Medvedev voltou a ameaçar a Ucrânia com armas nucleares
Vaticano afirmou que ameaças com armas do tipo são 'repugnantes'
O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitri Medvedev, voltou a defender do uso de armas nucleares com fins bélicos nesta terça-feira (27) em uma entrevista para a mídia de seu país.
"A Rússia tem o direito de usar armas nucleares, se necessário, com base na doutrina nuclear. Faremos todo o possível para impedir os vizinhos hostis, como a Ucrânia, de comprar armas nucleares", afirmou aos veículos russos. Medvedev ainda disse que suas ameaças "não são um blefe".
Essa não é a primeira vez que o ex-presidente russo, muito próximo do atual mandatário, Vladimir Putin, ameaça com o uso de armas nucleares e deixa em alerta a comunidade internacional.
Um dia antes, durante uma reunião de alto nível nas Nações Unidas, o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, voltou a criticar quem ameaça com o uso de armas nucleares, reforçando que o mundo atual "está próximo do abismo de uma guerra nuclear", conforme repercute o portal católico Vatican News.
Para o número 2 do Vaticano, as ameaças do uso de armamentos do tipo na guerra na Ucrânia, "em um conflito de dimensões não vistas em gerações" é algo "repugnante".
"A energia nuclear é uma ameaça iminente que tem implicações devastadoras para toda a humanidade e demonstra que o objetivo de uma eliminação definitiva das armas atômicas, como escreveu o Papa na Fratelli tutti, é 'tanto um desafio quanto um imperativo moral e humanitário'", ressaltou em discurso repercutido pelo site.
As falas do secretário de Estado vem em um momento que o Vaticano tenta fazer uma visita do papa Francisco tanto a Kiev como para Moscou, mas o governo russo não respondeu aos pedidos da Santa Sé.
Ansa / Jornal do Brasil