispo dom Frei Luiz Flávio Cappio tem o apoio da Bahia na luta contra a transposição do Rio São Francisco e advertiu que o governador do estado, Jaques Wagner, ficará isolado se mantiver a posição favorável à obra. “Talvez alimentando ambições futuras, Jaques Wagner transformou-se no articulador dos interesses de Lula no Nordeste, especialmente para viabilizar a transposição”, acusou. Para o senador, os baianos, independente de partido ou ideologia, devem se manifestar pela recuperação do Rio São Francisco e contra a transposição de águas, freando o ímpeto do Governo Lula. “Todos devem se manifestar, seja do PFL ou do PT, porque esta não é uma questão ideológica, mas sim ambiental, técnica e econômica. A transposição condenará o rio e também aqueles baianos que vivem no semi-árido e nunca tiveram acesso a essa água”, afirmou. César Borges disse que a defesa do São Francisco não deve ser politizada, e considerou fundamental a participação ampla da sociedade. Por isto, elogiou a manifestação de ONG’s e da CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil), que podem mobilizar a população para debater a necessidade da obra, para que o Governo Lula recue da decisão de iniciar a transposição em pouco tempo. “É preciso que dom Frei Cappio não lute sozinho”, explicou. César Borges lembrou que, no seu mandato de governador, manifestou-se contra a transposição, proposta pelo antecessor de Lula, e que seu sucessor, Paulo Souto, também se manteve na defesa da integridade dos recursos baianos. Por isto, estranhou que Jaques Wagner mude a estratégia do governo baiano na questão. “Ao que parece, ele está mais interessado numa articulação nacional na qual a questão baiana é periférica”, afirmou. A preocupação em ser o articulador de Lula no Nordeste, de acordo com o senador, ainda levou o governador Wagner a apoiar o projeto da ferrovia Transnordestina, que não prevê ramal ferroviário para atender os produtores de grãos do Oeste baiano e, muito menos, terá ligação com os portos da Bahia. “Tanto a Transnordestina, nos moldes atuais, quanto a transposição, são coisas perigosas para se defender quando se é um governador baiano”, afirmou. O ministro da Integração Nacional, Pedro Brito, evitou polemizar com o bispo de Luís Flávio Cappio, mas descartou adiar o projeto de Integração do Rio São Francisco por conta das críticas feitas hoje pelo religioso. “O processo de debate [sobre o projeto] é permanente, ele não parou nem vai parar. O que nós não podemos é ficar adiando indefinidamente o início de um projeto que é uma demanda desde a época do Império”, disse o ministro, ao comentar que o projeto foi amplamente discutido com a sociedade e inclusive com a CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil). O bispo, que ficou conhecido por ter protagonizado em 2005 uma greve de fome em protesto contra as obras de transposição do rio, entregou ontem no Palácio do Planalto uma carta de protesto contra o projeto de Integração do Rio São Francisco. Dom Cappio, que é bispo do município de Barra (BA), sugeriu ao governo frear as obras e reabrir o diálogo. Já o ministro da Integração Nacional, disse estar convencido da qualidade técnica e da excelência do projeto e do respeito ao meio ambiente. “Do ponto de vista social, o projeto é inatacável, porque ele vai beneficiar 12 milhões de brasileiros e não vai prejudicar nenhum”, disse. Segundo Brito, o projeto, que chegou a prever uma transferência de 300 metros cúbicos por segundo, depois 150 metros cúbicos por segundo, ainda no governo passado, agora prevê o desvio de apenas 26,4 metros cúbicos por segundo, o que corresponde a 1,4% da vazão do rio. Essa mudança no projeto foi apontada pelo ministro uma das alterações importantes motivadas por sugestões colhidas durante um amplo processo de discussões com a sociedade. Apesar das declarações feitas hoje pelo bispo, o Brito disse que não recebeu no ministério nenhuma proposta de alteração do projeto.
Líderes da própria base aliada criticam pressa do governo
Se na oposição é quase certo que o projeto de transposição da águas do Rio São Francisco não encontrará um só voto de apoio, também entre aliados do governador Jaques Wagner e do presidente Lula na Assembléia Legislativa essa colaboração está muito difícil. Pelo menos é o que se depreende das declarações de dois destacados deputados governistas na Casa - o líder do PT, Yulo Oiticica, e o líder do PDT, Roberto Carlos. Roberto Carlos, que está em seu segundo mandato e é de Juazeiro, município banhado pelo São Francisco, entende que antes da revitalização do rio e da discussão ampla de outras questões relativas à bacia hidrográfica, ele permanecerá “literalmente contra” o projeto. “Em Juazeiro, a 5 quilômetros das margens do rio, falta água tanto para o consumo humano como para o consumo animal. Com a transposição, a tendência é o agravamento do quadro”, justificou. Para o parlamentar, revitalizar o São Francisco é uma tarefa gigantesca, mas indispensável, compreendendo, entre outras providências, a limpeza do leito e o plantio de árvores às margens de seus numerosos afluentes para evitar os efeitos danosos da erosão e do assoreamento. “Sem mata de proteção nas margens desses rios tributários”, explicou, “a terra cede, cai no leito, e o resultado é que a água vai diminuindo, o que contribui para secar o próprio São Francisco”. O líder pedetista chama a atenção para outro aspecto: a distância de até mil quilômetros a que se pretende levar água do São Francisco. “Imagine o valor dessa obra e também o desperdício de água que ocorrerá pelo caminho. Além disso, no eixo norte, a água é para consumo comercial”, argumentou, lembrando que na própria região de Juazeiro a maioria dos lotes de pequenos proprietários está com sua água de irrigação cortada porque os custos têm sido muito altos. “Valerá a pena executar esse projeto sem fazer-se um estudo que indique sua viabilidade?”, indagou Roberto Carlos, acrescentando que o São Francisco, ao longo de seu curso, enfrenta graves problemas. “Já no território baiano, perto da divisa com Minas Gerais, há trechos do rio que podem ser atravessados a pé. O governo federal, portanto, tem de ter sensibilidade suficiente e trabalhar em políticas preventivas antes de aventurar-se nessa transposição”, concluiu. (Por Luis Augusto Gomes).
Governador volta a condenar a Globo
A polêmica em volta do índice de violência registrado no Carnaval de Salvador permanece esquentando os ânimos no cenário político baiano. Ontem, durante a cerimônia de posse do superintendente regional da Polícia Federal no Estado, delegado Antônio César Fernandes, na Fundação Luís Eduardo Magalhães, o governador Jaques Wagner, voltou a demonstrar sua indignação referente às notícias publicadas pela mídia, em especial a veiculada pelo Jornal Nacional, da Rede Globo, na última terça-feira, afirmando que a festa de Momo foi mais violenta e que o número de ocorrências policiais já era quase 30% maior do que no ano passado. Segundo Wagner, tendo em vista o número de pessoas que participaram da festa não é possível classificá-la como violenta. “Como governador, claro que eu gostaria que esse número fosse zero, mas realmente é difícil. Afinal, são, em média, 1,5 milhão de pessoas nas ruas da cidade. Portanto, não sei a quem a Globo está prestando o serviço de difamar o Carnaval da Bahia. Isso que está acontecendo é um desserviço ao Brasil, à Bahia e ao turismo do Estado. “, enfatizou, insinuando nas entrelinhas de que se tratava de um golpe do grupo pefelista derrotado por ele nas urnas em outubro do ano passado. Como forma de rebater as críticas Wagner destacou que dos R$ 24,435 milhões investidos pelo governo do estado na festa, R$ 14,5 milhões foram destinados a Segurança Pública. Além disso, frisou que as estatísticas divulgadas pela Secretaria de Segurança Pública do Estado, ao contrário do que está sendo divulgado, foi menor do que no ano anterior, enquanto a Bahia era administrada pelo pefelista Paulo Souto. Conforme levantamento feito pela secretaria, o Carnaval de Salvador teve, este ano, um homicídio a menos que o de 2006. (Por Fernanda Chagas).
Fonte: Tribuna da Bahia

Cidade ilhada

Por Nelson Rocha
As chuvas de Verão que lavaram a cidade após o Carnaval também trouxeram uma enxurrada de transtornos para o soteropolitano. Os bairros situados à beira mar da Cidade Baixa são os mais afetados quando isto acontece. As complicações oriundas do excesso pluviométrico, da maré cheia e da falta de um saneamento básico satisfatório, estenderam-se por toda orla marítima de Salvador nas últimas 24 horas, ameaçando as barracas de praia. O mal tempo também provocou a ampliação de buracos e abertura de verdadeiras crateras em zonas carentes, a exemplo do ocorrido na rua das Pedrinhas, em Plataforma, onde a falta de drenagem contribuiu para expor mais ainda a tubulação local e a erosão de terrenos no entorno pode atingir algumas residências. Se o Instituto Nacional de Meteorologia confirmar a permanência da frente fria na Região Metropolitana até amanhã, o risco de uma tragédia generalizada é evidente, o que faz com que as equipes do Corpo de Bombeiros e da Coordenadoria Especial de Defesa Civil estejam em plantão permanente. Os deslizamentos de terras, desabamentos de imóveis e alagamentos são registros mais ocorrentes segundo a Codesal. O período chuvoso está relacionado a aglomeração de nuvens trazidas do oceano para costa baiana pelo vento, proporcionando uma temperatura que varia entre a mínima de 23º e a máxima de 29º. Como o Outono, a estação de transição entre o Verão e o Inverno, inicia-se no dia 22 do próximo mês, a capital baiana precisa de atenção redobrada por parte das autoridades municipais para enfrentar a investida das chamadas “ águas de Março”
Donos de cavalos soltos na rua serão penalizados por omissão
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) está articulando com a Polícia Rodoviária Estadual uma operação para capturar animais de grande porte que são deixados por seus proprietários para pastar nos canteiros centrais de algumas avenidas de Salvador. A Lei 5.504 / 99 proíbe a presença de animais soltos em áreas públicas, por representar perigo para o tráfego de veículos e à saúde da população e dos próprios animais. Na manhã de quarta-feira um carro colidiu com um cavalo, no início da Avenida Bonocô, próximo ao Acesso Norte, no momento em que o animal invadia a pista, o que causou danos materiais ao veículo. O cavalo fraturou as duas patas e teve que ser sacrificado. O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da SMS tem capturado uma média de seis a oito animais de grande porte por mês, encontrados em vias públicas. Esses animais são conduzidos para ao curral do CCZ, onde permanecem por um período de 96 horas, até serem resgatados por seus proprietários. Quando o dono não aparece, o animal é encaminhado para outras instituições. As áreas onde o CCZ registra a infração com maior freqüência com a presença de animais nos canteiros são as avenidas Paralela, Suburbana, ACM, Juracy Magalhães e Estrada Velha do Aeroporto. Em razão da desobediência dos donos dos animais, a SMS resolveu buscar a ajuda da Polícia Rodoviária Estadual, pois o CCZ não tem poder de polícia. A Secretaria Municipal da Saúde possui um caminhão do tipo boiadeiro que é utilizado nas operações de captura. Também desenvolve ações educativas junto a carroceiros proprietários de animais, esclarecendo-os sobre o perigo que a presença de eqüinos em vias públicas representa para a saúde da população. Nas ações educativas realizadas por veterinários da SMS, os donos são orientados a buscar forragem em outros locais, para que seja servida aos animais em instalações fechadas. Também orienta sobre a posse responsável e o manejo apropriado para animais de grande porte.
Obras do metrô são retomadas após o Carnaval a todo vapor
Encerrado o Carnaval, a cidade volta ao trabalho, inclusive técnicos e operários das obras do metrô. Ontem, a Companhia de Transportes de Salvador (CTS) retomou as obras que tinham sido interrompidas durante a festa momesca. O diretor de Planejamento do órgão, Paulo Macedo, explicou que as máquinas ficaram paralisadas durante a folia para evitar possíveis acidentes e permitir que os veículos e as pessoas se deslocassem com mais tranqüilidade. Macedo revelou que, mesmo com essa interrupção, o metrô será entregue à população no tempo previsto, em março de 2008. Mais de 90% das ações na via subterrânea já foram concluídas. A escavação da secção plena do túnel e dos poços de alívio da Estação da Lapa e do Campo da Pólvora já foi completada. Encontra-se em andamento a execução dos poços de ventilação intermediários (PVI) e extremos (PVE), responsáveis pela garantia da circulação do ar na via subterrânea. Mais 30 vigas já foram colocadas no elevado Bonocô, correspondendo a sete vãos e meio de extensão. Neste espaço já foi iniciada a execução do tabuleiro, que é a plataforma do elevado por onde passarão os trens. Nas estações, as obras continuam em andamento. As do Campo da Pólvora e da Rótula do Abacaxi estão em fase de acabamento. Nestes locais, estão sendo feitas pintura, colocação de piso, escadas rolantes e elevadores, além das instalações elétrica e hidráulica. A base da Estação Brotas já está concluída, compreendendo fundação e contenção, obras necessárias para a montagem da estrutura visível. Já a obra da Estação Lapa encontra-se na fase estrutural. A edificação da Estação Bonocô começou no início deste ano. Segundo o cronograma da CTS, em fevereiro do próximo ano serão concluídas as obras de paisagismo e instalações hidráulicas e elétricas de toda a obra do metrô. Nesse mesmo mês chegarão a Salvador os seis primeiros trens, que estão sendo construídos por um consórcio formado pelas empresas Mitsui (Japão) e Rotem (Coréia do Sul). Cada trem é composto por quatro vagões, que permitirá a 1.250 pessoas des??????o??locarem-se ao mesmo tempo. O convênio para a compra dos trens foi celebrado entre a Prefeitura Municipal e o governo do Estado, somando um total de R$ 92 milhões. Logo após a conclusão dessa primeira etapa, em março do próximo ano, será iniciada a segunda, que compreende mais seis quilômetros, entre o Acesso Norte e o bairro de Pirajá. A verba de R$ 403 milhões foi garantida pelo governo federal, a partir do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Com toda a linha metroviária, segundo estimativas da CTS, o cidadão vai gastar em média cerca de 30 minutos para fazer o percurso de 12,5 quilômetros, de Pirajá até o centro da cidade.
Fonte: Tribuna da Bahia

Sucesso do Asa de Águia ganha trófeu ‘Bahia Folia’

Jony Torres
O refrão de Quebra aê, sucesso do Asa de Águia, ainda ecoa na mente de milhares de pessoas e vai continuar sendo lembrada por muito tempo, principalmente agora que foi eleita a música do Carnaval, através da Pesquisa Bahia Folia 2007, da Rede Bahia. A composição de Durval Lelys, obteve 28,6% dos votos e desbancou fortes concorrentes como Cachaça (com 15,6% dos votos), de Carlinhos Brown para a Timbalada; e Berimbau Metalizado (11,8%), composta por Miro Almeida Duller e Dória, interpretada por Ivete Sangalo. A coleta e análise dos dados foi feita pela P&A – Instituto de Pesquisa e Análise.
A música que foi executada exaustivamente em todos os circuitos da folia, praticamente por todas as bandas, só foi ouvida na voz dos próprios autores no circuito Barra/Ondina, único local de apresentação da banda. A primeira execução pública da música feita pelo Asa de Águia no Carnaval foi na quinta-feira, durante o desfile do bloco Cocobambu, com Durval interpretando o personagem Caramulino. O hit não demorou a cair nas graças do folião e em pouco tempo, durante a passagem da banda, não se ouvia mais o tradicional “o Asa arreia”, a galera só pedia “quebra aê, quebra aê”.
A canção com versos que falam da própria relação da banda com seus fãs e traduzem a verve festeira de Durval Lelys, teve na repetição do refrão a principal força para ser cantada por toda a cidade, apesar do pouco tempo de divulgação. Cordial e ciente da importância da escolha da música como hino desta edição da maior festa do planeta, Durval dividiu os louros da vitória com seus colegas. “A felicidade não é só pelo sucesso da música, mas por todo o trabalho desenvolvido pelos artistas baianos. As outras músicas são maravilhosas e também mereciam receber prêmios. Mas é assim mesmo, um ano ganha um, no próximo o outro e o Carnaval da Bahia é quem sai ganhando no final”, afirmou Durval.
Realizada desde 1994, a pesquisa Bahia Folia já consagrou diversos clássicos do Carnaval baiano como Requebra, de Pierre Onássis, gravada pelo Olodum; Cabelo raspadinho, composta por Edu Casanova e Tenison del Rei, interpretada pelo Chiclete com Banana; e Festa, de Anderson Cunha, na voz de Ivete Sangalo. No ano passado, o título de melhor música do Carnaval ficou com Café com pão, com letra de Jauperi, interpretada pela banda Vixe Mainha, antiga Afrodisíaco. A votação foi feita através do site da www.ibahia.com/bahiafolia ou através de cupons publicados no jornal Correio da Bahia, além de uma pesquisa realizada na Quarta-feira de Cinzas.
Fonte: Correio da Bahia

Circuito Barra/Ondina lidera casos de violência

Polícia Civil registrou no Carnaval 959 furtos e roubos na orla contra 379 ocorrências do mesmo tipo no centro


Jairo Costa Júnior
Vinte e três anos depois da passagem do primeiro trio elétrico no circuito Dodô, os cerca de 4,5km que ligam a Barra a Ondina se tornaram o ponto mais violento do Carnaval de Salvador. De acordo com dados fornecidos na noite de anteontem pelo Centro de Documentação e Estatística Policial (Cedep), órgão da Polícia Civil baiana, foram registrados 959 furtos e roubos no corredor da folia situado na orla, contra 379 contabilizados no centro da cidade.
As estatísticas do Cedep sobre outros delitos cometidos nos dois principais pontos do Carnaval de Salvador confirmam a liderança da orla no quesito violência. Das 2.830 pessoas detidas pela polícia durante todo o período da folia, 1.193 estavam entre a Barra e Ondina, e apenas 258, no trecho entre o Campo Grande e a Avenida Sete de Setembro. Das 21 armas brancas apreendidas, 16 foram encontradas em posse de foliões localizados no circuito Dodô.
Outros dados fornecidos pela Polícia Civil apontam uma proximidade grande entre os dois circuitos, sempre com a orla à frente. No caso dos flagrantes lavrados, o Cedep registrou 14 no Barra/Ondina, e 13, no Campo-Grande/Avenida Sete. Em relação às apreensões de armas de fogo, foram quatro contra três, respectivamente. A tônica se repete nas prisões de suspeitos de tráfico de drogas: sete no Dodô e seis no Osmar Macedo.
Apenas em dois tipos de delitos, a orla perdeu para o circuito do Campo Grande/Avenida Sete. Enquanto no Dodô foram registradas quatro tentativas de homicídio, no Osmar foram cinco. Informações obtidas junto à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), fundamentadas no balanço de atendimento nos postos de saúde instalados nos corredores da folia, apontam também que as lesões corporais no centro foram mais numerosas que no trecho entre a Barra e Ondina: 51,7% contra 47%, no total de 1.714 pessoas agredidas assistidas pelos profissionais da SMS.
Tempo - Para a chefe do Cedep, delegada Emília Blanco, a principal razão para os índices maiores de violência no circuito Barra/Ondina é a própria configuração do Carnaval na orla, que ocorre de quinta-feira à noite à manhã da Quarta-feira de Cinzas. “No centro da cidade, a folia só começa para valer mesmo no domingo. Logo, é óbvio que as estatísticas sejam menores lá”, analisou. A opinião é compartilhada pelo coordenador de comunicação social da Polícia Militar (PM), tenente-coronel Aristóteles Borges do Rosário. “O tempo de duração da festa é muito maior no circuito Dodô, o que implica em uma maior quantidade de delitos praticados”, ratifica.
O comandante de Policiamento da Capital, tenente-coronel Nilton Régis Mascarenhas, disse que os mais de 14 mil homens destinados pela PM para garantir a segurança nos três principais circuitos da festa – há ainda o Batatinha, no Pelourinho – não trabalharam necessariamente em locais determinados. “Há o contigente escalado para um ponto, mas isso pode mudar de acordo com o horário e a saturação”, avaliou Mascarenhas.
A Empresa de Turismo S/A (Emtursa) destacou, através da sua assessoria de comunicação, que reconhece o problema da violência em Ondina, considerado crônico pelo órgão. O fato teria motivado a antecipação da saída dos trios elétricos em uma hora e 30 minutos, em média, nos seis dias da festa, em comparação com 2006. Segundo a Emtursa, a questão deverá ganhar amplo espaço no grupo que será formado a partir de março, para debater o Carnaval de Salvador. A equipe será formada por integrantes dos organismos ligados à Secretaria de Segurança Pública, Ministério Público, prefeitura, governo entre outras entidades.
Fonte: Correio da Bahia

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

RAIO LASER

Sem comissão
A demora na definição do líder do governo na Assembléia deixa em estado de ansiedade também a bancada oposicionista, sem interlocução formal para definir e negociar seus indicados às comissões, assim como tratar da proporcionalidade no âmbito dos colegiados.
Sem prazo
Como o regimento da Assembléia estabelece que as comissões devem ser instaladas até 10 dias após a reabertura dos trabalhos legislativos, prevista para amanhã em solenidade com a presença do governador Jaques Wagner na Casa, com o Carnaval, os partidos terão na prática apenas dois dias para definir o assunto.
Trio elétrico
A bem bolada proposta dos governadores Jaques Wagner (Bahia), Sérgio Cabral (Rio) e Eduardo Campos (Pernambuco) de se circularem entre as três capitais que rivalizam as atenções no Carnaval tem como objetivo máximo atrair o presidente Lula para o mesmo roteiro no período.
Vídeo
Foi a exibição de um vídeo sobre a história do PT, produzido pela Fundação Perseu Abramo, que a organização das comemorações do aniversário do partido em Salvador achou que deveria esperar terminar para depois receber o governador, o que mais irritou Jaques Wagner no episódio do encerramento do evento, no Othon.
Ódio
O ex-vereador Celso Cotrin foi quem botou a boca no trombone para a imprensa sobre o teor do encontro dos vereadores com o Ministério Público ontem, no qual a promotora Armênia Pinto fez várias revelações sobre o andamento das investigações a respeito da ex-subsecretária municipal de Saúde, Aglaé Souza, e sua amiga e consultora financeira da pasta, Tânia Pedrosa, acusadas de terem mandado matar o funcionário Neylton Souto.
Emturmado
Bem relacionado com o governador Jaques Wagner e o PT baiano, Marcelo Nilo foi o único tucano presente ao jantar em homenagem aos 27 anos do partido do presidente Lula, realizado em Salvador, no sábado passado. Como presidente da Assembléia, foi chamado a compor a mesa ao lado de Lula e Jaques Wagner.
Abatimento
Inspirado em um programa de modernização tributária criado pela Prefeitura de São Paulo, no qual o cidadão pode abater até 50% do IPTU dos imóveis, o vereador Giovanni Barreto (PT) fez indicação ao secretário municipal da Fazenda, Oscimar Torres, sugerindo a implantação da nota fiscal eletrônica e o abatimento no imposto para o consumidor que pedir nota fiscal.
Apelido
Desesperados com a dificuldade em obter verbas do governo estadual para o desfile do Carnaval, os blocos afros passaram a chamar de “capitães do mato” os secretários estaduais Domingos Leonelli (Turismo), Márcio Meirelles (Cultura) e Luis Alberto (Reparação), responsáveis pela gestão dos recursos para a festa.
Ações
Ao contrário do que noticiou a coluna, com relação ao prefeito Oziel Oliveira, de Luis Eduardo Magalhães, há, em grau de recurso, tramitando apenas dois processos no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Na verdade, as ações contra ele que aguardam julgamento estão na Justiça em Barreiras.
CURTAS
* Risco - De acordo com as entidades carnavalescas, por “falta de sensibilidade” dos três secretários, a festa estaria na iminência de inexistir para os blocos afros, que vivem arrocho histórico com a extinção de repasses municipais e viram os estaduais serem reduzidos à metade com relação ao ano passado. * Justiça - Considerado peça-chave no trabalho de investigação que a Polícia está fazendo no Caso Neylton, o delegado Arthur Galas foi, num primeiro momento, brindado até com a pecha de carlista por petistas mais afoitos. À medida que o cenário foi se descortinando, entretanto, a percepção da turma sobre o policial mudou da água para o vinho. . * Campanha - A Câmara Municipal decidiu antecipar para hoje, a partir das 13hs, a tradicional feijoada que oferece às quintas-feiras de Carnaval no camarote dos vereadores, no Campo Grande. Na oportunidade, o presidente da Casa, Valdenor Cardoso, vai lançar a campanha contra a exploração e o turismo sexual, em conjunto com o Juizado de Menores. * Educação - O debate em torno da construção de um plano estratégico para a educação na Bahia vai envolver o pós-doutor em Educação Miguel Gonzalez, convidado pelo secretário estadual de Educação, Adeum Sauer, a ajudar a traçar as ações e diretrizes para a pasta junto com a sua equipe durante encontro previsto para amanhã à tarde. * Fundo - O senador Antonio Carlos Magalhães apresentou à Mesa do Senado uma proposta de emenda à Constituição que cria um fundo de combate à violência e apoio às vitimas da criminalidade. A proposta vai receber o nome de João Hélio, menino que foi brutalmente assassinado na semana passada no Rio de Janeiro e tramitará em caráter de urgência. * Bloco - O deputado Euclides Fernandes foi escolhido líder do bloco formado pelo PDT com o PRTB e o PSC em reunião que contou com a participação dos sete deputados que integram as legendas na Assembléia Legislativa. O bloco pretende indicar ainda a presidência de duas comissões - Defesa do Consumidor e Desenvolvimento Econômico e Turismo. * Diversionismo - Atônitos com as denúncias envolvendo as pastas ocupadas pelos seus partidos na administração municipal, vereadores do PT e do PC do B insistem em querer atribuir a origem dos problemas à gestão anterior, apesar das evidências em contrãrio.
Fonte: Tribuna da Imprensa

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