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quarta-feira, setembro 28, 2022

Lula alcança a maioria absoluta e vencerá nas urnas de domingo, dia 2 de outubro

Publicado em 28 de setembro de 2022 por Tribuna da Internet

Lula se envolveu diretamente em oito eleições presidenciais

Pedro do Coutto

Com base na pesquisa do Ipec divulgada na noite de segunda-feira, apontando 48% para Lula e 31% para Bolsonaro, posso afirmar que as eleições encontram-se decididas e que a vitória do ex-presidente sobre o atual ocorrerá já no primeiro turno da disputa, portanto, daqui há quatro dias.

Faço essa afirmação não apenas com base nos números do Ipec que consideram, inclusive, que Lula está atingindo 52% dos votos válidos, já descontados os votos nulos e brancos. Sustento essa opinião, também baseado na emoção da etapa final da campanha. Ela está muito mais com o candidato do PT do que com o atual presidente da República.

PERTO DA VITÓRIA – Numa corrida de tiro curto de cem metros ou numa maratona de 42 quilômetros, os que assistem às provas preocupam-se com a maior ou menor ação dos atletas na chegada. Na reta final da campanha deste ano, a ação mais forte, sem dúvida, está sendo desenvolvida por Lula da Silva. Está assim a um passo da vitória, assinalando um fenômeno eleitoral que significa um recorde no mundo.

Lula é o único político que se envolveu diretamente em oito eleições presidenciais: perdeu quatro e venceu quatro. Vitorioso agora em 2022, terá obtido uma vantagem de cinco a quatro na contagem final.

O essencial, aliás, focalizado em artigo ontem no O Globo por Míriam Leitão, está realmente na ação final dos competidores. A de Lula é muito mais forte do que a de Bolsonaro. Dezessete pontos de vantagem é uma larga diferença que se torna decisiva e demonstra um quadro cristalizado de preferências. Numa hipótese de segundo turno, Lula venceria por 19 pontos percentuais.

ÚLTIMO LANCE – A batida a favor de Lula está bastante solidificada ao ponto de surgirem dúvidas no comando da campanha bolsonarista que agora transfere o seu último lance para o debate de amanhã à noite na TV Globo.

A pesquisa do Ipec foi analisada na noite de segunda-feira no programa coordenado por Natuza Nery na GloboNews e objeto de reportagens ontem de Marlem Couto e Dimitrius Dantas, no O Globo, e de Levi Telles e Daniel Bramatti no Estado de S. Paulo. Na Folha de S. Paulo a reportagem saiu sem assinatura, mas também com destaque.

Na noite de segunda-feira, no programa Em Pauta, na GloboNews, me surpreendi com o ponto abordado por Demétrio Magnoli quando ele sustentou que para Lula seria melhor vencer no segundo turno por 19 pontos do que no primeiro por 17% dos votos válidos. Ele concluiu que no primeiro turno, contrariando os números, a vitória de Lula seria de 1% ou 2%, o que daria margem a Bolsonaro a contestar o resultado. A observação foi fora de foco.

CENTRO AVANÇADO – Hélio Schwassmann na Folha de S. Paulo situa a verdadeira posição ideológica de Lula da Silva. Acentuou que ele faz acenos à esquerda, o que significa na definição do autor que ele é no fundo um homem do centro avançado, mas não da esquerda. É um conservador pragmático, que na minha opinião é classificado como esquerdista pelo fato de não ser um conservador da direita. É um progressista, um político de enorme sucesso e repercussão ficando na história, principalmente política, pelo número de embates em que se envolveu.

Reportagem no O Globo de ontem focaliza as poucas alterações de intenções de votos registrados pelo Ipec na divisão de segmentos por renda, na divisão por sexo do eleitorado. O Ipec focalizou a grande diferença em favor de Lula entre os que recebem por mês até um salário mínimo e aqueles que ganham de um a dois salários mínimos. Mas não voltou a focalizar a tendência dos que estão na faixa de dois a cinco salários mínimos, tendência destacada por Miriam Leitão em seu comentário na manhã de terça-feira na TV Globo.

GUEDES, CULPADO –  Nos comentários que fez na segunda-feira à noite na GloboNews, Gerson Camarotti revelou informações dos bastidores do bolsonarismo, transferindo a culpa do desempenho da campanha do atual presidente ao ministro Paulo Guedes por ter retardado e dificultado a elevação do Auxíio Brasil de R$ 400 para R$ 600.

Este, a meu ver, é um dos fatores. Mas, sem dúvida, quem tem um ministro como Paulo Guedes na medida em que lhe atribui um poder singular não pode esperar o apoio dos assalariados, além daqueles que estão desempregados e são encurralados pelo fantasma da fome que para eles aparece a cada 24 horas. Ao longo da administração de Bolsonaro, Guedes não teve uma iniciativa sequer voltada para as classes de menor renda da população, e que em seu conjunto formam a maioria do eleitorado.

Mas a culpa, sobretudo, é do próprio presidente da República que leva a sério um ministro como Paulo Guedes. Agora mesmo, Manoel Ventura, em reportagem no O Globo, revela que o governo com base no Ministério da Economia nas diretrizes orçamentárias para 2023 cortou 99% dos recursos previstos para a prevenção de desastres naturais. Na verdade, zerou a rubrica apesar dos desastres recentes em Petrópolis e Friburgo.

CORTES – Cortou verbas da Farmácia Popular, cortou recursos voltados para as creches e pré-escolas, opôs-se a qualquer reajuste do funcionalismo público, o que levou o Supremo Tribunal Federal à iniciativa, legítima, de propor um aumento nominal de 18% para o Poder Judiciário. Afinal de contas, a inflação acumulada em quatro anos, mesmo considerando-se os dados do IBGE como certos, alcança 25%.

A falta de correção dos pagamentos na fonte do Imposto de Renda, está significando um aumento de 23,7% no tributo. Como é possível, assim, esperar que Paulo Guedes produza votos? Ele, isso sim, tem fobia pelos assalariados.

CRISTIANISMO –  O padre Kelmon, que estará no debate de amanhã na TV Globo, no debate de sábado no SBT, definiu-se como um cristão conservador. A meu ver é um equívoco. O Cristianismo é acima de tudo humanismo, a valorização do ser humano, principal objetivo de Jesus Cristo na vida terrena.

O Cristianismo assim inspira os reformistas, uma vez que a miséria, a fome e a pobreza são consequências de uma concentração de renda entre o capital e o trabalho que impede a dignidade humana da maioria da população mundial. O reformismo cristão está sobretudo assinalado na atuação do próprio Jesus Cristo, maior figura da humanidade, seja qual for o credo religioso das pessoas.

ANTES E DEPOIS – Um aspecto tem que ser reconhecido, a presença de Cristo na história que nasceu no período de Augusto e foi crucificado na era do Imperador de Roma, Tibério, é de tal ordem que ele mudou o calendário universal. Passou a ser dividido entre antes e depois dele próprio e rege todas as religiões além dos agnósticos e ateus.

Há poucos dias transcorreu o Ano Novo judaico na escala de 5781 passagens de um exercício para outro. O tempo cristão, entretanto, é de 2022 anos, muito mais antigo do que o protestantismo de Martinho Lutero que surgiu há 500 anos.

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