Publicado em 27 de setembro de 2022 por Tribuna da Internet
Vicente Limongi Netto
Um dos políticos amazonenses mais respeitados e de renome nacional, Arthur Virgílio Neto (PSDB), encara o desafio de tentar voltar ao Senado, onde teve atuação marcante como um dos parlamentares mais combativos. O tucano, que disputou as prévias presidenciais de seu partido e figura como um dos favoritos para conquistar a única vaga do pleito, já faz planos e revela algumas de suas propostas para os próximos oito anos.
No Senado, deve integrar as comissões de Assuntos Econômicos e a de Relações Exteriores, que conhece bem e onde seu pai, o senador Arthur Virgílio Filho, também esteve.
CAMINHO INVERSO – “Sou um diplomata que fez o caminho inverso. Em vez de ir para o exterior, voltei para o interior do meu país, me dedicando ao Amazonas, minha terra natal, para ajudá-la a se desenvolver e para que ela sirva ao Brasil por abranger a maior fatia da Amazônia”, justificou Virgílio, que este ano completa 45 anos de vida pública.
“Quero usar toda essa experiência para reforçar a defesa da Amazônia no Congresso”, completou. Um dos objetivos é resgatar uma Proposta de Emenda Constitucional de sua autoria, apresentada em 2004, visando mudar o nome Zona Franca de Manaus – forte bandeira de sua luta – para Polo Industrial da Amazônia Brasileira.
“Passou facilmente no Senado, depois não sei o que fizeram na Câmara. Mas vamos resgatar e tirar essa impressão de comércio de bugigangas estrangeiras e colocar esse nome para que o Brasil acorde para o fato de que também é sócio do desenvolvimento sustentável da Amazônia”, alertou.
NÃO HÁ EX-MINISTRO – Colossal absurdo que repórter do Jornal Nacional informe errado a posição de ministros do Supremo, costumam ser os mais citados e entrevistados. No JN desta segunda-feira, Janaina Lepri, chamou Joaquim Barbosa de “ex-ministro” do Supremo. Ocorre que Barbosa é “ministro aposentado”. No STF não existe a figura de “ex-ministro”. É ministro da ativa ou aposentado. Nessa linha, ilustrando para jornalistas que insistam no erro, também são “ministros aposentados” Nelson Jobim, Ayres Britto, Carlos Veloso, Sidney Sanches, Ellen Gracie, Marco Aurélio de Mello e Sepúlveda Pertence.
Na esteira dos equívocos da imprensa, Carlos Alexandre, do Correio Braziliense, terça-feira, também classificou Barbosa de ex-ministro. Há dias, na “Veja”, o colunista Fernando Schuler chamou Marco Aurélio de Mello de ex-ministro. Na atual edição da revista, novamente chama outro aposentado do STF de ex-ministro. Desta vez foi Celso de Mello, ex-decano, hoje aposentado e famoso por seus discursos prolixos.
E nas redações ninguém corrige esses jornalistas…
GANSO BOICOTADO – Considero um colossal escárnio, Tite não convocar o cerebral meia do Fluminense, Paulo Henrique Ganso. Está em excelente forma, física e técnica. Ganso manifestou, há dois dias, para o portal GE, que sonha em ser lembrado por Tite. Meias convocados por Tite são excelentes jogadores, Mas, nenhum deles, a meu ver, joga mais do que Ganso. Inacreditável e injustificável, a má vontade e a indiferença de Tite com Ganso.
Nessa linha, o programa “Bem, amigos!” incensou o meia corinthiano, Renato Augusto, numa clara demonstração de apoio ao atleta. Deveriam também entrevistar Ganso no próximo programa. Idade é irrelevante. Renato Augusto e Ganso têm a mesma idade, 32 anos. O zagueiro titular da seleção, Thiago Silva, completou 38 anos. Renato Augusto é bom jogador, participou da seleção de 2018, que fracassou na copa da Rússia. Mas Ganso é melhor ainda.