Após o episódio com um ônibus irregular, sem emplacamento e mal conservado contratado pela Prefeitura de Riachão do Jacuípe para transportar estudantes, mais uma semana de incertezas e dificuldades se inicia para os alunos da cidade, chegando até a colocar jovens em risco de vida com veículo sem freio fazendo este transporte.
Enquanto o atual gestor do município avança no seu marketing propagando em programas de rádio e redes sociais um Riachão utópico, na manhã desta segunda-feira (9) diversas comunidades da zona rural amanheceram sem transporte escolar para alunos do município. Os que tiveram, como foi o caso da comunidade de Licuri, ficaram pelo caminho, e o pior, passaram por um risco de acidente, pois o ônibus que levava esses estudantes faltou freio na estrada.
Já os estudantes de Ponto Novo e Salgado acordaram hoje às 5h da manhã para irem à escola, mas voltaram para casa, pois pela quinta vez em menos de dois meses o ônibus quebrou. Quando não é assim, alunos ficam pela estrada à mercê de quebras e falta de manutenção, por vezes chegando em casa no meio da tarde. “ Como vamos estudar assim? Na hora de chegar, descansar, almoçar e depois fazer os estudos e exercícios, ainda estamos na estrada labutando com ônibus velho quebrando e parando, mais para do que anda”, relatou a estudante de iniciais M. C. A.
Já A. L. S. disse “Bom dia, reforçando a fala de meus colegas, dia 28 mesmo o ônibus quebrou, na rua quando os alunos chegaram em casa já era 2:30 da tarde os alunos tudo com fome, teve um dia que o ônibus travou a roda, no outro dia o ônibus acelerava e não saia do lugar, e povo ainda diz que e os alunos que tá quebrando o ônibus, isso é um absurdo”.
O aluno F. O. A. relatou que “teve um dia que só de Riachão para o Salgado o ônibus parou 4 vez na estrada, esquentando e parando, ficamos até com medo do ônibus pegar fogo por conta que tava esquentando”. Os estudantes tiveram o nome preservado a pedido deles.
Já os alunos de Vila Aparecida, do caso da semana passada, em que o ônibus que transportava eles fugiu de uma blitz da PRF (Polícia Rodoviária Federal), seguem sem transporte, já são duas semana de aulas perdidas sem virem para sede para as escolas que estudam, da rede estadual. Até o momento nem Prefeitura e nem Secretaria de Educação se pronunciaram sobre os relatos de hoje.
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Por Alana Rocha (Jornalista DRT-5323/BA).