Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

terça-feira, maio 25, 2021

Estratégia da tropa de choque do Planalto não está funcionando na CPI da Pandemia

Publicado em 25 de maio de 2021 por Tribuna da Internet

Charge 12/04/2021

Charge do Marco Jacobsen ( Folha de Londrina)

Deu no Correio Braziliense

Enquanto depoimentos tomados até agora na CPI da Covid implicam o Executivo na condução da pandemia, senadores governistas se concentram na estratégia de pressionar a comissão a investigar, também, estados e municípios. Em todos os discursos, ao longo das sessões, a tropa de choque insiste ser imprescindível apurar como os entes federativos empregaram as verbas que receberam da União para combater a crise sanitária.

Até o momento, entretanto, o único que foi amplamente citado e que deve ser chamado em breve pela CPI é o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC).

ALIADO VIROU ALVO – Wilson Lima é aliado do presidente Jair Bolsonaro, determinou a abertura do comércio mesmo quando a pandemia se agravou e deixou espaço aberto para a recomendação e a entrega à população de medicamentos sem eficácia contra a covid-19.

Isso não impediu que ele se tornasse um alvo no depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. O general jogou para a gestão estadual a culpa pela crise de oxigênio em Manaus, que provocou a morte de dezenas de pacientes em hospitais da cidade.

De acordo com Pazuello, Bolsonaro resolveu não intervir no estado porque ouviu de Wilson Lima que não havia necessidade de socorro. O general sustentou, também, que foi comunicado da gravidade do problema, pela Secretaria de Saúde de Manaus, em 10 de janeiro.

DESMENTIDO – Em nota, a pasta afirmou que o secretário de Saúde, Marcellus Campêlo, relatou as dificuldades a Pazuello em 7 de janeiro e há documentos comprovando. W o governo do estado, por sua vez, nega ter recusado ajuda federal.

Outro empenhado em responsabilizar os estados é o senador Eduardo Girão (Podemos-CE). De acordo com ele, os recursos da União enviados aos entes federativos foram mal empregados. “Quase R$ 100 milhões foram gastos no Estádio Municipal Presidente Vargas, num hospital de campanha. Começaram a chover denúncias de corrupção, da noite para o dia. Com apenas cinco meses de funcionamento, o hospital de campanha, de quase 100 milhões, foi desmontado na calada da noite. O povo de Fortaleza, quando precisou, agora na segunda onda, não encontrou leito”, alegou.

O cientista político André César, sócio da Hold Assessoria Legislativa, afirmou que a base governista tem feito apelos para que os governadores sejam investigados e pedindo equilíbrio, mas que em política isso não existe. “A base é minoria. Se o governo não conseguiu maioria, problema do governo, que não teve articulação”, disse. Para ele, é possível que, no âmbito dos governadores, o foco fique apenas no Amazonas, que é um caso simbólico.

POLÊMICA ACESA – Em relação aos outros entes federativos, a oposição teria um discurso pronto, sustentando que cabe às respectivas assembleias legislativas e câmaras municipais investigarem governadores e prefeitos. Já a base governista pode alegar, em caso de derrota, que a CPI já iniciou de forma desvirtuada e não quis apurar possíveis ilegalidades cometidas pelos gestores.

Sobre Wilson Lima, o cientista político André César acredita que, se necessário, Bolsonaro rifará o governador, sem pensar duas vezes. Ainda assim, há risco de a estratégia não ser de todo bem-sucedida: “O governador Ele pode pensar: ‘Não vou afundar sozinho’. É um risco para o governo”, frisou.

Em destaque

Afinal, por que Costa Neto foi indiciado no inquérito do golpe?

Publicado em 29 de novembro de 2024 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email De repente, Costa Neto virou um tremendo conspir...

Mais visitadas