Publicado em 16 de abril de 2023 por Tribuna da Internet
Deu na Folha
O atual comandante do Exército brasileiro, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, recebeu R$ 770 mil em apenas dois meses, fevereiro e março de 2023, segundo o jornal Folha de S. Paulo. O valor se refere a benefícios da carreira militar e direitos trabalhistas adquiridos em 42 anos de serviço.
Os repasses foram feitos em três ordens bancárias distintas, emitidas entre os dias 6 de fevereiro e 27 de março a primeira, duas semanas após ter sido designado comandante do Exército, com a demissão do general Júlio César de Arruda pelo ex-presidiário Lula (PT).
FÉRIAS E LICENÇA-PRÊMIO – O maior pagamento, de R$ 388,9 mil, se refere a indenizações pecuniárias por férias não tiradas e outros benefícios típicos da carreira –entre eles, a licença especial a que militares tinham direito, até o início do século, de tirar seis meses de férias a cada dez anos trabalhados. Se o militar não tirasse o descanso, ele receberia em dobro o salário referente aos meses da licença.
Segundo o Exército, Tomás teve direito ao montante por ter férias atrasadas de 2022, férias não tiradas em 2019, 2020 e 2021 e não ter aproveitado a licença especial quando ainda estava em vigor.
O segundo maior pagamento custou R$ 304,1 mil aos cofres públicos. Previsto em lei, o benefício é uma “ajuda de custo” concedida aos militares sempre que um oficial ou praça vai para a reserva remunerada. O valor é calculado em oito vezes o salário bruto do último posto que o militar ocupou (R$ 38 mil, como general quatro estrelas), livre de impostos.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Uma notícia nauseante, enviada por Eliel Salles. É tudo dentro da lei. O problema é que, aqui na filial Brazil, a lei é feita sob medida para beneficiar as elites dos três apodrecidos Poderes. Como diria Martinho da Vila, “devagar, devagarinho” eles vão criando vantagens e penduricalhos que não têm fim, porque o céu é o limite. E a conta é sempre paga pelo cidadão-contribuinte-eleitor, como dizia o genial Helio Fernandes. Na nossa matriz U.S.A, porém, é tudo diferente, não existem esses privilégios absolutamente imorais. Mas quem se interessa? (C.N.)