Daniel GullinoO Globo
O vice-presidente Hamilton Mourão evitou comentar nesta quarta-feira a polêmica criada após o presidente Jair Bolsonaro divulgar um vídeo obsceno registrado em bloco de carnaval em São Paulo. Depois de repetir três vezes “sem comentários”, Mourão afirmou, diante da insistência de jornalistas, que não acredita que o caso irá atrapalhar o governo. “É aquela história…Morre amanhã. Está morto amanhã. Isso aí passa. Tudo passa” — disse.
Mourão negou que tenha um papel de conselheiro do presidente, ao ser questionado se não caberia a ele conversar com Bolsonaro para evitar episódios como esse. “Não é o caso. O presidente tem praticamente a minha idade, somos contemporâneos da academia (militar)’— ressaltou.
VENTRÍLOQUO – O vice-presidente ainda disse que não quer ser um “ventríloquo” de Bolsonaro e que não comentaria sobre algo que não sabia.
Na postagem feita na terça-feira, Bolsonaro afirmou que o objetivo era “expor a verdade para a população” sobre o que estaria se tornando o carnaval no país.
Nesta quarta-feira, o Palácio do Planalto divulgou uma nota informando que o presidente não teve a “intenção de criticar o carnaval de forma genérica” ao divulgar o vídeo.
Especialistas ouvidos pelo Globo nesta quarta-feira classificaram como inadequadas a divulgação das imagens por Bolsonaro. Segundo o jurista Miguel Reale Júnior, a publicação do post configura quebra do decoro e poderia até mesmo justificar um pedido de processo de impeachment do presidente. Em 2015, Reale foi um dos autores do pedido que levou à saída de Dilma Rousseff (PT) do cargo.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Essa história de impeachment é um bocado de exagero. Todo mundo erra, o presidente da República erra. Está evidente que sua intenção foi de defender a moral, mas para tanto acabou divulgando ao mundo inteiro uma gravação absolutamente imoral. Bolsonaro é um trapalhão, isso está mais do que claro, mas falar em impeachment é viajar na maionese. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Essa história de impeachment é um bocado de exagero. Todo mundo erra, o presidente da República erra. Está evidente que sua intenção foi de defender a moral, mas para tanto acabou divulgando ao mundo inteiro uma gravação absolutamente imoral. Bolsonaro é um trapalhão, isso está mais do que claro, mas falar em impeachment é viajar na maionese. (C.N.)