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quinta-feira, setembro 01, 2022

Definição precoce do voto marca campanha




Migração das preferências está mais difícil

Por Maria Cristina Fernandes (foto)

A estabilidade da disputa eleitoral, a despeito das sabatinas dos candidatos à Presidência da República no “Jornal Nacional” e do início do horário eleitoral gratuito, decorre de dois indicadores muito claros da última pesquisa Ipec: o alto grau de definição da escolha e do voto espontâneo dos eleitores. Ambos os indicadores, na percepção da diretora do Ipec, Márcia Cavallari, estão em patamares extraordinariamente altos para esta fase da campanha.

A pesquisa nem mesmo desmontou a possibilidade de segundo turno. Nos votos válidos, Lula tem 50% e Bolsonaro, 37%, o que deixa o presidente estacionado e o ex-presidente com dois pontos percentuais a menos, perdidos para Ciro e Simone.

Para a rodada divulgada nesta segunda-feira, o Ipec colocou seus entrevistadores em campo entre a sexta-feira, 26 (estreia do horário eleitoral e último dia das sabatinas no “JN”), e o domingo, 28. No questionário estimulado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva permanece com os mesmos 44% dos votos e o presidente Jair Bolsonaro, também estacionado nos 32%. O resultado reproduziu aquele de 15 de agosto, data da rodada anterior.

É a pequena diferença entre os resultados colhidos por esta pergunta estimulada, obtida quando o entrevistado é apresentado aos candidatos, e aqueles decorrentes da pergunta aberta, sem os nomes de quem disputa, que caracteriza esta campanha. Nesta rodada do Ipec, este voto, chamado de “espontâneo”, colheu 40% para Lula e 31% para Bolsonaro, ou seja, uma diferença dentro da margem de erro em relação à pesquisa estimulada.

Em 2018, por exemplo, a rodada do Datafolha de 22 de agosto, colheu 15% para Bolsonaro e 20% para Lula no voto espontâneo. A do Ibope, de 20 de agosto, marcou 15% para Bolsonaro e 28% para Lula. E um total de 27% dos entrevistados não sabia em quem iria votar. Naquela data, a candidatura de Lula ainda não havia sido barrada, mas o Ibope testou o nome de Fernando Haddad e colheu que, votariam com certeza ou poderiam votar no petista, 27% dos eleitores.

Não parece haver dúvida de que o eleitor já sabe o que vai fazer em 2 de outubro. Nesta rodada do Ipec, 84% dos eleitores de Bolsonaro aparecem como decididos em relação a seu voto e 83% daqueles de Lula fazem o mesmo. Apenas 21% admitem mudar o voto. E, neste universo, os eleitores de Ciro são os mais volúveis. Mais da metade (52%) diz que pode escolher outro candidato.

Bolsonaro melhorou em quatro dos 10 indicadores e Lula piorou em três, mas todas essas flutuações aconteceram dentro da margem de erro. Por mais elaboradas que sejam as estratégias de campanha dos candidatos, está mais difícil fazer o eleitor mudar sua rota.

Valor Econômico

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