Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

domingo, abril 02, 2023

Segundo Datafolha, Lula vai bem em questão indígena e combate à fome e derrapa na economia

 

Imagem sobre Segundo Datafolha, Lula vai bem em questão indígena e combate à fome e derrapa na economia
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

A largada do terceiro governo Lula foi boa na atenção aos indígenas e no combate à fome e à miséria, mas patinou na economia, na saúde e na segurança pública. É o que mostra a avaliação dos eleitores brasileiros em pesquisa do Datafolha sobre os três primeiros meses do novo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
 

Os itens selecionados foram aqueles que tiveram acima de 10% de citações na pesquisa estimulada, que pediu aos entrevistados que indicassem em quais das áreas listadas o governo Lula até aqui foi bem ou foi mal.
 

A atenção aos indígenas registrou 16% de menções positivas, uma consequência direta da crise dos yanomami em Roraima, que ganhou grande destaque no começo do ano e em que o governo agiu com bastante visibilidade -se o problema em si será resolvido, o tempo dirá.
 

Na sequência veio o combate à miséria, visto por 12% como ponto para Lula. O tema é o centro de sua retórica desde as campanhas anteriores e os dois governos (2003-2010) que comandou, e logo que assumiu o presidente recriou o Bolsa Família em seu formato original.
 

Do lado positivo, logo abaixo vieram cultura (8%) e promoção da igualdade racial (7%), pontos que foram relegados ao segundo ou terceiro plano sob o governo de Jair Bolsonaro (PL) e cuja defesa é usualmente associada ao campo que se autodenomina progressista, à esquerda. Não por acaso, ambas as áreas ganharam ministérios próprios sob Lula, o que explica a avaliação.
 

Depois, dentro da margem de erro, vêm o combate ao desemprego (6%), a defesa dos direitos humanos e a saúde (5%), educação e relações exteriores (4%). A economia só foi vista como bem atendida por 3%. Não citaram nenhum ponto positivo 13%, e 5% não souberam responder.
 

Na mão inversa, é a economia quem domina as menções negativas. Consideram que Lula vai mal nessa área, onde tenta acertar o rumo apresentando o arcabouço fiscal, 15%. Já a saúde e a segurança pública são citados por 12%, enquanto combate ao desemprego e à corrupção são apontados por 10%.
 

Em um degrau abaixo, empatado no limite da margem de erro, vem a educação (6%). Depois, combate à miséria (4%) e uma série de outros temas. Não viram nenhuma área desatendida 7%, enquanto 10% não responderam.
 

Quando questionados acerca das prioridades nacionais, os eleitores ouvidos refletem a avaliação de políticos acerca do estado de humor do país após três anos de pandemia do novo coronavírus. Durante a campanha eleitoral, ressurgiu a defesa de temas tradicionais como saúde e educação, além da economia.
 

Entre aliados de Bolsonaro, é consensual a avaliação de que o comportamento negacionista do ex-presidente diante da Covid-19 foi fatal para sua pretensão de reeleição.
 

O combate à corrupção prevalente nas preocupações nacionais nos anos de auge da Operação Lava Jato, de 2014 a 2019, foi deixado de lado do centro dos discursos de campanha.
 

Assim, sem surpresa a saúde lidera com folga o ranking de prioridades, com 32% de menções na pesquisa estimulada, embora o índice tenha caído dez pontos desde dezembro, quando o Datafolha fez o mesmo questionamento.
 

Educação vem a seguir, com 16%, com combate ao desemprego marcando 12% e à miséria, 10%. A economia em geral (8%) empata com a segurança pública (7%), enquanto o combate à corrupção marca 4%.
 

O Datafolha ouviu, nos dias 29 e 30 de março, 2.028 pessoas com mais de 16 anos em 126 municípios.

Em destaque

O “golpe dentro do golpe” já se tornou tradição militar no Brasil

Publicado em 26 de novembro de 2024 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Figueiredo e Geisel sofreram o golpe dentro do g...

Mais visitadas