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quinta-feira, dezembro 22, 2022

"Legado dos quatro anos Bolsonaro é perverso”, afirma gabinete de transição na apresentação de relatório final

 

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Foto: Fábio Rodrigues/ Agência Brasil

O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, e também coordenador da equipe de transição, apresentou na manhã desta quinta-feira (22), o relatório final com os principais pontos de destaques da situação do governo atual encontrada pelos grupos técnicos. O anuncio foi feito na sede do gabinete de transição, no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

 

"Infelizmente nós tivemos um retrocesso em muitas áreas. Governo federal deu um passo para trás. O estado que o Lula recebe é muito mais difícil e triste que anteriormente”, disse Alckmin ao apresentar relatório.

 

Além disso, um dos trechos do relatório fala do legado deixado. "As consequências são bastante perniciosas, não apenas no que diz respeito às estruturas do Estado, mas também no que toca ao comprometimento de direitos e políticas públicas de modo geral. O legado dos quatro anos do governo Bolsonaro é perverso” diz trecho.

 

Sobre as principais áreas, o vice-presidente deu um balanço geral de como se encontra a situação do país neste momento. A primeira anunciada foi a da Educação, que, de acordo com Alckmin teve um enorme retrocesso. "Aprendizagem diminuiu. Evasão escolar aumentou. Recursos como da merenda da educação básica teve congelamentos. Teremos um grande desafio pela frente”, avaliou.

 

Na área da Saúde, que foi um dos pontos mais delicados da gestão atual, de Jair Bolsonaro, por conta da pandemia da Covid-19, os cortes no orçamento da área para 2023 são da casa de R$ 10,47 bilhões, o que inviabilizou programas e ações estratégicas do SUS, como a farmácia popular, saúde indígena, e o programa HIV/AIDS. “Grande desafio na saúde pela frente”, disse Alckmin.

 

Em relação a violência, o relatório final do grupo apresenta dados de que com o aumento da distribuição de armas para as pessoas, teve um recorde de morte de mulheres. “Em 6 meses foram cerca de 700 feminicídios por armas de fogo”, destacou o vice.

 

Sobre a Infraestrutura, Alckmin disse que 93% das rodovias do país estão sem contrato de manutenção e prevenção. Já na Defesa Civil, o vice pontuou que a área conta com apenas R$ 2 milhões para prevenção de desastres naturais, que são comuns nessa época do ano, em especial no mês de janeiro, por conta do alto volume de chuvas em algumas regiões do país.

 

Na área de habitação, Alckmin disse que a gestão de Bolsonaro "tirou a possibilidade do sonho da casa própria de muitos brasileiros”. Um trecho do relatório cita o antigo programa Minha Casa Minha Vida. "O MCMV foi transformado no programa Casa Verde Amarela, que zerou as contratações para a baixa renda, afetando sobretudo a população mais carente e vulnerável em termos habitacionais’, diz trecho.

 

Outro ponto delicado na gestão de Bolsonaro foi a questão da Transparência, onde muitas informações foram colocadas como sigilosas por 100 anos. “Governo é vida publica, tem que ser transparente. Uma restrição além do absurdo esse dos sigilos de um século, coisa fora totalmente fora do momento que o mundo vive”, destacou Alckmin.

 

Já na área de meio ambiente, que foi outra área bastante polemica durante o governo atual, o relatório da equipe de transição aponta um aumento de 59% no desmatamento da Amazônia, entre 2019 e 2022. "E nas ultimas semanas, 1200% aumento de queimadas, além também do aumento da devastação das florestas, por grileiros de terras”, afirmou o vice.

 

Por último, Alckmin disse que R$ 5,5 bilhões de aportes não foram feitos a organismos internacionais. "A gente vê que houve um desmonte do estado brasileiro e teremos uma tarefa hercúlea pela frente para reerguer o Brasil”, finalizou Geraldo Alckmin.

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