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domingo, março 03, 2019

Vice-presidente coloca-se no centro, longe de extremismos e radicalismos políticos


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Mourão é uma voz moderada dentro de um governo extremado
Pedro do Coutto
Na minha opinião, esse é o ponto mais importante da entrevista do general Hamilton Mourão a Ricardo Noblat e Manuela Matos, na revista Veja que desde ontem está nas bancas. Com esse pensamento essencial, o vice presidente da República colocou-se no centro dos embates políticos rejeitando os extremismos e fundamentalismos que, ao mesmo tempo provêm de sentimentos antidemocráticos e apaixonados, que nesses casos é extremamente prejudicial ao denominador comum e deve surgir para as correntes adversas, que se julgam acima das leis e da vontade popular.
Tanto assim que Mourão, ao responder a uma pergunta que lhe foi colocada na entrevista, acentuou que o PT possui uma parte boa, inclusive voltada para soluções dos problemas sociais.
RECONHECIMENTO – Só essa afirmação, creio eu, significa não uma rejeição total às correntes adversas, mas o reconhecimento de que não é pelo fato de ser oposição que todas as vozes que vêm de lá serão obrigatoriamente ruins. Assim, é preciso admitir, como consequência, o exame dos conteúdos colocados na mesa dos debates. Dessa forma, o vice presidente da República iluminou um caminho ideológico para o governo do Presidente Jair Bolsonaro.
A política decorre de uma ideia firme e forte em torno de algo alcançável. Ninguém no campo político pode desejar vencer a zero. A liquidação de adversários nada significa de construtivo. A capacidade de analisar os fatos só pode se desenvolver se os que estão no poder não se julguem donos da verdade. Porque, no fundo das questões, o exercício do Executivo encontra na oposição sincera um fator favorável.
SEM PERFEIÇÃO – Em política, nas democracias, ninguém deve se julgar dono de uma ideologia perfeita. Mesmo porque, na minha visão, ela não existe. O processo político se afirma com a aceitação de vontades adversas, evidentemente dentro da lógica que não pode deixar de prevalecer nos combates partidários. O cheiro da pólvora nos confrontos políticos, como disse Otávio Mangabeira na morte de Artur Bernardes, é a atmosfera real da diversidade dos conceitos e opiniões.
Vale a pena ler a entrevista, porque ela representa um distanciamento de posições extremadas e fundamentalistas. Indiretamente parece-me que a observação do vice-presidente tem um endereço certo: o endereço do professor Olavo de Carvalho, atualmente residindo nos Estados Unidos.
INFLUÊNCIA – Apesar da distância, Olavo de Carvalho apresenta-se como um filósofo influente no governo, e sempre acentua sobre si o fato de ter indicado dois ministros neste governo no qual o general Hamilton Mourão é vice-presidente da República.
Olavo de Carvalho é um filósofo de fato, mas segundo o pensamento de De Gaulle, filosofia não se coaduna obrigatoriamente com a política. Foi a resposta que o presidente da França deu a Jean-Paul Sartre, em 1968, quando os estudantes ocuparam as ruas de Paris.

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