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sábado, abril 15, 2023

Lula reconhece a autoridade chinesa sobre Taiwan, que gera tensão entre China e EUA

Publicado em 14 de abril de 2023 por Tribuna da Internet

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Deu no Estadão

Declaração conjunta de Brasil e China após visita da comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforça reconhecimento de que Taiwan é parte da nação chinesa, contrariando posição americana, que estimula independência do governo democrático da ilha. Localizada a cerca de 130 km da costa da China, a ilha de Taiwan mantém um governo democrático, autônomo ao Partido Comunista Chinês e à autoridade do presidente Xi Jinping.

Em meio aos interesses das duas nações mais poderosas do planeta, Taiwan tem sido um dos principais focos de divergência entre os Estados Unidos e a China, que acusa os americanos de alimentarem o desejo e movimentos da ilha para se consolidar como um país independente.

EXERCÍCIOS MILITARES – Nas últimas semanas, tanto chineses quanto americanos conduziram exercícios militares na região, elevando o clima de tensão. No início do mês, a China chegou a simular ataques e um cerco aéreo à ilha, no Estreito de Taiwan; logo depois, o governo americano conduziu manobras de guerra de escala inédita nas Filipinas. Em tom grave, o governo chinês afirmou que a “independência de Taiwan e a paz são incompatíveis”.

No encerramento da viagem de três dias do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China, a declaração conjunta entre os dois países reforçou que o Brasil reconhece a autoridade chinesa sobre Taiwan, bem como o fato de a ilha fazer parte do território nacional.

Não se trata de postura inédita, mas o posicionamento do governo brasileiro em meio a essa tensão crescente na região – somado às declarações de Lula criticando a hegemonia do dólar no comércio internacional – claramente contrariam o ponto de vista do governo dos Estados Unidos.

AUMENTA A TENSÃO – O atual cenário de tensões foi iniciado em meados do ano passado, pela viagem da presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan – a primeira de uma autoridade americana de primeiro escalão desde 1997, quando Newt Gingrich, também presidente da Câmara à época, desembarcou na ilha.

Apesar das sinalizações da Casa Branca de que a viagem partiu de uma iniciativa do Congresso e que não alterava a política externa americana, Pequim entendeu o gesto como uma provocação, reagindo em diferentes frentes – e aprofundando ainda mais a crise.

A China reivindica Taiwan como seu território e prometeu recuperá-lo – pela força, se necessário. Em uma ligação com o presidente americano, Joe Biden, no final de julho, o líder chinês, Xi Jinping, alertou fortemente os EUA contra a intervenção na disputa, aconselhando o democrata a “não brincar com fogo”.

NAVIOS DE GUERRA – Os alertas de Pequim repercutiram no Pentágono e no Comando Indo-Pacífico no Havaí, onde oficiais militares americanos foram encarregados de proteger Pelosi e avaliar o que a China poderia fazer militarmente em resposta à sua visita. Durante a viagem da parlamentar à Ásia, os EUA deslocaram navios de guerra para perto de Taiwan, aumentando a presença militar para uma eventual resposta.

No capítulo mais recente desse processo, a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen fez uma visita aos EUA e foi recebida pelo presidente da Câmara de Representantes no Congresso, o que levou à escalada militar na região nas últimas semanas.

A profunda rachadura entre a China e Taiwan remonta à guerra civil da China, que eclodiu em 1927 e colocou forças alinhadas com o Partido Comunista chinês contra o exército nacionalista Kuomintang (KMT).

DUAS CHINAS – Finalmente derrotado pelos comunistas de Mao Tse Tung, o líder do KMT, Chiang Kai-shek, fugiu para Taiwan, que ainda estava sob controle do KMT. A partir de então, Chiang continuou a reivindicar a totalidade da China – assim como o continente reivindicou Taiwan.

O nome oficial de Taiwan continua sendo República da China, enquanto o continente é a República Popular da China. Ambos os lados ainda reivindicam formalmente representar toda a China.

Taiwan se tornou uma democracia vibrante e desenvolvida, cuja popular presidente, Tsai Ing-wen, enfatizou a identidade separada da ilha. O KMT, agora em oposição, é mais favorável a maiores laços com Pequim, especialmente no comércio.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Enquanto a China se declarar comunista, Taiwan não quer anexação, embora os dois povos sejam chineses e falem a mesma língua, o mandarim. Assim, a solução parece ser apenas uma questão de tempo. (C.N.)

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